O que há de tão especial em Wonder Woman #36? Bom, se você vem acompanhando ou
terminou de ler a fantástica fase de Brian Azzarello (finalizada na
edição passada) na HQ da Amazona da DC com certeza deve estar
curioso para saber como
foi a estreia da nova dupla criativa composta pelo casal (eles são casados na
vida real) Meredith e David Finch. A fase anterior abriu uma série de novos
caminhos narrativos na vida de Diana Prince. Ao mesmo tempo que preparou o
terreno para nova aventuras, Azzarello não deixou pontas soltas. Com isso a
nova roteirista tem uma oportunidade muito bacana de realmente deixar sua marca
no título da Mulher Maravilha.
A arte de David Finch é muito bem
feita em toda esta edição. Ao contrário da esposa, o cara estreia muito bem. Se
você está lendo Vilania Eterna e
curtindo o trabalho do cara, aqui não vai encontrar nada menos que uma arte no
mesmo nível. Logicamente é uma guinada radical em relação ao visual dos
ilustradores anteriores, mas se encaixa perfeitamente na proposta atual da
Amazona. A caracterização do elenco em Themyscira, na Tailândia e no Satélite
da Liga é impecável (apesar de eu achar o Superman um pouco jovem demais nos
poucos quadros em que aparece). Enquadramento bem simples e sem muito
experimentalismo e um bom uso das páginas duplas. A bendita cena de ação com
Alec Holland é visualmente lindíssima, apesar do problema na premissa da mesma.
Arte clássica de HQ americana da melhor qualidade.
Mulher Maravilha #36 deve que ser avaliada sem
comparação com a fase anterior, pois começa com um terreno livre para a nova
equipe criativa trabalhar. No entanto, se você está pegando o bonde da
Maravilha aqui com certeza não deve se empolgar muito, mesmo que não tenha lido
nada do Azzarello. A estreia de Meredith Finch aqui é morna, não há uma
premissa muito clara e nem uma proposta inicial convincente para a personagem.
E a única cena de ação da HQ tem uma motivação injustificável e parece que foi
feita somente para constar como um “quebra pau” burocrático. A arte de David
Finch por outro lado, é de altíssimo nível, mas caso o roteiro não acompanhe as
ilustrações vai ficar difícil manter as vendas de um dos melhores títulos da DC
até o momento.
Por Igor Tavares
Fonte: Proibido Ler
Fonte: Proibido Ler
2 Comentários
quero ver a Diana fatiando com sua espada o Monstro!(se bem que o Alec é um cara legal...).também acho que nessa fase 52 o Super tá com cara de moleque! o Super deveria ficar com o visual desenhado por Ed Mcguinness! e com a a velha cueca(ridicula mas era tradicional, sem boiolagem!!) por cima da calça!!Marcos Punch.
ResponderExcluirO David Finch deixou toda a Liga com feição de adolescentes...
ExcluirMas, no geral, a ideia dos Novos 52 era essa mesma, começar a publicar os personagens como se eles fosse mais jovens.