Vamos à resenha do segundo número da revista mensal
do Doutor Estranho pela Panini Comics, que continua a saga iniciada na primeira
edição, trazendo na capa uma bela arte assinada por Tim Sale de Batman – O
Longo Dia das Bruxas, Homem-Aranha: Azul e Demolidor – Amarelo, entre outras.
Como vimos antes um poderoso grupo disposto a exterminar a magia em todas as
dimensões continua seus ataques mortais, cujos efeitos começaram a ser sentidos
na nossa dimensão, causando alguns problemas para o Mago Supremo e agora o
perigo está muito mais próximo.
Sinopse
Oficial:
“Um novo
inimigo paira no horizonte de Stephen Strange. E, pelo pouco que pudemos ver
nesta edição, nenhum praticante das artes místicas escapará de suas garras.
Será que o Mago Supremo da Terra sobreviverá a este confronto?”
Devoradores
de Magia:
Jason Aaron continua o mesmo bom ritmo das aventuras
do Doutor Estranho apoiado pela arte competente de Chris Bachallo, prova da
perceptível sintonia entre roteirista e artista que se complementam para nos
trazer um material de leitura muito agradável, a linha traçada entre os planos
reais e místicos é bem tênue, pelos argumentos de Aaron quase podemos sentir
suas vibrações que nos rodeiam o tempo todo.
Na primeira história, vemos Estranho lidar com a
inusitada situação de enfrentar outro tipo de vermes místicos, totalmente nu e
em pleno Central Park, para sorte dele e das pessoas que passeiam por ali tudo
acontece no plano místico entre os vermes e o corpo astral de Estranho, pego de
surpresa e arremessado para fora do Sanctorum. A ameaça consiste em vermes
especiais que só se alimentam de energia mágica, Estranho consegue retornar
para seu corpo e nocautear as criaturas antes que seu lar servisse de
sobremesa, procurando entender o que os fez correr tão desesperadamente para
nossa dimensão em busca de alimento, o Doutor descobre que a dimensão natal
deles, tão rica em magia, se encontrava morta, desértica e com uma triste
constatação para Estranho e Wong. Também vimos brevemente o mundo do grupo que
ameaça os Magos Supremos e toda a magia: O Empirikul.
Em sequência temos um flashback do treinamento de
Strange, uma das piores lições que aprendeu foi que a magia cobra um preço, às
vezes bem alto dos praticantes das artes místicas, e o corpo do mago é um dos
que mais sente essa cobrança. Preocupado com a horrível descoberta feita em
outra dimensão Strange reúne o maior número possível de magos e místicos de
nossa dimensão para relatar suas terríveis descobertas e preveni-los da ameaça
que se aproxima, sua nova auxiliar bibliotecária Zelda Stanton o convoca para o
Sanctorum para lhe mostrar outros efeitos dos ataques dos Empirikul afetando os
livros da biblioteca mágica de Strange. Lembram na primeira edição o perigo que
é a geladeira do Doutor Estranho? Aqui vemos que a dieta dele é tão perigosa
quanto (argh!), enquanto Stephen parte para investigar um plano místico e
encontrar respostas para o que viu em sua casa temos um interlúdio misterioso
envolvendo Wong, que parece saber de alguma coisa a mais, no final da edição
Estranho emite um aviso desesperado a todos os seus aliados de que a ameaça já
chegou a nossa dimensão.
O tom de humor permanece em bons momentos durante as
histórias dessa edição, porém quanto mais o perigo se aproxima, mais o círculo
se estreita e o problema assume proporções cada vez piores, exigindo que o
Doutor Estranho corra contra o tempo para identificar quem está ameaçando os
magos supremos e suas dimensões místicas e o porque de suas atitudes, pelo
desfecho acredito que a próxima edição trará maiores detalhes sobre as
motivações destruidoras do Empirikul e o quanto o Mago Supremo da Terra terá
que superar seus limites para enfrentar o trágico destino que se revela para
ele e para todos seus amigos místicos. Nos acompanhe até lá, enquanto resta
magia no mundo.
Doutor
Estranho 2, revista mensal, formato americano, 52 páginas, capa couché, papel
LWC, lombada canoa, R$ 7,20, Panini Comics.
Por
Giulianno de Lima Liberalli
Colaborador
do Planeta Marvel/DC