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Planeta MEGABLOG Clássicos: Camelot 3000 (1982)

Chegamos ao terceiro post do Planeta MEGABLOG Clássicos, um projeto em conjunto com meu parceiro ANT do MEGABLOG. Dessa vez, a lenda do Rei Arthur e os Cavaleiros da Távola Redonda ressurgem no século XXXI, nessa mega saga em doze partes publicada entre 1982 e 1985.


No ano 3000, Morgana Le Fay lidera um exército de alienígenas com o propósito de invadir e dominar a Terra. A história se foca em Londres, onde o jovem Tom Prentice, ao tentar fugir de alguns alienígenas, faz uma das maiores descobertas dos últimos tempos e revive Arthur Pendragon. Em seguida, temos o retorno do Mago Merlin, e sucessivamente os Cavaleiros da Távola Redonda retornam como Sir Lancelot, A Rainha Guinevere, Tristão, Isolda, Percival, Galahad, etc.
A saga chega a seu clímax quando os defensores da Terra vão até o planeta onde Morgana comanda seu exército junto com seu filho Mordred. Uma batalha épica entre as forças do bem contra o mal, com muita ação.

Mas, a história é muito mais do que isso. No processo de trazer os cavaleiros de volta, nem tudo aconteceu como o planejado. Tristão retorna no corpo de uma mulher, mas seu coração continua a pertencer a Isolda. Temos aqui, uma das primeiras vezes (pelo menos que eu me lembro) em que uma relação entre pessoas do mesmo sexo é retrada com profundidade nos quadrinhos.


Percival, na mitologia original, é um cavaleiro tão nobre, a ponto de ser o único a encontrar o Santo Graal, dessa vez, por um acidente, é um monstro com aparência disforme, o que dá um excelente contraponto com seu coração puro e gentil. Galahad é um samurai japonês e Gawain é sul africano, mas todos mantêm a mesma essência original. O triângulo amoroso entre Arthur, Guinevere e Lancelot também está presente.

Manter todos esses elementos dentro do contexto num futuro distante, foi uma jogada ousada e acertada do escritor Mike W. Barr. Todos os acontecimentos da lenda de Arthur foram apresentados, mas adaptados para os personagens renascidos naquele ambiente caótico e futurista, fechando mais um ciclo dessa rica mitologia.

Também foi uma oportunidade bem aproveitada de desenvolver toda a complexidade dos principais personagens, até mesmo a relação complexa entre Le Fay e seu filho bastardo Mordred.

Os desenhos são de Brian Bolland (A Piada Mortal), que dispensa apresentações com seus traços hiper realistas.


 A editora Abril publicou essas histórias dentro do mix das revistas Batman (a partir da edição #2) e Superamigos, e posteriormente lançou em três volumes, ainda em formatinho. A editora Mythos lançou em forma de encadernado em 2005, e a Panini em 2010, num encadernado de luxo, capa dura.

Um verdadeiro clássico da DC Comics, uma obra praticamente perfeita, que vale a pena ler e reler várias vezes.


Por Roger 

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