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Resenha DC: Batman - A Piada Mortal


Quem conhece HQs de super-heróis certamente já está cansado de saber quem é o inglês Alan Moore; autor de histórias consagradas como Watchmen e V de Vingança. Assim seu nome já virou sinônimo de qualidade.

Em A Piada Mortal vemos justamente a habilidade de Moore em ação numa trama bem objetiva onde as poucas páginas conseguem abordar competentemente mais de um tema complexo.


A história tem como enredo principal a tentativa do Coringa de demonstrar que qualquer um pode enlouquecer, assim como ele, caso passe por um dia suficientemente traumático. Como cobaia para o seu "experimento" ele escolhe ninguém menos que o Comissário Gordon; principal aliado do Batman no combate ao crime.

Graças a isso, Moore também pode desenvolver outro tema em paralelo: a relação dicotômica e paradoxalmente complementar entre o palhaço louco e o justiceiro-morcego coroada com uma cena inesquecível cena no final da HQ.

Por último, ainda é contada a trama de como o nosso amigo louco perdeu sua esposa e se envolveu em um acidente químico (no mesmo dia) e se tornou o temível Coringa; tudo por causa de um dia particularmente difícil!

Pontuando esses temas, a narrativa é muito bem-sucedida convencendo o leitor do início ao fim da verossimilhança do que é mostrado, mesmo para os fãs mais exigentes em todo seu cuidadoso critério.

Para tanto a arte inspiradíssima Brian Bolland é ótima com momentos verdadeiramente impressionantes.

Sem querer revelar spoilers, determinada cena onde certa personagem leva um tiro, por exemplo, é muito impactante pela forma como o desenho e as cores quebram o fluxo da história e convencem o leitor da violência do que ocorreu.

No todo a dupla cria uma história específica de Batman e Coringa que consegue, mesmo não se prolongando, ser uma representação abrangente do que é o interminável confronto entre estes dois personagens.

Piada Mortal é desta forma uma HQ que acerta o alvo conseguindo transmitir tudo aquilo que é proposto sem haver um momento sequer onde o leitor possa encontrar defeitos sérios. O único incômodo relevante é provavelmente a brevidade, já que os assuntos levantados com certeza poderiam render ainda muito mais nas mãos de Moore e Bolland.

Nem precisa dizer que o quadrinho é uma ótima opção de leitura mostrando que o gênero super-heróis, mesmo com seu estilo simples, pode render boas tramas com profundidade.



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2 Comentários

  1. boa resenha...sou uma "correçao"
    o Cavaleiro das Trevas é do Frank Miller ..naum do Moore...

    parabens ae

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    1. Olá Cadu Joker. Obrigado pela correção, inclusive já está arrumado, pode conferir!
      E continue a prestigiar nosso blog, ele é feito para fãs de quadrinhos como você!

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