Geoff
Johns, autor de Lanterna Verde, penou poucos anos atrás ao assumir o título do
herói esmeralda inserindo vários novos conceitos como diferentes cores de anéis
e mudando detalhes importantes de sua mitologia para que o quadrinho se
adequasse aos novos tempos, e conseguiu bons resultados.
Desta
maneira nem posso falar muito sobre a proposta de forma geral porque o
argumento da nova hq é básico, mostra Sinestro se apropriando do anel verde
mesmo depois de todas as barbáries que fez, e o anel recebido é justamente o
anel que sai de um Hal Jordan que agora é apenas um ser humano comum que tenta
se habituar com sua nova condição.
A hq
alterna a vida difícil de Jordan, que chega a ser preso e despejado sem o anel,
e Sinestro assumindo o título de novo Lanterna Verde; nada que caracterize ou
justifique uma edição número 1, mas completamente condizente com uma saga que
tem sua continuidade.
De toda
forma, apesar de fugir do que se imagina ser uma edição inaugural, Lanterna
Verde 1 é bem resolvido e passa o seu recado abrindo um ensejo muito bom para a
história seguinte sem dar a impressão de que o leitor teve diante de si 20
páginas desperdiçadas em um prólogo como em Liga da Justiça 1.
Quanto a
arte de Doug Mahnke é, basicamente, razoável, não se destaca em nenhum aspecto
e tem erros claros mas funciona de modo geral. Agora a coisa que mais incomoda
são os contornos excessivos presentes na face que dão impressão de que o
personagem, mais especificamente Hal Jordan, usa algo como rímel ou lápis de
olho, o que, evidentemente, fica bastante estranho.
Num todo
Lanterna Verde 1 é uma boa história de linha com viés de transição e portanto
suprirá a necessidade dos leitores que já acompanham o título, porém tem
pouquíssimo caráter de reinício o que pode prejudicar os neófitos. Por fim não
se pode esperar muito de histórias de transição em termos de relevância e
definitivamente tal importância é ausente.
Pode-se
questionar fazer uma edição de número 1 quando a hq, na verdade, exige um
conhecimento prévio, e mais importante que isso pode se questionar o caráter de
elo que a história tem servindo de argumento para uma posterior quando o mais
apropriado seria ela trazer uma narrativa envolvente por si mesma.
Tais
fatores depõe contra Lanterna Verde 1, mas, pelo menos, não chegam a entrever
um futuro ruim para as histórias que virão posteriormente o que já é um ganho,
ou seja, quem leu e gostou da fase anterior do herói fique feliz pois ela se
manteve; quem não, aconselho a buscar números anteriores a este - que de
primeiro só tem o número - para avaliar melhor os méritos da saga pois nesta
história básica eles não ficam salientes.
Fonte: Leia Literatura
2 Comentários
então o Lanterna Jordan agora pra botar medo no Sinestro , passa rimel nos olhos?! "que Luxo"! agora Jordan perdeu o anel que foi parar "nos dedos" escarlates do Sinestro! pro jordan Recuperar o Anel vai ter que decepar a Mão do "Si-Vermelho" !!! Marcos Punch.
ResponderExcluirFoi uma base interessante. Afinal, o Sinestro foi um dos maiores Lanternas Verdes antes do Jordan. Foi até uma "coincidência?" os Novos 52 começarem com o Sinestro como Lanterna Verde, já que a história na verdade, não teve reboot, e continua de onde havia parado... fico pensando se o Geoff Johns não fez de propósito.
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