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Análise do Planeta Marvel: Homem-Aranha - Feliz Aniversário (Salvat)

Veja a análise do Planeta sobre Homem-Aranha – Feliz Aniversário, lançado pela Salvat.


Esse arco começa dois dias antes do aniversário de Peter Parker. Ele continua lecionando em sua antiga escola, está casado com Mary Jane, a Tia May conhece sua identidade secreta e ele continua a combater o mal e defender as pessoas de sua amada Nova York.

Até que, à noite, ele vai prestar ajuda a outros heróis e acaba se envolvendo numa batalha entre o Dr. Estranho e Dormammu. Uma das consequências dessa batalha é que os dois heróis ficam presos num fluxo cronológico temporal, onde o Aranha se vê numa situação em que ele poderia escolher mudar seu passado, e assim, alterar seu futuro, que aparentemente será bem sombrio. Para voltar ao presente, o Homem-Aranha tem que reviver grandes confrontos e situações em sua vida que sempre exigiram muito dele, e ele acaba enfrentando um dilema que, no fim das contas, é seu verdadeiro presente de aniversário.

Não é a primeira vez que Peter Parker vive questões de ordem existencial, principalmente quando se trata da morte do Tio Ben, mas Straczynski o mostra de modo bem sensível, sem ser melodramático demais, e ainda com uma dose certa de humor que é característico do aracnídeo, provando que é um autor que conhece o personagem.

John Romita Jr. é um artista sem meio termo, amado por alguns, odiado por outros, mas a verdade é que nesse arco, ele desenhou uma página dupla com o Aranha enfrentando todos os seus principais (e até secundários) adversários – um belo trabalho na edição 500.

Há duas histórias intermediárias nas edições 501 e 502. A primeira é um conto sublime e sensível narrada pela Tia May, onde ela passa suas tardes em companhias agradáveis falando de suas preocupações com Peter combatendo o crime, até a emocionante cena final da edição. A segunda, conta a história de Leo Zelinski, alfaiate oficial de vários heróis e vilões, o que é a parte cômica da história. Ele pede a ajuda do Homem-Aranha para impedir um de seus clientes vilões de cometer assassinato, e ainda tentar manter o anonimato. Essa é a parte tocante onde um cidadão comum tenta fazer o que é certo. 

No geral, um belo arco de histórias, que engloba as edições 57, 58 e 500 a 502, e que vale a pena dar uma conferida, principalmente se levarmos em conta, que nas edições posteriores, o autor andou dando umas escorregadas nas histórias do Aranha, até seu triste clímax em Um Dia a Mais, mas isso é história para outra ocasião.

Por Roger

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2 Comentários

  1. depois de conter o Fluxo Cronologico com o Tampax do Estranho Doutor o Aranha ainda tem que ajudar alfaiate de Vilão... antes do Dia do Inferno digo..Um Dia a Mais o Aranha andava com um "Belo Arco" enquanto saltitava e sapecava sua Ruiva favorita Mary Jane!! tudo isso antes do Dia do Mefisto...Marcos Punch.

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    1. Sim, essa foi antes do Mefisto e até antes do que o Straczynski fez com o passado da Gwen. As histórias 501 e 502, em particular foram as que mais gostei. O autor mostrou que entende muito bem do universo e da mitologia do aracnídeo.

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