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Batman: Desconstruindo Ano Zero – O Asa Noturna

[o artigo abaixo contém spoilers]

Certamente uma das mais esperadas edições do Ano Zero do Batman era a do Asa Noturna. Cada vez mais popular, o personagem criado em 1940 e revolucionado por Marv Wolfman e George Pérez (e mais tarde por Chuck Dixon e Scott McDaniel em sua primeira revista solo) continua dando saltos maiores que um ser humano normal dentro do mercado, mesmo não tendo nenhum super poder pra isso. Claro, Nightwing #25 não é um primor, mas ao prezar pela simplicidade de roteiro e de amarração com a história principal contada por Scott Snyder, o roteirista Kyle Higgins consegue cumprir seu objetivo: contar uma boa história.

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Apoiado pela excelente arte dos brasileiros Will Conrad e Cliff Richards – que em nada estão deixando a desejar depois da saída de Eddy Barrows -, Higgins conseguiu encaixar sua história no meio de todo o grande evento que é esta nova bat-saga proposta por Snyder e Greg Capullo.

Ficha Técnica:
Nightwing #25
Roteiro: Kyle Higgins
Arte: Will Conrad & Cliif Richards
Cores: Pete Pantazis
Capa: Will Conrad

Higgins quis mostrar uma história de redenção e heroísmo de um jeito bem simples, usando clichês típicos de cinema [Nota: lembrando que o autor é formado em cinema e tem curtas metragens, inclusive "The League", que deu origem à HQ "A Liga" com o brasileiro Rod Reis, o qual será exibido neste final de semana na Comicmania do Rio de Janeiro] de uma forma agradável e muito fluida. Dick Grayson está no cinema vendo um filme quando Gotham sofre o blecaute visto em Batman #24. Obviamente, para que o personagem ainda tão jovem esteja ali é devido ao Circo Haley, que estava se apresentando na cidade naquele período.


Dick acaba pisoteado na tumultuada saída do cinema, sendo acordado tempos depois por um grupo de amigos adolescentes. Próximo do local havia um experimento meta-humano que deu muito errado, e o grupo começa a fugir deste monstro. A história então se torna um pequeno “filme de fuga de monstros”, com a superação de cada envolvido no final. O conto é bem prático e funcionou para mostrar o que Higgins mais precisava nesta edição:
- o espírito heróico de Grayson antes mesmo de ser um parceiro mirim do Batman;
- a primeira vez que Haley e Sal Maroni se encontraram (um dos adolescentes era filho do mafioso);
- a ligação entre Dick e seus amigos do circo, em especial Raya;
- o espírito desafiador de Dick quanto estava no trapézio, o que viria a ser fundamental para sua transformação em vigilante.
Quem procurava um tie-in despretensioso e divertido vai se deleitar com a rápida Nightwing #25. Fãs do personagem também gostarão de saber um pouquinho mais do passado dele.

Fonte: Terra Zero

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2 Comentários

  1. gostei da arte dos brasileiros com nome"Americanizados"!! então o Sr.Higgins é "o rei"dos Curtas Metragens e usou uma História com Clichês do Cinema tipico simples!!!Marcos Punch.

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    1. Aliás, tem vários artista brasileiros com pseudônimos "estrangeiros". Acho que o Ivan Reis é um dos poucos que mantém seu nome : intacto".
      E como eu disse antes, todos os tie-ins do Ano Zero são legais e tem alguma importância na vida do personagem principal.
      Se você for ler essa saga do Batman, leia também todos os tie-ins. Não vai ser importante para entender a história principal, mas vale pela história em si.

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