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Planeta Resenha Marvel: Capitã Marvel: Alquebrada

Depois de estrear sua nova revista (com nova alcunha) vivendo uma fabulosa aventura que cruzou o espaço-tempo e passou por diversos momentos importantes da sua vida, Carol Danvers segue pras próximas etapas de sua vida. E nesse novo volume, ela terá que arcar com algo ainda maior - um problema de saúde que pode afetar definitivamente sua carreira heroica.

Carol

Num primeiro curto arco de histórias, quem acompanha a roteirista Kelly Sue DeConnick é mais uma vez Dexter Soy, emprestando seu traço pra lá de rebuscado a uma história que também traz de volta uma OUTRA Capitã Marvel. Fazia tempo que não ouvíamos falar de Monica Rambeau, que agora opera uma linha de transporte marítimos e não estava nada feliz por MAIS UMA VEZ roubarem seu codinome heroico. Ainda assim, ela resolveu ajudar Carol a investigar um misterioso lugar que mais servia de um cemitério de navios e aviões (algo bem próximo de um triângulo das bermudas). E quem se Junta as moças neste mistério é o fotografo Frank Gianelli, com quem Carol já trabalhou tempos atrás na revista Mulher.

A expedição investigativa logo dá lugar a um campo de batalha quando os barcos e aviões se unem para formar um imenso robô gigante. E a explicação mais plausível para aquilo vem da boca de Gianelli, que lembra que aquele lugar outrora foi o palco do combate entre os Vingadores e o exército de robôs do Dr Hamontree. Hoje, Hamontree está morto, mas é provável que sem direção os restos dos robôs tenha agido aleatoriamente destruindo tudo que passava naquela região. E para dar cabo da ameaça, Carol e Monica literalmente unem seus poderes para conseguir uma forma de ataque muito mais letal a máquina gigante. É um combo Capitã  Marvel duplo que tem 100% de sucesso.

Carol

Já o segundo arco deste encadernado traz a arte do português Felipe Andrade, numa história mais pessoal e comovente da nova Capitã Marvel. Devido aos recentes problemas de saúde, cheia de dores de cabeça, Carol decide seguir os conselhos do amigo Tony Stark - arrumar uma ajudante e começar a fazer alguns exames de rotina. O primeiro caso é facilmente resolvido ao contratar a habilidosa jovem Wendy Kawasaki (uma garota que queria fazer uma entrevista com a heroína para seu projeto de pesquisa). O segundo caso se revela mais complicado. O diagnostico inicial é uma lesão no núcleo supraquiasmatico do cérebro de Danvers e a recomendação por hora é ela não poder voar.

Carol

A notícia do problema de saúde cai como uma bomba na vida de Carol. De todos os seus poderes, voar sempre foi o seu almejado, aquele que a libertava da necessidade de um avião para alcançar os ares. E isso começa a repercutir tanto em sua vida social como de heroína. Foi despedida de seu trabalho como pilota de avião de Frank Gianelli. Conseguiu uma motoca voadora do Capitão América para evitar usar seus poderes de voo (e vai ter um trabalhão pra aprender a usá-la). E vai ter sérios problemas para lidar com uma recém-retornada inimiga, a Rapina, que voltou a Terra só para ter sua vingança. Mas ela não deveria estar paralítica e a milênios da li na galáxia Shiar?

Sem poder usar plenamente seus poderes de voo, a Capitã Marvel tem plena desvantagem para lutar contra a vilã. E quando se vê forçada a usar, a dor de cabeça volta intensamente. Estranhamente, a Rapina decidiu não matar a nossa heroína na chance que teve e acabou se encontrando muito mais tarde com uma figura misteriosa no parque que aparentemente lhe dá ordens. Já Danvers, foi parar no hospital e descobriu que sua lesão tende a crescer ainda mais quando ativa os poderes de voo. Ela pode até ser um tipo de câncer que nunca foi diagnosticado (já que a natureza de Carol é bem diferente por ser irradiada de energia alienígena). O caso é que se for provocada uma hemorragia e as células dela morrerem, mesmo que o fator de cura da Capitã Marvel as recupere, as memórias dela podem simplesmente desaparecer.

Nesta nova fase, Danvers tem que começar a se readaptar a sua nova condição. Com uma ajudinha de Dakota North (aquela mesma das histórias do Demolidor), ela passa a aprender a manusear melhor a motoca voadora que ganhou de presente. Ao invés de voar, passa a preferir usar saltos mais longos para alcançar prédios. Mas a prova final acontece no novo combate com a Rapina.

Carol

Enquanto o combate entre Danvers e a Rapina ocorrem, os médicos começam a investigar mais sobre a lesão do cérebro da Capitã Marvel. Um especialista se assusta com a gravidade do problema e ressalta algo curioso - ele já viu uma lesão assim no passado, numa pilota de avião chamada Helen Cobb (ver edição anterior). E no estagio mais avançado a paciente começou a ter alucinações. Mas qual a relação real disto? Será que aquela Rapina nada mais era que visões da nossa heroína doente?

No central park, observando tudo ao longe, temos finalmente a revelação do grande vilão por trás de tudo. Yon-Rogg, antigo membro da tripulação do Capitão Marvel original e um de seus grande antagonistas no passado. E agora que herda o titulo do herói, Carol herdará sua vingança.

Este sim, diferente do que vimos nas Defensoras: Sem Medo, é um título deverás representativo para a ala de heroínas. Kelly Sue acerta bem em cheio a dinâmica da vida privada e heroica da personagem, sem forçar estereótipos novelescos e finalmente dando um tom de personalidade forte e determinada para Danvers. Outra coisa que cativa bastante nessa nova fase é a série de coadjuvantes criadas, além das citadas no texto temos participação da Mulher-Aranha, a vizinha Marina Renner e sua filhinha Kit Renner (que idolatra a heroína) e ex-colega de profissão Tracy Burke. A ideia de dar a personagem também uma espécie de câncer (sem de fato ser) também foi algo que ajudou a trabalhar uma vertente diferente na história. Pelo histórico de Danvers, ela já passou por diversas dificuldades pessoais na vida e encarar mais uma de uma forma menos vulnerável como foi das outras vezes tem sido bacana.

Pelas contas, teremos por aí pelo menos mais um encadernado, e espero que não se demore tanto. Eu realmente estou ansioso pra ver o desfecho de tudo isso.

Por Coveiro
Fonte: Universo Marvel 616


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2 Comentários

  1. eu não sei se a Capitã tá em Todas as Quebradas!! mas eu gostei desse desenho dela em cima da Moto Voadora!! Marcos Punch.

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    1. Excelente fase da Carol Danvers. A Panini publicou esse material todo em encadernados, que valem a pena.

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