A jovem Esperança Summers, filha adotiva de Nathan Summers, o Cable, foi levada a um futuro
apocalíptico pelo antigo mentor e parceiro de seu pai, Blaquesmith. Lá, ela encontrou a versão futura de si mesma, que
tinha articulado com Blaquesmith um plano para ampliar as capacidades
precognitivas de Cable e evitar essa linha temporal em que se encontram.
Infelizmente, o plano se mostrou ineficaz e eles resolveram enviar a jovem de
volta ao presente para salvar seu pai adotivo e entregaram a ela uma arma
psíquica chamada Psimitarra para drenar o excesso de energia
psíquica que está prestes a matá-lo. É uma corrida contra o tempo e através do
tempo trazida até nós pelos roteiros de Dennis Hopeless e desenhos de Salvador Larroca em
Cable & X-Force #14 e Gerardo Sandoval nas edições #15 e #16. Essas três
edições, publicadas originalmente nos EUA, foram reunidas aqui no Brasil em X-Men Extra #9 e #10 pela
Panini.

Nos jardins
da mansão, a X-Force começa a levar a pior. Esperança chega ao local e encontra
Logan guardando a porta. Ele a deixa passar quando percebe que a mansão está
prestes a vir abaixo por causa da telecinese descontrolada de Cable. A jovem
encontra seu pai adotivo e crava a Psimitarra em sua testa, causando uma grande
onda de choque psíquica que varre tudo em volta.
Natham se
recupera e Alex reconhece que há assuntos que só a X-Force é capaz de lidar
adequadamente. Então, ele permite que Cable e Esperança se retirem com os
demais.
Quando
avistamos a equipe novamente, ela se instalou em um novo QG sob a Reserva Indígena Cheyenne de Montana. Ali, Dr. Nemesis e Forge constroem um
dispositivo capaz de explorar o cérebro de Cable e capturar suas premonições,
facilitando a explicação delas para todo o grupo. O cérebro de Forge é
utilizado como "cobaia" no procedimento enquanto ele dá apoio
logístico a duas missões simultâneas da X-Force. Uma é com Cable e Esperança,
que estão prestes a enfrentar os Carniceiros no deserto
australiano e devem desarmar uma bomba que seria utilizada contra mutantes no
dia seguinte. A outra é com Colossus e Dominó, que devem evitar um assalto à Fortaleza Trask nas
florestas nevadas do Colorado para que um robô Sentinela não mate a
todos.
Infelizmente,
Forge sofre uma estranha convulsão e cai inconsciente. As missões se complicam
demais sem sua ajuda, mas um problema bem pior está por vir: o mapeamento do
seu cérebro trouxe de volta seu pior inimigo, a entidade conhecida como Adversário, que se escondia lá.
No Colorado,
um Sentinela é abatido graças a uma série de estratagemas improváveis, mas uma
grande explosão ocorre na Fortaleza Trask e ela é soterrada por uma avalanche
de neve. Felizmente, Dominó e Colossus escapam ilesos. No deserto australiano,
outro artefato explode e Cable e Esperança são salvos por um escudo
telecinético feito pela jovem por puro reflexo, pois a utilização da Psimitarra
fez com que ela absorvesse os dons telecinéticos do seu pai e agora eles
precisam enfrentar os Carniceiros desarmados. Eles conseguem sobrepujar a
grande maioria, mas, como último recurso, seus inimigos são agrupados à força
numa única e grotesca criatura. Enquanto isso, no QG da X-Force, o Dr. Nemesis
entra para dentro do cérebro de Forge e consegue encontrá-lo apenas para
descobrir que agora a psique dele pertence ao Adversário.
Temos aí
mais uma sequência razoável de histórias, com o principal objetivo de oferecer
um entretenimento honesto. Como já mencionei antes, gosto de como o escritor
Dennis Hopeless promove a interação de seus personagens entre si e coloca bons
"ganchos" no final de cada capítulo. Nesse caso, gostei também dele
ter revisitado dois vilões marcantes para os X-Men, os Carniceiros e o Adversário.
Curiosamente, a primeira aparição de ambos se deu mais ou menos na mesma época.
Quando os X-Men enfrentaram o Adversário no evento "Queda dos Mutantes", recentemente
republicado pela Panini, a equipe mutante foi dada como morta e se refugiou no
deserto australiano, onde enfrentou os Carniceiros e se apossou da base que
pertencia a eles. Vejo a X-Force, nessa atual fase, como uma espécie de
"True Lies" mutante devido ao humor involuntário de alguns momentos.
Isso não é demérito, pois gibis devem ser, acima de tudo, diversão.
O desenhista
Salvador Larroca mostrou a grande competência de sempre e achei que Gerardo
Sandoval fez um trabalho melhor mas ainda me incomoda um pouco a tendência dele
de utilizar "splash pages" com "dentes rangentes" nos
vilões que desenha.
Essa é mais
uma série que se aproxima do seu final e a próxima resenha abordará os seus
três últimos capítulos antes dela ser reiniciada novamente pelas mãos de Simon Spurrier com o
título de X-Force, apenas, que mescla alguns personagens das duas equipes
homônimas existentes atualmente.
Por Carlos
Fonte: Universo Marvel 616
Fonte: Universo Marvel 616
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