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Planeta Resenha Marvel: Justiceiro #12

Após umas “férias” no Caribe que incluíram enfrentar um cartel paramilitar inteiro nas selvas da América Central, ser vendido como escravo para Ossos Cruzados e uma desconfortável estadia em uma prisão na Costa Rica, Frank Castle é resgatado por Rachel Cole-Alves (Claro que vocês lembram dela, né?) e está finalmente de volta a Los Angeles. O problema é que em sua ausência a cidade foi totalmente dominada pela gangue Dos Soles (novamente) e o caos reina. Para piorar a situação os Comandos Selvagens continuam tentando apagar o Justiceiro e sequestraram reféns para atrair o anti-herói.

HQ do Dia | Justiceiro #12

O roteirista Nathan Edmonson continua nos presenteando com mais uma edição descompromissada, descomplicada e divertida nessa série do Justiceiro. A simplicidade, as premissas diretas e na maioria das vezes manjadas, a ausência total de frescura, o cuidado com a caracterização dos armamentos e o foco na ação já se tornaram marcas registradas desta HQ na fase atual e a edição 12 não tem nada de diferente. Como trata-se de uma edição de preparação para um novo conflito, novamente temos todas aquelas cenas clássicas de filme de ação da década de 1980 / 90: O herói carrancudo e todo descabaçado retornando ao seu reduto e contemplando o caos absoluto, os impiedosos antagonistas tocando o terror, matando vagabundo por prazer e destruindo a cidade inteira, os coadjuvantes ali somente para fornecer apoio logístico e falar que “vai dar merda, Frank”, e a clássica cena do herói se equipando para guerra – Que você já viu 800000000 vezes, mas quando bem escrita sempre funciona. Pra quem ainda não leu esta fase é sempre bom lembrar que o Justiceiro está bem mais falante, tecendo comentários a todo o momento e eventualmente fazendo alguma observação sarcástica. Esta relativa “eloquência” no entanto não altera em nada na impiedosidade e na brutalidade no protagonista. Frank continua matando qualquer coisa ruim que cruze seu caminho sem hesitar. E é basicamente isso que se espera deste personagem.

Não há como fazer reclamação alguma sobre a arte de Mitchell Thomas Gerads. O sujeito continua impecável nas caracterizações, desenha as cenas panorâmicas de Los Angeles como poucos e é preciso como um atirador de elite na fotografia das cenas de ação. As referências visuais que evocam jogos de tiro em primeira pessoa continuam lá e o cuidado com o visual dos equipamentos e armamentos de Frank Castle nesta fase é louvável. As armas de fogo, armas brancas, explosivos, peças de vestuário e todo tipo de equipamento usado pelo Justiceiro ou por qualquer membro deste elenco são baseados em referências reais. Para os entusiastas de equipamento de guerra é um deleite toda vez que há um close em alguma peça de equipamento. O artista tem um traço bem rude e grosseiro, mas isso aqui não é a HQ do Pequeno Poney. É a porra do Justiceiro.

Justiceiro #12 continua a trilha de simplicidade, objetividade e grosseria que se propôs desde o início da fase escrita por Nathan Edmonson. A premissa é manjadíssima e o roteiro não tem nada revolucionário. É uma história de ação clássica com desenhos totalmente alinhados com a proposta do roteiro e um cuidado extremo com as caracterizações e cenas de ação. Esta edição mantém o bom nível do título e evoca memórias de tempos em que os quadrinhos urbanos eram mais simples e sem tramas muito complexas. Uma ótima leitura e um divertimento garantido.


Por Igor Tavares
Fonte: Probido Ler

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