Resenha Marvel: Vingadores vs. X-Men 1

Nessa primeira edição, temos um breve recap dos últimos acontecimentos dos mutantes, principalmente para aqueles que não acompanham as suas histórias. Por que isso? Simples, essa é basicamente uma história dos X-Men, que é a culminação da saga da Messias Mutante, Esperança Summers.

Mas também é uma história dos Vingadores, por conta da segunda grande protagonista que ainda não apareceu na história (ficou pra próxima edição) que se chama Feiticeira Escarlate. A responsável pela destruição dos antigos Vingadores e da raça mutante durante a saga Dinastia M é a grande sombra na história e o Yang do Yin de Esperança. As duas são os grandes gatilhos do conflito, mais que a Fênix.

Afinal, foram elas que levaram Scott Summers, o Ciclope, a agir da maneira extremista que começou a agir e que levou-o a puxar briga com os principais heróis da Terra. Sério, ninguém em sã consciência arruma briga com um time que tem um Hulk, ainda mais um Hulk e um Coisa, além de um Thor, um Homem de Ferro…

Bem vocês entenderam.

Mas os X-Men também têm seus pesos pesados, como um Colossus turbinado pela jóia de Cyttorak (aquela que deu os poderes para o Fanático) e Magneto, mesmo depois do Cisma, que dividiu a equipe em dois fronts, um liderado por Ciclope e outro por Wolverine. Wolverine, aliás, que é o fiel da balança nessa disputa, pois ele está nos dois times, ativamente.

Esperança é o grande X (risos) da questão. Ela está destinada a ser a próxima hospedeira da Fênix e Ciclope quer se aproveitar disso para corrigir o que a Feiticeira Escarlate fez ao destruir o gene mutante. Ele age por fé, às cegas, sem saber exatamente COMO vai acontecer. Mas sua luta é apaixonada, o que o leva a lutar apaixonadamente, em um conflito que lhe custará demais, mesmo em caso de vitória.

A edição é formada por dois capítulos da série principal do crossover, mas também traz outro atrativo, a minissérie especial Versus, que amplia os conflitos tratados na história principal, com foco exclusivo nos combates.

Nessa edição, já vemos como isso pode ser polêmico com os fãs. Nos dois combates mostrados vemos que habilidades de luta e mesmo a lógica não são determinantes. Afinal, como explicar de outra forma a vitória do Coisa sobre Namor, o Príncipe Submarino, DENTRO do oceano, arena do mutante subaquático? Ou mesmo Magneto x Homem de Ferro, onde o queridinho da Marvel Studios Tony Stark usa recursos como captar o campo magnético de outros planetas contra o próprio Mestre do Magnetismo? Só um final inconclusivo para permitir um combate desses por poucas páginas.

Vingadores Vs. X-Men não vai reescrever a história dos quadrinhos. Tem vários defeitos, boa parte deles causados pela arte de John Romita Jr. Mas cumpre com LOUVOR o seu propósito, que é divertir seus leitores e engajar duelos entre fãs, agora torcedores, sobre quem venceria essa peleja.

Fonte: Quadrim