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Planeta Resenha DC:

O que há de tão especial em Wonder Woman #36? Bom, se você vem acompanhando ou terminou de ler a fantástica fase de Brian Azzarello (finalizada na edição passada) na HQ da Amazona da DC com certeza deve estar curioso para saber como foi a estreia da nova dupla criativa composta pelo casal (eles são casados na vida real) Meredith e David Finch. A fase anterior abriu uma série de novos caminhos narrativos na vida de Diana Prince. Ao mesmo tempo que preparou o terreno para nova aventuras, Azzarello não deixou pontas soltas. Com isso a nova roteirista tem uma oportunidade muito bacana de realmente deixar sua marca no título da Mulher Maravilha.

Mulher-Maravilha_36

O que Meredith Finch faz nesta estreia é basicamente uma re-apresentação da heroína. Temos as cenas com o elenco da Ilha Paraíso mostrando o impacto dos acontecimentos da guerra contra o Primogênito na vida das Amazonas e algumas cenas relacionando a condição atual de Diana com seus companheiros na Liga da Justiça, além de um confronto com o Monstro do Pântano. A autora faz um trabalho regular durante estas 23 páginas. Não há muito movimento nesta edição, mas isso não prejudica a leitura. O principal problema da revista está justamente na cena de ação. Não há uma motivação razoável para que ela aconteça. Mesmo que a autora utilize uma explicação meio que desconstrutora apelando para o stress dos últimos tempos, não dá pra imaginar a Diana de Azzarello (e quase nenhuma outra versão da heroína) agindo desta maneira especificamente nesta cena. Então, o que poderia ser uma estreia morna, mas aceitável acaba tomando forma apelativa com o artifício de uma cena de ação injustificável.

A arte de David Finch é muito bem feita em toda esta edição. Ao contrário da esposa, o cara estreia muito bem. Se você está lendo Vilania Eterna e curtindo o trabalho do cara, aqui não vai encontrar nada menos que uma arte no mesmo nível. Logicamente é uma guinada radical em relação ao visual dos ilustradores anteriores, mas se encaixa perfeitamente na proposta atual da Amazona. A caracterização do elenco em Themyscira, na Tailândia e no Satélite da Liga é impecável (apesar de eu achar o Superman um pouco jovem demais nos poucos quadros em que aparece). Enquadramento bem simples e sem muito experimentalismo e um bom uso das páginas duplas. A bendita cena de ação com Alec Holland é visualmente lindíssima, apesar do problema na premissa da mesma. Arte clássica de HQ americana da melhor qualidade.

Mulher Maravilha #36 deve que ser avaliada sem comparação com a fase anterior, pois começa com um terreno livre para a nova equipe criativa trabalhar. No entanto, se você está pegando o bonde da Maravilha aqui com certeza não deve se empolgar muito, mesmo que não tenha lido nada do Azzarello. A estreia de Meredith Finch aqui é morna, não há uma premissa muito clara e nem uma proposta inicial convincente para a personagem. E a única cena de ação da HQ tem uma motivação injustificável e parece que foi feita somente para constar como um “quebra pau” burocrático. A arte de David Finch por outro lado, é de altíssimo nível, mas caso o roteiro não acompanhe as ilustrações vai ficar difícil manter as vendas de um dos melhores títulos da DC até o momento.

Por Igor Tavares
Fonte: Proibido Ler


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2 Comentários

  1. quero ver a Diana fatiando com sua espada o Monstro!(se bem que o Alec é um cara legal...).também acho que nessa fase 52 o Super tá com cara de moleque! o Super deveria ficar com o visual desenhado por Ed Mcguinness! e com a a velha cueca(ridicula mas era tradicional, sem boiolagem!!) por cima da calça!!Marcos Punch.

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    1. O David Finch deixou toda a Liga com feição de adolescentes...
      Mas, no geral, a ideia dos Novos 52 era essa mesma, começar a publicar os personagens como se eles fosse mais jovens.

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