Mal assumiu controle de uma das mais
controversas encarnações dos Thunderbolts, e o roteirista CHARLES
SOULE teve que inserir a equipe no turbilhão de acontecimentos que
envolveram a saga Infinito. Isso tudo cobre o que vimos entre a edição 9 e
15 de Universo Marvel, por boa parte do segundo semestre de 2014,
começando por resoluções de tramas tecidas pelo roteirista anterior.
Mesmo amorosamente ligado a Elektra, o Justiceiro... Amorosamente não é bem a palavra, não é? “Justiceiro” e “amor” não combinam. De qualquer forma, Frank Castle, a sua maneira, dá conta do irmão de Elektra, Orestez, que deu tanta dor de cabeça aos T-Bolts. A arte de STEVE DILLON (numa volta efêmera), como quase sempre, não ajuda, assim como toda a história. Mas não culpo Soule, que tentou ser rápido para apagar esse episódio e seguir adiante no que tem planejado para o grupo.
Outro ponto a ser resolvido é mais
complexo: Clemência. Agora com a arte do ótimo PHIL NOTO, Soule tem
mais trabalho e parece mais cuidadoso. Com a curiosidade e insistência de Venom,
acabamos sabendo como e porque o Hulk Vermelho fez um perigoso acordo
com uma criatura cujos poderes e sede pela morte parecem não ter
verdadeiramente algum limite passível de ser medido. Por fim, o que fica claro
é que a aposta arriscada não garante ou resolve nada. Clemência é o grande
ponto de interrogação carregado nas costas desse grupo disfuncional de
assassinos e anti-heróis.
Por fim, a participação na saga Infinito é
na verdade um grande acidente que atravessa a primeira “missão de retribuição”
dos Thunderbolts. O que isso quer dizer? O Rulk, após fazer com que fizessem
algum do seu serviço sujo, concede aos membros do grupo que cada um
determinasse os objetivos de suas próximas ações.
O Justiceiro é o primeiro agraciado e, como não poderia deixar de ser, sua proposta é que assassinassem alguns mafiosos. Mas não quaisquer mafiosos, e sim aqueles que são o pilar de fornecimento de armas para todas as famílias criminosas: os Paguro.
Não é preciso dizer que a missão ocorre quase que simultaneamente à invasão das tropas de Thanos a Nova York, gerando uma série de contratempos – e cenas verdadeiramente engraçadas com Deadpool. O descontrole parece intensificado não só com a percepção de que o Líder Vermelho não é mera marionete, mas com o quanto Clemência entra em parafuso com tanta morte e destruição ao seu redor.
Porém, o ponto alto da história em cinco partes é o inusitado protagonismo de uma pequena e fragilizada família mafiosa, os Nobili, cuja miséria faz com que sintamos até certa empatia por eles. Especialmente depois da ascensão da desgraça que os acomete não só em meio à chacina promovida pelo Justiceiro e seus companheiros, mas com as transformações geradas pela Bomba Terrígena lançada por Raio Negro.
A arte de JEFTE PALO definitivamente não foi feita para esse tipo de história, e está muito abaixo daquela apresentada em histórias relativamente recentes do Hulk. Parece apressada e muito mal finalizada. Uma pena. Alguns painéis estão verdadeiramente bizarros.
O Justiceiro é o primeiro agraciado e, como não poderia deixar de ser, sua proposta é que assassinassem alguns mafiosos. Mas não quaisquer mafiosos, e sim aqueles que são o pilar de fornecimento de armas para todas as famílias criminosas: os Paguro.
Não é preciso dizer que a missão ocorre quase que simultaneamente à invasão das tropas de Thanos a Nova York, gerando uma série de contratempos – e cenas verdadeiramente engraçadas com Deadpool. O descontrole parece intensificado não só com a percepção de que o Líder Vermelho não é mera marionete, mas com o quanto Clemência entra em parafuso com tanta morte e destruição ao seu redor.
Porém, o ponto alto da história em cinco partes é o inusitado protagonismo de uma pequena e fragilizada família mafiosa, os Nobili, cuja miséria faz com que sintamos até certa empatia por eles. Especialmente depois da ascensão da desgraça que os acomete não só em meio à chacina promovida pelo Justiceiro e seus companheiros, mas com as transformações geradas pela Bomba Terrígena lançada por Raio Negro.
A arte de JEFTE PALO definitivamente não foi feita para esse tipo de história, e está muito abaixo daquela apresentada em histórias relativamente recentes do Hulk. Parece apressada e muito mal finalizada. Uma pena. Alguns painéis estão verdadeiramente bizarros.
A missão é cumprida graças à insana
genialidade (sim!) de Deadpool, Gordon Nobili (o pai da pequena
família mafiosa) provavelmente ainda será visto por aí, e os Thunderbolts de
Soule saem por aí com a promessa de mais caos e missões para cumprir.
Por João
Por João
Fonte: Universo Marvel 616
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