Não. Este não é um novo título sobre
Michael Collins, o clássico ciborgue assassino que todos nós aprendemos a amar.
Tampouco é um título sobre Mike Peterson, o Deathlok do seriado Agentes da S.H.I.E.L.D. O novo
Deathlok se chama Henry Hayes, um médico veterano de guerra, pai solteiro que
trabalha na organização “Médicos sem fronteiras”, ou pelo menos acha que
trabalha. O fato é que Hayes acredita que está viajando pelo mundo para ajudar
as pessoas, mas sem seu conhecimento é manipulado por uma organização
misteriosa para cumprir missões de queima de arquivo. Através de uma sequência
que ativa o programa Deathlok em seu cérebro a organização, representada por
uma agente da própria S.H.I.E.L.D., usa o médico como uma arma viva e ao
término das missões apaga suas memórias.
A arte em Deathlok é de Mike Perkins. Um
trabalho muito correto e sem falhas. Traços simples lembrando um pouco Steve
Epting na fase do Capitão América escrita por Ed Brubaker. Temos uma
caracterização bonita do novo Deathlok. O personagem, que tem um visual muito
menos decrépito que seu predecessor, atualmente é um cara normal que tem uma prótese
substituindo a perna e veste uma roupa meio tática, meio super-heróica para
cumprir suas missões. O novo Deathlok continua com o mesmo esquema de
rastreamento de ameaças e mira do antigo, naquele esquema Robocop / Exterminador do Futuro e faz uso a todo o tempo de armas de
fogo. Perkins faz um trabalho muito caprichado nas sequências de ação com
quadros limpos e somente dando as informações necessárias para que o leitor
possa entender o que está acontecendo no meio do tiroteio.
Deathlok #1 não é uma estreia sensacional. O
personagem não tem um apelo forte logo de cara nem para novos leitores nem para
os antigos. A premissa da HQ bebe na fonte dos clichês de espionagem e controle
mental de filmes da década passada. No entanto, tudo aqui é muito bem escrito
por Nathan Edmonson e extremamente bem executado por Mike Perkins. Uma revista
que pode ser lida rapidamente e pode acabar caindo no gosto de qualquer tipo
leitor que não esteja muito interessado em um escopo muito grandioso e nem uma
interação muito aprofundada com o Universo Marvel atual.
Por Igor Tavares
Fonte: Proibido Ler
Fonte: Proibido Ler
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