Logo criado por Jorge Luís

Resenha Marvel: Guerra Civil


Nos próximos meses Marvel Now  chegará ao Brasil e por isso acho válido introduzir os acontecimentos importantes que levaram a essa nova Era da Editora. 


Se você fosse o presidente dos Estados Unidos da América, qual seria a sua postura após um bombardeio na Filadélfia, um ataque do Hulk a Las Vegas, o Wolverine anunciando assassinar o presidente e graças a um confronto de heróis despreparados a morte de 900 crianças? Sua decisão resultou em uma das maiores sagas dos Vingadores. Seus inimigos: eles mesmos! 

Durante anos a questão da identidade secreta dos super heróis foi muito discutida. Seria seguro confiar a segurança do planeta para anônimos mascarados? Até onde eles estão de fato preparados para proteger o mundo? 

A situação fica feia quando um grupo de jovens heróis que protagonizam um reality show denominado de Os Novos Guardiões. De maneira sensacionalista os despreparados heróis se deparam com uma equipe de super vilões muito acima das suas capacidades e ao invés de chamar os Vingadores decidem enfrentá-los por conta própria. Sem preparo a luta acaba com a morte de 900 crianças e um bairro inteiro destruído. 

Com a comoção da população o governo decide instaurar um programa de registro dos super heróis, excluir as máscaras e organizá-los como funcionários Federais. Essa comoção é muito bem expressada com as cenas do velório das crianças em que uma mãe cospe no rosto do Tony Stark acusando-o de ser responsável por sempre incentivar os super-heróis sem nunca pensar nas consequências. Mais uma vez o peso das suas atitudes de playboy excêntrico  contrastam com o papel de um verdadeiro herói. Esse fardo reflete no seu posicionamento a favor dos registros.

Do outro lado Capitão América se coloca contra a lei dos registros dividindo mais ainda as convicções dos heróis. Em Guerra Civil, o escritor Mark Millar consegue inovar mais uma vez o universo dos heróis de uma maneira muito particular. O conceito de tratar os heróis como vilões para a sociedade nunca foi novidade, mas a forma como é executada difere essa série das demais. O antagonismo trabalhado entre o Capitão e o Homem de Ferro com certeza é o ponto alto da história, mostrando que até os maiores heróis podem ser extremamente persuasivos e manipuladores quando necessário. 

Eu sempre falo que nos últimos anos o Homem-Aranha foi melhor trabalhado nos títulos em que aparece como coadjuvante do que nas suas próprias revistas e tal afirmação se repete na minissérie. No meio do tiroteio, o herói em muitos momentos funciona como um filtro para o leitor posicionando ora à favor, ora contra os ideais de Tony Stark que há muito tempo já vinha manipulando o Aranha  para alcançar seus objetivos.

Logo na segunda edição somos surpreendidos com a decisão de Peter Parker em assumir sua identidade secreta na frente das câmeras do país inteiro. Uma das cenas mais marcantes nos quadrinhos na última década. 

Os desenhos de Steve McNiven são um pouco controversos. Enquanto em alguns quadros o artista demonstra extrema maestria em retratar os personagens, por outro lado em alguns quadros tive a impressão de que talvez pelos prazos escassos (lembrando que a série foi publicada de forma mensal) ele não teve oportunidade em aperfeiçoar a obra. Mero detalhe que não afeta em nada a qualidade da obra. 

Guerra Civil foi um marco para o universo atual da Marvel, aclamada e premiada pela crítica introduzindo um conceito que posteriormente o autor trabalhou muito bem com Kick Ass.

Além da minissérie Guerra Civil ainda rendeu inspiração para o jogo Marvel Ultimate Aliance 2 e também pode ser notada uma introdução a trama no final do filme dos Vingadores.

Fonte: Comic Pow

Postar um comentário

4 Comentários

  1. o que posso falar de uma Guerra em que eu nunca me alistei mas que já escutei falar um Monte?! que quem Não se Registar vai ser Perseguido pelo Cara de Ferro( um Playboy Milionário Cachaceiro que batia de frente com os Manda-Chuvas!!) que o Capitão América leva uns Balaços e vai dessa pra um mundo mais "Civilizado"?!! Punch terá que ler toda essa Civil Guerra!! Marcos Punch.

    ResponderExcluir
    Respostas
    1. Tenho certeza de que você vai gostar muito dessa saga. Depois gostaria de saber sua opinião sobre qual lado você acha que esta certo, ou se realmente existe um lado certo ou não.

      Excluir
  2. velho eu meio que concordo com dois lados,mas assim,a ideia foi legal,mas a execução eu acho que nao..em geral todos os super herois se revelarem,nao seria uma boa ideia..e fazer o Homem aranha revelar sua indentidade ,foi isso que me deixou com raiva do Tony,o Steve nao tinha nada a provar a ninguem,acho que isso deveria ser feito somente para herois que procurassem redenção,alguns dos Thunderbolts(Alias aquela formação do Thunderbolts não da pra acreditar que eles fariam algo de bom kk,Eddie brock não da,tem que ser o flash)continuando,herois como homem aranha,demolidor,t'challa ,Capitão ,esses ja haviam provado que estão ali pela paz,e não acho que seria necessario registro ou revelar indentidade..Arco fantastico ,gostei muito ..e alguns atos do Tony e forma que executaram essa lei (sem falar a clonagem do Thor)isso me faz ficar do lado do Capitão.

    ResponderExcluir
    Respostas
    1. Olá Dijaelton! Sabe, você tem um ponto de vista que achei interessante com relação aos membros dos Thunderbolts. Sempre vale a pena lembrar que a revelação da identidade seria apenas para o governo e não ao público. O caso do Aranha ter ido à público foi mais como jogada de marketing para mostrar que o ato de registro teria um apoio de peso - no caso, o próprio Aranha. Confesso que na primeira que eu li, fiquei do lado do Capitão sem pensar muito, mas depois, relendo pela segunda e até uma terceira vez, acho que os dois lados têm seus motivos válidos e inválidos também. O bom é que essa saga consegue gerar boas discussões, o que é justamente o objetivo do Millar. Já viu o trailer do filme Capitão - Guerra Civil? O que achou?
      Obrigado pela sua opinião, foi importante saber dela. E volte sempre que desejar!

      Excluir