Coleção
Graphic Novels DC #21 – Mulher-Maravilha, Batman e Superman - Trindade, que
reúne a minissérie em três edições de Batman/Superman/Wonder Woman: Trinity
escrito e desenhado por Matt Wagner, lançado pela Editora Eaglemoss.
Análise:
Ra’s
Al Ghul em mais um de seus planos de recriar um mundo melhor descobre onde Lex
Luthor estava escondendo Bizarro, liberta-o e o torna seu aliado. Ele também
consegue o apoio da jovem e renegada amazona Ártemis. Porém, uma nobre aliança
formada por Superman, Batman e Mulher-Maravilha pode ser a única esperança da
humanidade para deter o maníaco terrorista.
Matt
Wagner reimagina o primeiro encontro entre as três maiores lendas da DC, unidos
por motivos diferentes, mas para enfrentar um mal em comum. A trama em si é
super simples e já usada várias vezes, mas o grande atrativo sem dúvida fica
por conta da interação entre a Trindade, relação essa que pôde ser explorada de
maneira muito criativa aproveitando o fato de ser a primeira vez em que
trabalham juntos. Cada um deles foi muito bem retratado e é fácil de distinguir
os enormes precipícios que separam cada motivação e estilo de combater o mal de
cada um. Leitura leve e divertida e com os traços de Matt Wagner que combinam
com esse estilo de história mais clássica. Leitura recomendada.
Coleção
Graphic Novels DC #22 – Mulher-Gato – Um Crime Perfeito, que reúne as quatro
edições de Catwoman: Selina’s Big Score e Detective Comics #759-762, escrito
por Darwyn Coole e Ed Brubaker e desenhado por Darwyn Cooke, lançado pela
Editora Eaglemoss.
Análise:
Depois
do fracasso de seu último trabalho, Selina está de volta ao jogo. Chantel,
namorada do mafioso Frank Falcone diz que uma carga clandestina será
transportada para o Canadá contendo 24 milhões de dólares, valor mais do que
suficiente para motiva a gata. Mas ela sabe que precisa de ajuda e conta com
uma equipe profissional, o que inclui Stark, seu ex-tutor, parceiro de golpes e
amante. Apesar de lidar com fantasmas do passado, Selina precisa deixar sua
desconfiança de lado e partir para a ação. Ao mesmo tempo, ela está sendo
procurada pelo detetive linha dura Slam Bradley que, à pedido do Prefeito de
Gotham, investiga a morte de Selina e da Mulher-Gato. Suas pistas o levarão de
encontro à sua própria dignidade.
Uma
trama baseada em roteiros de filmes de assalto, onde o roubo em si passa a ser
apenas um elemento secundário. O foco de Darwyn Cooke é explorar a psique de
seus personagens principais – Selina, Stark e Bradley – e o relacionamento
entre eles. Além disso, as edições de Detective Comics traz histórias
complementares mostrando detalhes da investigação de Slam Bradley sobre a morte
de Selina Kyle. Escrito por Ed Brubaker, bem a seu estilo noir e detetivesco, o
personagem de Bradley se encaixa bem na forma de narrativa que Brubaker domina
muito bem. Leitura recomendada.
Coleção
Graphic Novels DC #23 – Mulher-Gato – A Trilha da Mulher-Gato, que reúne as
edições #1-4 e 6-9 da revista Catwoman de 2002, escrito por Ed Brubaker e
desenhos de Darwyn Cooke e Brad Rader, lançado pela Editora Eaglemoss.
Análise:
Dada
como morta, a Mulher-Gato está de volta. Após refletir sobre tudo o que
aconteceu em sua vida até aquele ponto, Selina resolve ajudar as “escórias” de
Gotham, pessoas que não estão exatamente dentro da lei, mas que não são más em
si. Para se manter no anonimato, ela recruta sua jovem “velha” Holly Robinson
para ser seus olhos nas ruas. Sair à caça de um assassino de prostitutas, ou
revelar a corrupção da polícia de Gotham, é o novo status da Mulher-Gato.
Contando
com participações especiais do Detetive Slam Bradley, a Mulher-Gato está de
volta às ruas, sob a batuta de Ed Brubaker, que fica bem à vontade dentro de um
elemento que ele conhece bem – contos policias. Com uma linguagem acessível e
clima detetivesco, essa nova série da Mulher-Gato ainda contou com os desenhos
de Darwyn Cooke nas primeiras quatro edições, porém, os traços de Brad Rader
mantém o mesmo tom noir e de mistério. Leitura recomendada.
Coleção
Graphic Novels DC #24 – A Morte do Superman, lançado pela Editora Eaglemoss.
Seguindo
a narrativa acelerada e em forma de contagem regressiva dessa trama, resolvi
fazer o review da mesma forma, comentando cada edição até seu clímax.
Superman
– O Homem de Aço #18
Lois
Lane descobre os planos dos Subterrâneos de invadir a superfície e alerta o
Superman. Enquanto isso, uma misteriosa e poderosa criatura surge de repente e
ruma à cidade causando muita destruição.
Liga
da Justiça #69
A
Liga da Justiça é alertada sobre a devastação causada pelo misterioso monstro e
vai a seu encalço, porém, seus esforços se mostram inúteis e o inteiro grupo é
massacrado facilmente – e a criatura estava com um braço amarrado nas costas.
Superman estava participando de um programa de entrevistas da Cat Grant quando
fica sabendo do ocorrido e se dirige ao local. Lá ele salva o Gladiador Dourado
que chama o monstro de Apocalipse.
Superman
#74
Superman
e a Liga juntos contra o Apocalipse! Mesmo com a combinação de seus poderes, os
heróis não conseguem parar o monstro. Ao perseguir Apocalipse, Superman se vê
num dilema entre salvar um jovem e sua família que foram pegos no fogo cruzado
ou impedir que a criatura monstruosa chegue à próxima cidade.
As
Aventuras do Superman #497
Superman
salva a família que ficou presa nos escombros e retorna para combater
Apocalipse, dessa vez auxiliado por Máxima. Os membros da Liga são levados ao
hospital, com exceção de Bloodwynd. Em Nova York, Superman e Máxima são
derrotados, e Apocalipse segue em direção à Metrópolis. Cada página da revista
é desenhada em quatro quadros.
Action
Comics #684
A
batalha continua desenfreada entre Superman, já exausto e Apocalipse ainda em
perfeitas condições físicas. A revista passa ser desenhada em apenas três
quadros por página.
Superman
– O Homem de Aço #19
Lois
Lane continua a dar cobertura total sobre o catastrófico evento. Com apenas
dois quadros desenhados por página, podemos ver a brutalidade da batalha e a
devastação em Metrópolis. Nada parece deter o avanço do Apocalipse, nem mesmo
com a intervenção da Supergirl.
Superman
#75
A
fatídica edição, desenhada em apenas um quadro por página, mostra os últimos
momentos desse que pode ser considerado um dos embates mais violentos e
destrutivos da história dos quadrinhos. O desfecho já é de conhecimento por
todos os fãs do Homem de Aço, mas a dramática narrativa nas páginas finais
arrepia até hoje.
Um
marco na cronologia do Superman, uma trama simplória, até pouco explicada, mas
com um nível de brutalidade e dramaticidade altíssima. Os quatro escritores
responsáveis por essa história – Louise Simonson, Dan Jurgens, Jerry Ordway e
Roger Stern conseguiram fazer um belo trabalho em conjunto mantendo uma boa
fluência e coerência de uma história para a outra. E a contagem regressiva
desenhada nas quatro últimas edições com enquadramentos em formato decrescente
só aumenta ainda mais a tensão da leitura. Leitura altamente recomendada.
Coleção
Graphic Novels DC #25 – Lobo Sem Limites, que reúne as edições #1-6 da revista
Lobo Unbound de 2003, escrito por Keith Giffen e desenhos de Alex Horley,
lançado pela Editora Eaglemoss.
Análise:
Lobo
recebe uma oferta irrecusável – assassinar Nabob, o soberano do planeta Abba
Dhabba Dhu por meio bilhão de créditos. O trabalho é executado sem
dificuldades, mas com um pequeno detalhe. Quando um Nabob é morto, outro
precisa assumir o cargo. É claro que acaba sobrando para o Maioral se tornar o
soberano desse bizarro planeta. O que Lobo não suspeitava, era que tudo não
passava de um plano de Bling Bling, uma antiga rival.
Selvageria,
bizarrice, nojeira, humor negro, mulheres semi-nuas, escrotidão e muitas,
muitas mortes. Nunca havia lido nenhum material do Lobo, mas, se o padrão de
suas histórias for assim, então, deve agradar aos fãs. Os desenhos me lembraram
a antiga revista MAD, e a origem do Lobo no início da história, parecendo um
típico caso de mais um serial killer foi até divertido. Mas, não é o tipo de
leitura que me agrada, por isso, para mim, é leitura insatisfatória.
Coleção
Graphic Novels DC #26 – Mulher-Maravilha – Paraíso Perdido, que reúne as
edições #164-170 da revista Wonder Woman, escrito e desenhado por Phil Jimenez,
lançado pela Editora Eaglemoss.
Análise:
Deimos,
Fobos e Eris, os filhos de Ares desejam trazer seu pai de volta à Terra para
espalhar a violência, ódio e guerras devastadoras, e escolhem Gotham City como
a cidade para criar seu próprio Areópago. Mas, a cidade tem seus protetores, os
vigilantes de Gotham, porém, a fim de derrotar deuses, será necessário mais do
que isso. Mulher Maravilha, Donna Troy, Moça-Maravilha e Ártemis juntam-se a
Batman, Asa Noturna, Robin, Oráculo e Caçadora para um esforço em conjunto
antes que a Terra se torne um campo de guerra. E, em Themiscyra, uma guerra
civil pode destruir a Ilha Paraíso. Hipólita, Diana e Donna devem defender seu
matriarcado e suas irmãs guerreiras, deixando de lado suas próprias diferenças.
A
estreia de Phil Jimenez nos roteiros e nos desenhos foi muito feliz. Ele trouxe
de volta os elementos essenciais da fase de George Pérez, inclusive seus
desenhos são bem parecidos ao de Pérez, não somente nas fisionomias, mas nos
enquadramentos também. Jimenez apresentou de forma eficaz toda a
representatividade que a Mulher Maravilha tem no universo DC, tanto em seu lar
natal, quanto no mundo do patriarcado. A última história que mostra Lois Lane
acompanhando Diana ao redor do mundo foi particularmente reveladora, em ambos
os lados. Para quem gosta da fase de George Pérez, é impossível não gostar ou
não se identificar com esse volume. Leitura altamente recomendada.
Coleção
Graphic Novels DC #27 e 28 – Justiça, que reúne a série Justice em 12 partes
lançada originalmente entre 2005 e 2006, escrito por Jim Krueger e Alex Ross e
desenhos de Alex Ross e Dough Braithwaite, lançado pela Editora Eaglemoss.
Análise:
Um
sonho perturbador onde os heróis falham em salvar a humanidade move a
comunidade dos vilões liderada por Lex Luthor a colocar em prática um plano
ambicioso e inesperado. Depois de descobrir a identidade secreta dos membros da
Liga da Justiça, os vilões os atacam de surpresa, ao mesmo tempo em que
praticam atos altruístas em prol da humanidade. Desacreditar os heróis e
fazê-los desaparecer é apenas uma pequena parte de um plano muito maior, que
teve início com o rapto de Aquaman pelas mãos de Brainiac.
História
centrada nos personagens oriundos da Era de Prata da DC Comics, vimos o
verdadeiro sentido de heroísmo, justiça, altruísmo e abnegação. A trama teve
vários méritos por dar arcos relevantes a cada herói como o Superman, Batman,
Aquaman, Hal Jordan, Shazam e Mulher-Maravilha, mas poderia ter se aprofundado
um pouco mais em Barry Allen. Porém ,
Justiça é, acima de tudo, uma história do bem contra o mal, a verdadeira
essência do que é uma história em quadrinhos de super-heróis da DC. Ao ler as
páginas finais, fica-se a impressão de um encerramento digno de uma era, antes
da saga Crise nas Infinitas Terras. E os desenhos de Alex Ross sempre é um
fator positivo e importante quando se trata de beleza visual. Leitura
recomendada.
Coleção
Graphic Novels DC #29 – Superman e Batman – Poder Absoluto, que reúne as
edições #14-18 da revista Superman/Batman, escrito por Jeph Loeb e desenhos de
Carlos Pacheco, lançado pela Editora Eaglemoss.
Análise:
Três
vilões do futuro viajam ao passado para alterar completamente a história. Eles
matam os Kent e passam a criar Clark e Bruce como se fossem irmãos. Os dois
crescem, se tornam os únicos poderosos da Terra e eliminam qualquer foco de
resistência. Mas, quando têm a oportunidade de manter seus passados intactos,
uma ação impensada do Batman refaz a realidade novamente e somente o Superman
pode corrigir a linha do tempo, mesmo que a um alto custo.
Um
arco no bom e velho estilo Elseworlds que a DC costuma produzir. Um exercício
de imaginação onde o escritor Jeph Loeb imagina situações que poderiam
acontecer caso o passado dos Melhores do Mundo os tivesse preparado para serem
os “piores”. Acima de tudo, Loeb mais uma vez, deixa sua assinatura bem clara
ao trabalhar profundamente os sentimentos e a amizade entre o Homem de Aço e o
Cavaleiro das Trevas, mas principalmente lidar com perdas e superação. Há quem
goste e quem não goste de histórias envolvendo viagens no tempo, universos
paralelos e realidades alternativas. Para os apreciadores, uma leitura
recomendada.
Coleção
Graphic Novels DC #30 – Lanterna Verde – Crepúsculo Esmeralda / Novo Amanhecer,
que reúne as edições #48-55 da revista Green Lantern (1990), escrito por Ron
Marz e desenhos de Bill Willingham, Fred Haynes e Darryl Banks, lançado pela
Editora Eaglemoss.
Análise:
A
visão de sua cidade Coast City completamente devastada é demais para Hal Jordan
e ele tem um colapso nervoso. Obcecado em trazer sua cidade de volta, Hal parte
para Oa a fim de absorver toda a energia da bateria central, mesmo que para isso
ele tenha de destruir tudo o que estiver em seu caminho, incluindo seus
companheiros da Tropa dos Lanternas Verdes. Como último recurso, o guardião
Ganthet escolhe um novo portador para o anel esmeralda, Kyle Rayner, que agora,
precisa aprender a usar os poderes do anel sozinho.
Hal
Jordan sempre considerado o maior dos Lanternas Verdes, mas não conseguiu
superar a tragédia de perder seus parentes e amigos e sua incapacidade de
salvar sua cidade. O escritor Ron Marz expôs o personagem a situações que o levaram
até o limite de sua sanidade e preparou muito bem o terreno para continuar seu
legado de forma natural e interessante. Leitura recomendada.
Por Roger