Planeta Resenha Marvel: Vingadores: Um Infinito nem tão distante

Da última vez que o site publicou uma resenha sobre as histórias dos Vingadores com roteiros de JONATHAN HICKMAN, vimos o que aconteceu quando o universo Marvel se chocou com o Novo Universo, apenas para perceber que tudo que sustenta a realidade está demorando. Nas vésperas do primeiro grande evento da Marvel, as edições #5, #6 e #7 da revista Os Vingadores esquentaram bastante o que está por vir.

A visita de Máscara Noturna ao seu “pai” Ex Nihilo começa a desvendar o que fora aquele ataque à Terra. Uma forma bizarra de dar consciência ao planeta por puro capricho.

O tom enigmático da história ao menos corresponde quanto aos protagonistas, que também só conseguem se dar conta de partes do todo, sem dominá-lo completamente. A caçada por respostas, que leva os Vingadores a viajar pelo mundo e por lugares muito estranhos do novo sistema cultivado pelo jardineiro, demonstra que há mais sementes e ramificações do que poderíamos imaginar. O próprio Hickman parece ainda estar em uma fase de “plantio” de suas ideias e tramas. E a percepção de que tudo está sendo colocado para funcionar, mesmo “quebrado”, apavora leitor e personagens – alguns a pontos extremos.

Já o interim marcado pela missão em Hong Kong proporciona o desenvolvimento da relação de alguns personagens cuja mistura parece estranha – Viúva Negra, Capitã Marvel, Mulher-Aranha, Míssil, Mancha Solar e Shang-Chi –, uma chance de ver alguns momentos mais descontraídos (outros hilários pela bizarrice), e a de termos certeza que a IMA terá um papel essencial no que quer que envolva os Vingadores e sua nova fase.

A arte é mais uma vez uma atração extra. DUSTIN WEAVER divide uma edição com MIKE DEODATO, e o desenhista brasileiro nasceu para ilustrar histórias com ares de blockbuster e que enfatize bastante as expressões faciais de seus personagens. Com destaque para a história de Hong Kong.

De volta à sondagem das partes quebradas do sistema, temos a chance de ver os Vingadores na Terra Selvagem. Além do desenvolvimento de uma camaradagem entre Thor e Hyperion – que de fato têm muito em comum –, e da confirmação do quanto o Homem-Aranha Superior é um idiota, os enigmas da Capitã Universo acabam permitindo que percebamos o quanto o herói interdimensional é muito mais do que um arrasa-quarteirões. Em um clima de certa esperança, uma dúvida sobre o seu papel no futuro paira nas últimas páginas da história em duas partes.

Porém, ao que parece essa calmaria tem as horas contadas para acabar. O prelúdio para a saga INFINITO aporta na próxima edição, publicada nesse mês de maio, e pelo tom apocalíptico das histórias de Hickman, é possível temer por praticamente todos os personagens que pudemos acompanhar até aqui.

Por João

Fonte: Universo Marvel 616