Em
setembro de 2011, após o fim da saga Ponto de Ignição (Flashpoint,
no original), a DC Comics decidiu fazer um reboot total de suas séries, reintroduzindo
suas lendas para leitores novos e antigos através de novas equipes criativas e
novo design de
personagens (sim, esta foi a desculpa para o Superman não
usar mais a cueca por cima das calças), zerando a numeração das revistas e
recomeçando pelo #01. Mas não é exatamente sobre o assunto reboot que
viemos aqui; se você, leitor, quer saber um pouco mais sobre o assunto, leia o
nosso BlaHQ Market 6 escrito pelo nosso amigo ranzinza
Leandro “Shrek” Shimura.
Pensando
nisso, a Panini Books (que não é boba nem
nada) traz para o Brasil este ótimo material na forma do encadernado Batman: A Corte das Corujas, que inclui as edições
de #01 a #07 da revista Batman em
capa dura e material extra, como parte do roteiro, esboços e artes de capas
originais e variantes de cada edição em 176 páginas. Trata-se do primeiro
encadernado da fase Novos 52 lançado em terra brasílis.
A
história já começa com uma cena explosiva (e espetacularmente desenhada por
Capullo) que mostra Batman contra seus principais inimigos no Asilo Arkham. A
seguir, o leitor é apresentado ao estilo de vida de seu alter ego em uma festa
da Fundação Wayne e o anúncio de um novo projeto de revitalização da cidade de
Gotham (aqui, Snyder não perde a oportunidade de apresentar ao leitor alguns
novos gadgets que
Batman carrega consigo. Mesmo sob a identidade de Bruce
Wayne, ele ainda continua seu trabalho como maior detetive do
mundo). É neste momento que a divulgação de um homicídio chama a atenção de
Bruce e ele deixa a festa para vestir o manto e sair em patrulha novamente.
Chegando ao
local do crime, Batman descobre algumas pistas assustadoras e uma delas diz a
data e a hora da morte da próxima vítima do assassino: Bruce Wayne. E mais:
suas investigações levam-no a crer que o crime foi cometido por uma
organização secreta que domina Gotham há, pelo menos, 100 anos, chamada
Corte das Corujas (até aqui, apenas uma lenda entre os cidadãos da cidade).
Apesar de
sermos introduzidos a apenas uma noção do que é a Corte, Synder consegue,
através de um ótimo texto e diálogos, dar a impressão ao leitor de que ela
sempre fez parte da mitologia do Morcego. Acrescentamos a isso a brilhante
arte de Capullo, que insere vários easter eggs com o símbolo da Corte na cidade de
Gotham mostrando indícios do alcance da organização.
O
único problema é que esta história não foi criada apenas para este volume. Na
verdade, apesar de responder às várias perguntas do leitor, ela deixa
outras e termina em um ótimo cliffhanger (o que pode frustrar o leitor no final
da leitura).
Quanto à
isso, digo a você, leitor que é fã do Morcego e curte uma ótima história, que
compre este encadernado e cobre a editora pela publicação do encadernado
posterior – ou corra atrás das edições mensais –, que traz o final da Saga das
Corujas que, desde já, é considerada um clássico moderno do Cruzado
Encapuzado.
Por Fábio Rodrigues
Fonte: Mundo Blá
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