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Planeta Resenha Marvel: Homem-Aranha: Tormento

Nos anos 1990, o desenhista Todd McFarlane se destacou na indústria norte-americana de quadrinhos por meio do Homem-Aranha. Sua interpretação do principal personagem da Marvel Comics, em poses exageradas que tentavam aproximá-lo dos aracnídeos que o inspiraram, além da diagramação inovadora das páginas das HQs, arrebatou muitos leitores na época e afetou profundamente o mercado do gênero.
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E todo mudança pode ser boa ou ruim. Vale lembrar que o mesmo princípio que fez McFarlane se tornar um ícone da sua geração, acabou deixando seus quadrinhos datados, e ainda com uma carga pesada de críticas, quando a arte passou a sobrepujar o texto em muitos momentos. E, é claro, o mercado seguiu a tendência e depois amargou quedas de venda que até hoje não foram recuperadas.

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McFarlane tem o seu crédito por inovar. Seu Aranha é mais animal, mais próximo de aranha do que homem e isso é refletido nos desenhos e na forma como os quadros são apresentados. Tanto os desenhos quanto a forma como Todd dispõe os quadros, às vezes verticais e muito compridos, dão a ideia de que você está olhando uma aranha no canto da sala, esperando em sua teia e não um super-herói nos prédios de sua cidade.
E o roteiro também não perdoa a cidade. Uma matança sanguinária tomou as ruas de Nova York, arrastando subitamente o Amigão da Vizinhança para um embate contra um de seus inimigos clássicos, o Lagarto, que se mostra mais brutal do que nunca. No entanto, o Aracnídeo se é enredado em uma trama maligna que só terminará com sua destruição ou, então, com seu absoluto tormento!
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Uma fase marcante do herói por McFarlane, assumindo tanto os desenhos quanto os roteiros, é celebrada pela Panini com Homem-Aranha: Tormento. Além de resgatar as cinco histórias iniciais da revista Spider-Man, o volume também traz uma história estrelada pelo Gatuno.
Excelentes brigas entre o Aranha e o Lagarto, com sangue e violência em grande quantidade, com explosões e cenas onde Peter passa um aperto sem igual. O Lagarto realmente está tentando matar.
É talvez a HQ que vendeu mais rápido na história do personagem. O número 1 vendeu mais de 3 milhões de exemplares, entre capas alternativas e o mercado especulativo da época.
Homem-Aranha: Tormento 
Editora Panini
Roteiro e Arte: Todd McFarlane
Miolo LWC
Capa: Cartão
132 páginas
R$ 18,90

Por Diego Lima

Fonte: Impulso HQ

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2 Comentários

  1. o Todd animalizou o Aranha e fez o Cabeça de teia vender mais Revistas que água no deserto!! Marcos Punch.

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    1. Vendeu mesmo. Acho que só perdeu para o X-Men do Jim Lee que vendeu 8 milhões.

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