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Lanterna Verde 1 (Novos 52) - Crítica

Geoff Johns, autor de Lanterna Verde, penou poucos anos atrás ao assumir o título do herói esmeralda inserindo vários novos conceitos como diferentes cores de anéis e mudando detalhes importantes de sua mitologia para que o quadrinho se adequasse aos novos tempos, e conseguiu bons resultados.


Johns também é um dos principais nomes da reformulação da DC Comics junto com Jim Lee, portanto não é de surpreender que a primeira edição do Lanterna Verde pós-reformulação tem continuidade direta com todos os conceitos anteriores ao evento não sendo uma reformulação na realidade.

Desta maneira nem posso falar muito sobre a proposta de forma geral porque o argumento da nova hq é básico, mostra Sinestro se apropriando do anel verde mesmo depois de todas as barbáries que fez, e o anel recebido é justamente o anel que sai de um Hal Jordan que agora é apenas um ser humano comum que tenta se habituar com sua nova condição.

A hq alterna a vida difícil de Jordan, que chega a ser preso e despejado sem o anel, e Sinestro assumindo o título de novo Lanterna Verde; nada que caracterize ou justifique uma edição número 1, mas completamente condizente com uma saga que tem sua continuidade.

De toda forma, apesar de fugir do que se imagina ser uma edição inaugural, Lanterna Verde 1 é bem resolvido e passa o seu recado abrindo um ensejo muito bom para a história seguinte sem dar a impressão de que o leitor teve diante de si 20 páginas desperdiçadas em um prólogo como em Liga da Justiça 1.

Quanto a arte de Doug Mahnke é, basicamente, razoável, não se destaca em nenhum aspecto e tem erros claros mas funciona de modo geral. Agora a coisa que mais incomoda são os contornos excessivos presentes na face que dão impressão de que o personagem, mais especificamente Hal Jordan, usa algo como rímel ou lápis de olho, o que, evidentemente, fica bastante estranho.

Num todo Lanterna Verde 1 é uma boa história de linha com viés de transição e portanto suprirá a necessidade dos leitores que já acompanham o título, porém tem pouquíssimo caráter de reinício o que pode prejudicar os neófitos. Por fim não se pode esperar muito de histórias de transição em termos de relevância e definitivamente tal importância é ausente.

Pode-se questionar fazer uma edição de número 1 quando a hq, na verdade, exige um conhecimento prévio, e mais importante que isso pode se questionar o caráter de elo que a história tem servindo de argumento para uma posterior quando o mais apropriado seria ela trazer uma narrativa envolvente por si mesma.

Tais fatores depõe contra Lanterna Verde 1, mas, pelo menos, não chegam a entrever um futuro ruim para as histórias que virão posteriormente o que já é um ganho, ou seja, quem leu e gostou da fase anterior do herói fique feliz pois ela se manteve; quem não, aconselho a buscar números anteriores a este - que de primeiro só tem o número - para avaliar melhor os méritos da saga pois nesta história básica eles não ficam salientes.




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2 Comentários

  1. então o Lanterna Jordan agora pra botar medo no Sinestro , passa rimel nos olhos?! "que Luxo"! agora Jordan perdeu o anel que foi parar "nos dedos" escarlates do Sinestro! pro jordan Recuperar o Anel vai ter que decepar a Mão do "Si-Vermelho" !!! Marcos Punch.

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    1. Foi uma base interessante. Afinal, o Sinestro foi um dos maiores Lanternas Verdes antes do Jordan. Foi até uma "coincidência?" os Novos 52 começarem com o Sinestro como Lanterna Verde, já que a história na verdade, não teve reboot, e continua de onde havia parado... fico pensando se o Geoff Johns não fez de propósito.

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