Dia 15 de outubro de
2014, exatos 40 anos após sua 1ª aparição em The Incredible Hulk #180, James
“Logan” Howlett, o X-Men, Vingador, e
herói mutante conhecido como Wolverine,
faleceu em combate.
Mas o sucesso
logo levou à superexposição, o que fez com que o herói virasse uma figura
quase onipresente no Universo
Marvel dos
quadrinhos, e nos filmes ligados à franquia X-Men produzidos pela Fox.
Tudo isto fez com que a Marvel
Comics chegasse
à decisão de dar um descanso a um personagem que, na cronologia de seu universo
ficcional, tem mais de um século de vida (estima-se que ele nasceu nos anos
1880 no Canadá).
Primeiro
trataram de tirar do personagem sua maior vantagem: o fator de cura. Depois,
contrataram alguém capaz de arquitetar uma despedida digna de um personagem tão
popular. A tarefa caiu nas mãos de Charles Soule,
autor que vem se destacando nos últimos anos, em séries como Monstro do Pântano, Superman/Mulher
Maravilha e Mulher Hulk.
Para a arte chamaram Steve McNiven, que já havia
desenhado o personagem no arco O Velho Logan,
que mostrava Wolverine num futuro alternativo, vivendo uma última
aventura que remete ao filme Os Imperdoáveis,
ambientada numa versão sombria do Universo Marvel.
Soule prometeu
em entrevistas anteriores ao lançamento de Death of Wolverine que a minissérie em 4 edições faria
referências a momentos marcantes da vida do personagem. A promessa se cumpriu.
Além de revisitar
alguns lugares importantes de sua vida, como Madripoor, o Japão, e a
base do projeto Arma
X, Wolverine enfrentou na minissérie alguns de seus inimigos
mais tenazes, como Lady
Letal, Ogune, é
claro, Dentes
de Sabre.
A dupla criativa teve
o cuidado de tornar cada combate uma chance de explorar física e verbalmente
cada aspecto do personagem. Suas habilidades ninjas são postas à prova
quando enfrenta um grupo deles comandados por Víbora, com quem foi casado uns
anos atrás. Seu conhecimento de técnicas samurais se mostra essencial para
enfrentar Ogun, quando ele assume o controle do corpo de Kitty
Pryde, combate que relembra a relação dos três na clássica
minissérie Wolverine & Kitty Pryde (da qual falei neste
artigo). E seu confronto com Dentes de Sabre parece sintetizar
em poucas cenas a relação entre os dois antagonistas, citando diversas lutas
entre ambos ao longo dos anos, num bom emprego de diferentes técnicas de
ilustração para diferenciar sonho de realidade.
Death of Wolverine pode até não
agradar quem espera alguma aventura final épica, eletrizante e impactante,
mas tem muitos méritos por nos entregar um tributo ao herói, que em seus
momentos finais, no lugar de envolver-se num ferrenho embate de forças, se
sacrifica para impedir que outros sofram o que ele sofreu quando, décadas
atrás, foi transformado numa arma viva.
É de um
simbolismo poético assistir o herói, em seus minutos finais, tornar-se
literalmente o monumento de seu próprio heroísmo e vida, que tem seu
último fôlego consumido por aquilo que, um dia, foi o responsável por
conceber-lhe imortalidade.
Descanse em
paz, Logan, meu velho. Você merece, amigo.
Por Rodrigo F. S.
Souza
Fonte: Nerd Geek
Feelings
2 Comentários
lá no começo voçê já deu uma série de referências que se cruzam pra contar "o que é" o Wolvi! todo leitor de quadrinhos sabe que essa "morte"do baixinho canadense não é definitiva!!Logan voltara logo em uma revista de X mutantes da vida!! Marcos Punch.
ResponderExcluirCom certeza o Logan voltará sim, até porque e forma como ele "morreu", na verdade, não foi muito convincente. O Charles Soule é um dos roteiristas que eu mais tenho gostado ultimamente, mas essa minissérie realmente deixou a desejar um pouco.
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