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Planeta Comenta Marvel: O Poderoso Thor #68-79 (1998)

Li O Poderoso Thor #68-79, do encadernado Thor: Gods and Men, com roteiro de Dan Jurgens e desenhos de Scot Eaton e Roger Robinson, e tecerei breves comentários sobre as edições.


Edição #68: Dezessete anos se passaram. Como retaliação ao “domínio” de Thor, Nova York foi sacrificada pelos Vingadores e a cidade não existe mais. Loki é o chefe de segurança de Midgard. Thor e Amora se casaram e tem um filho, Magni. Todos os bebês que nascem devem ser registrados, pro caso de algum nascer com poderes. Neste cenário, Jane Foster tenta proteger o bebê recém-nascido da Feiticeira Escarlate, para que não caia nas mãos do Senhor de Asgard.

Edição #69: É o ano 2.170, ou seja, mais de 150 anos se passaram. Nova Asgard é um lugar de paz e harmonia, embora seja guardada com mãos de ferro. A jovem Jordy tenta se dar bem com seus pequenos furtos, mas é descoberta pelos soldados asgardianos. Durante a perseguição, Thialfi é arremessado diretamente do passado, nos eventos mostrados na edição #67.

Edição #70: A chegada de Thialfi é recebida com alegria e surpresa por Lorde Thor. Ele passa a mostrar sua Terra utópica, um lugar de fartura infindável, onde os mortais não mais precisam se preocupar com as ansiedades a lutas diárias por sobrevivência. Magni cresceu, e é o Príncipe de Asgard. E uma misteriosa feiticeira age nas sombras planejando a derrocada do governo asgardiano.

Edição #71: Kya, a filha de Wanda que sobreviveu graças ao sacrifício de sua mãe e de Jane Foster, usa seus poderes místicos e dá a Thialfi a oportunidade de ver com seus próprios olhos, o outro lado da sociedade paradisíaca de Thor, onde a monotonia e a preguiça causadas pela falta de um objetivo, cobram o seu preço.

Edição #72: Depois de ter testemunhado pessoalmente o martelo Mjolnir em posse de Kya, Thialfi questiona Lorde Thor sobre a verdade. Suas dúvidas parecem cada vez mais serem sanadas à medida que Magni, o próprio Príncipe de Asgard também começa a contestar as decisões de seu pai.

Edição #73: Não há dúvidas de que Thialfi e Magni estão cientes das falhas de Lorde Thor em impor sua vontade sobre os mortais e governá-los da maneira como ele tenciona ser o certo. E, através de um pesadelo, Thor relembra os eventos do ano de 2.020, quando os Vingadores que restaram empreenderam seu último ataque pela liberdade.

Edição #74: A rebelião liderada por Kya e com o apoio de Thialfi está há um passo de seu clímax, quando Lorde Tor está prestes a entrar no Sono de Odin. Magni resgata Jordy de uma das celas de recondicionamento criado por Loki.

Edição #75: Exilada de Nova Asgard, Sif ainda mantém contato e auxilia o Príncipe Magni sempre que possível. É com ela que o príncipe deixa Jordy sob cuidados. Ao retornar à Nova Asgard, Magni fica sabendo sobre o atentado de Thialfi sobre seu pai, antes de entrar no Sono de Odin, e presencia a execução em público de Kya.

Edição #76: O inesperado aconteceu – Magni ergue o martelo Mjolnir e prova ser digno. Agora ele tem certeza de que seu pai, Thor está equivocado ao permanecer na Terra. Lorde Thor desperta de seu Sono Odin e terá um teste duro pela frente.

Edição #77: Magni coloca seu pai à prova exigindo que, se ele ainda for digno, que erga Mjolnir. Nesse instante, Desak, o Assassino de Deuses retorna da morte, incansável e irrefreável para acabar com todos os deuses de Asgard, de uma vez por todas.

Edição #78: Nada parece parar Desak. Um a um, os deuses asgardianos tombam. Nem mesmo Thor, com sua Força Odin está em condições de derrotar o Assassino de Deuses. Nessa hora, Loki, o responsável pela segurança, libera sua arma mortal e secreta – o Destruidor. Mas quem estaria energizando a poderosa criatura?

Edição #79: É o ato final de tudo o que o escritor Dan Jurgens criou até agora. Quem criou Desak? E com que objetivo? Qual será o futuro da Terra de agora em diante? Thor conseguirá entender o que tem feito ou continuará se apegando a seus ideais? Ele ainda é digno de erguer Mjolnir? Todos os conceitos levantados desde as primeiras edições serão esclarecidos.

Depois do fenomenal arco anterior, Espiral, o escritor Dan Jurgens não satisfeito com a evolução feita com o personagem, cria um futuro baseado nas ações de Lorde Thor. Uma analogia à uma sociedade utópica onde “liberdade” e “independência” são temas que se chocam com a dura realidade humana. Neste clima de “O que Aconteceria Se...”, Jurgens cria toda uma sociedade mundial e brinca com conceitos que afetam a todos nós atualmente. Um brilhante exercício de criatividade e um desfecho arrebatador. Leitura indispensável.


Por Roger