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Planeta Resenha DC: Superman & Mulher-Maravilha

Nos meses de outubro e novembro, a revista mensal do Superman publicada aqui no Brasil pela Panini, contou com a estreia de uma das mais aclamadas séries do azulão nos EUA. Trata-se de Superman/Wonder Woman, escrita pelo roteirista Charles Soule e que se propõe a trabalhar o relacionamento amoroso desses dois seres superpoderosos da DC Comics, que agora são um casal. Em uma decisão mais do que acertada, a Panini compilou a 6 primeiras edições americanas da HQ (o que equivale ao primeiro encadernado) na íntegra, nas edições 27 e 28 da revista Superman. Uma ótima decisão editorial. Ponto pra Panini. E que isso ocorra mais vezes.

superman revistas


Apesar de ser uma revista sobre relacionamentos, e portanto contar com altas doses de romance e discussões da relação, a trama está longe de se resumir a isso. São um casal de super-heróis afinal, e seus problemas não são nem um pouco parecidos com os do cotidiano de um casal comum. É interessante aliás a forma como Soule insere essas pequenas “dificuldades” no namoro dos dois. Apesar de serem super poderosos, membros da Liga da Justiça e portanto aparentemente com tanta coisa em comum, o roteirista foca nas diferenças entre os dois. Clark é um fazendeiro afinal, um cara do campo, alguém pacato e que esconde a sua identidade por trás da imagem de um homem simplório. Sendo assim, ele prefere manter segredo sobre o namoro dos dois, acreditando que o mundo não precisa saber disso. Já Diana cresceu para ser uma guerreira, nunca precisou se esconder e não está satisfeita com essa posição. Ela não entende porque precisa esconder algo.


Como um bom gibi de super-heróis que se preze, temos ação. E que ação! Na trama criada por Soule, há uma espécie de “vazamento” ocorrendo na Zona Fantasma (a prisão kryptoniana onde estão os maiores criminosos do planeta) e Clark e Diana precisam resolver isso antes que ocorra uma fuga em massa, visto que uma fenda fez com o que monstro Apocalypse causasse estrago suficiente do lado de fora durante o pouco tempo em que esteve livre. O que os dois não contavam porém é que um kryptoniano também conseguiu fugir da Zona Fantasma. Trata-se de ninguém mais ninguém menos do que o próprio General Zod, o grande vilão do filme Homem de Aço (interpretado por Michael Shannon), sendo introduzido pela primeira vez na cronologia dos Novos 52 nos quadrinhos.

Primeiramente surtado e enraivecido, Zod vai aos poucos descobrindo os seus novos poderes sob a luz do nosso sol amarelo, e até mesmo entra em confronto direto com a Liga da Justiça da América do Caçador de Marte, sendo parado apenas pelo próprio Superman, que o leva sob custódia para a Fortaleza da Solidão. Aparentemente mais calmo e controlado, Zod conversa com Kal-El, que se vê empolgado em conhecer um outro sobrevivente de Krypton, que além disso parece saber bastante a respeito de seu pai.

Porém, não demora para Zod se mostrar como a ameaça que verdadeiramente é, enganando o Superman para realizar o seu verdadeiro objetivo: dar continuidade aos seus planos de dominação mundial, primeiramente resgatando da Zona Fantasma a sua amada, Faora. Como Zod mesmo diz, e inclusive é o nome do capítulo onde isso acontece: “O que qualquer homem faria”. Perfeito para um quadrinho que fala sobre relacionamentos, afinal.

E por falar em Faora, a personagem é apresentada com um visual muito semelhante à sua versão cinematográfica, interpretada pela atriz alemã Antje Traue. Praticamente uma releitura.
Aliás, o fato de colocar um outro casal para antagonizar com Superman e Mulher-Maravilha foi uma ótima sacada de Charles Soule, que aproveita para nos mostrar a diferença de “amor” entre os casais. Enquanto com Clark e Diana há um companheirismo e cuidado, com Zod e Faora vemos uma lealdade e obsessão que quase beira a loucura. E enquanto enfrentam esse outro casal super poderoso, Superman e Mulher-Maravilha ainda precisam lidar com o fato de seu relacionamento ter sido exposto para a mídia, trazendo todo tipo de reação das pessoas.

Sem dar muita informação sobre o que acontece, só posso garantir que a batalha entre casais é de tirar o fôlego, e com consequências desastrosas para ambos os lados. Para quem curte o Superman e estava órfão de material de qualidade do personagem ultimamente, essas duas edições pelo menos são garantia de diversão e boa leitura. E para quem tem curiosidade a respeito desse novo casal, essa é a revista certa.

Fico na torcida para que os próximos volumes de Superman/Wonder Woman também sejam publicados assim de forma fechada, e não dividindo o mix com alguma outra história de qualidade duvidosa.


Por Murilo Oliveira
Fonte: O Vício

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4 Comentários

  1. e com aconteceu com a eterna mulher do Super? a Lois Lane foi jogada pra escanteio por causa de mais uma mudança do universo DC?! o Super tá mais do que certo em namorar com a Diana (que é gata e gostosa!!) mas ele podia também Sapecar,dar uns pegas na Lois!assim formava um triângulo amoroso bem interessante!!Marcos Punch.

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    1. Hehehe... olha a sacanagem aí....
      Pois é, nos Novos 52 houveram muitas mudanças mesmo. Você está acompanhando alguns títulos?

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  2. tenho uma revista da LJ dos novos 52 em que aparece o vilão Graves a historia é a "Jornada do Vilão"! e tenho lido pela internet algumas HQs,como Batman li a saga da Corte das Corujas e gostei bastante!o bruce lutando com seu suposto irmão doidão foi bem bacana! e li também o Superman e M.Maravilha em que aparece o "desmemoriado"Zord! Marcos Punch.

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    1. Sim, são todos títulos que eu também estou gostando bastante. Superman e Mulher-Maravilha escrito pelo Charles Soule foi uma boa surpresa, pois não estava esperando muita coisa.

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