O Planeta analisa a revista Convergência 0, lançado
pela Editora Panini, 52 páginas, lombada canoa, capa couché, papel LWC, R$ 6,90.
Sinopse:
Há não muito
tempo, o Superman foi infectado por um vírus que quase o transformou
em um dos mais perigosos seres do universo: Apocalypse! O responsável por esse
ataque foi ninguém menos que Brainiac. Para vencê-lo, o herói se viu
obrigado a se sacrificar, adentrando um buraco negro. Lá, o Último Filho de
Krypton ficou aprisionado por muito tempo… O que aconteceu nesse período, e
como isso vai mudar tudo no Universo DC, você vai descobrir nessa edição, que
dá o tiro de partida do épico Convergência!
Análise:
A história começa exatamente onde terminou a saga
Superman: Condenado, que mostrou o confronto entre o Homem de Aço e Apocalipse.
Superman acaba descobrindo diferentes versões de Brainiac visitando e roubando
cidades através do tempo e do espaço, e sabe que precisará fazer algo a
respeito disso.
E assim, o começo de tudo, onde Superman começa sua
jornada para desvendar os segredos por trás da “convergência”. Gosto dos
desenhos do Ethan Van Sciver e agora é esperar para ver os desdobramentos, que
serão muitos, diga-se de passagem.
O Planeta analisa edição a edição a saga Convergência
1, lançado pela Editora Panini, 124 páginas, lombada quadrada, capa couché,
papel LWC, R$ 15,50.
Sinopse:
Em um
planeta localizado em um ponto fora do tempo e do espaço, o misterioso Telos –
um servo do desaparecido Brainiac – dá seguimento ao que ele acredita serem os
planos de seu mestre: recolher diversas cidades de diversas linhas temporais e
realidades alternativas extintas para que se enfrentem. O prêmio é um só: a
sobrevivência! Porém, é impossível reunir tanto poder em um mesmo mundo sem que
isso gere consequências inesperadas!
Análise:
Edição #1: Agora sim tudo começa no grande evento que irá
mudar o status do Universo DC como a conhecemos, já que, ao fim dessa saga,
embora a cronologia dos Novos 52 irá continuar, haverá o nascimento de um novo
Universo DC. Encontramos os sobreviventes da Terra 2, logo após o término de
Earth 2 – Fim do Mundo, e são eles que encontram o vilão Telos que passa a
explicar os planos de seu mestre Brainiac sobre a convergência entre vários
mundos e realidades, representados por “cidades”.
Há uma breve menção de Crise Infinita, Zero Hora e
Reino do Amanhã, e um vislumbre de várias versões dos heróis e vilões da DC nas
páginas finais. No fim das contas, não há muito mais informações e fica a
curiosidade para saber o que vem a seguir, além de acompanhar os títulos
derivados, que pretendo ler daqui pra frente.
Edição #2: A batalha pela sobrevivência entre os mundos
começou e os sobreviventes da Terra-2 tentam deter Telos, mas ele acaba
abandonando o planeta onde estavam. A história é quase toda narrada pelo Dick
Grayson da Terra-2, e há até um momento melancólico entre Waynes de terras
diferentes. Algumas questões ainda me deixam em dúvida, como por exemplo, onde
está Brainiac e o que aconteceu com ele, e para onde foi Telos, e o que ele foi
fazer? Houve uma breve batalha onde pude identificar os heróis da Terra-6 (aqueles
que foram criados por Stan Lee), mas infelizmente, me pareceu que eles foram
derrotados e mortos. O foco continua nos heróis da Terra-2, e muitas questões
no ar e continuo gostando da arte do Pagulayan, não compromete em nada o ritmo
da história.
Edição #3: Nessa história, fica bem claro que, para acompanhar
o que está acontecendo nas outras cidades, será necessário ler outras revistas,
pois me parece que o título principal focará somente nos heróis da Terra-2. Telos
deixou bem claro o que acontece quando alguma cidade decide se rebelar e não
entra na luta – ele simplesmente “limpa” a cidade do mapa! Foi o que aconteceu
com Kandor.
Thomas Wayne e Dick Grayson da Terra-2 se sobressaem
um pouco mais nessa edição. Os desenhos de Stephen Segovia são bons, sem
maiores problemas, inclusive em alguns ângulos nos rostos das pessoas, me
lembrou um pouco o Lenil Yu.
Edição #4: Nessa edição pouca coisa acontece de interessante –
Deimos convence os heróis da Terra-2 para ajudá-lo a derrotar Telos e buscam
ajuda dos Mestres do Tempo, mas ele se revela uma pessoa muito má. Fiquei meio
na dúvida sobre suas intenções finais. Para isso eles vão até Skartaris e
podemos rever um personagem clássico da DC em ação – o Guerreiro e sua
companheira Tara. Essa parte da trama é dividida com a interação entre Telos e
Dick Grayson da Terra-2.
Um ponto positivo aconteceu logo no início dessa
edição onde Telos praticamente nos relembra os objetivos dessa saga. Os
desenhos do Segovia continuam bons e dessa vez, não senti as referências ao
Lenil Yu.
O Planeta analisa edição a edição a saga Convergência
2, lançado pela Editora Panini, 124 páginas, lombada quadrada, capa couché,
papel LWC, R$ 15,50.
Sinopse:
O plano do
onipotente Telos para selecionar a cidade mais digna de sobreviver ao
extermínio das realidades não parece estar saindo como ele desejava. Além dos
heróis da Terra 2 (que tentam impedir que os objetivos do poderoso ser eliminem
milhões de vidas), agora ele precisa lidar também com o mago Deimos. Iludindo
os heróis perdidos, o maligno feiticeiro os convenceu a ajudá-lo a invadir o
castelo do Guerreiro – o senhor de Skartaris, outra das cidades trazidas para o
planeta – e adquirir ainda mais poder. Só quem pode evitar a maior das
tragédias agora é o misterioso Telos. Mas quem é Telos?!
Análise:
Edição #5: Uma edição com mais ação e algumas revelações.
Deimos consegue trazer Brainiac, mas o mantém preso, enquanto revela a
verdadeira origem de Telos, como o último sobrevivente de seu planeta, que foi
destruído pelo próprio Brainiac. No final, Deimos diz a todas as cidades
envolvidas nas batalhas a fazerem sua vontade em troca da sobrevivência.
A história é narrada por Dick Grayson da Terra-2, que
parece levá-lo a se tornar um novo Batman, enquanto que houve algumas baixas de
personagens conhecidos do universo da DC. Os desenhos de Kubert continuam no
seu mesmo estilo, o que é legal de se ver. A história deu uma melhorada se
comparada com a anterior.
Edição #6: O jogo mudou. O que antes era cidade contra cidade
sob o comando de Telos, agora acabou virando um ato de adoração à Deimos. Aqueles
que assim o fizerem, poderão viver. Finalmente a saga se mostra ser mais ampla,
saindo um pouco apenas do seu núcleo formado pelos heróis da Terra-2 e
mostrando mais personagens.
Como o objetivo principal da DC foi fazer uma saga
comemorativa com seu multiverso, essa história até que se saiu bem. Alianças
serão formadas nos dois lados e a história parece levar a grandes confrontos. Por
falar em aliança, até nos roteiros e nos desenhos o trabalho foi em conjunto.
Edição #7: Convergência está chegando ao seu fim. Heróis de
vários mundos se enfrentando num planeta que não é o seu. Uma grande e mortal
batalha entre Deimos e Telos. Essa edição é recheada de ação e a saga só
melhorou na reta final. Mesmo assim, notei algumas coisas que me incomodaram.
Por exemplo, a motivação daqueles que ficaram ao lado de Deimos não ficou muito
evidente. Tudo bem que, à princípio, seria uma escolha para sobreviver, mas
isso ficou muito mal explicado e desenvolvido na história. Além disso, o Deimos
não me pareceu bem ser o vilão que essa saga merecia. Onde está Brainiac?
Um ponto que eu gostei foi a forma como mostraram Hal
“Parallax” Jordan em sua grande forma e decisivo para os rumos que a história
irá tomar sem sua edição final. Eu gosto dos desenhos do Lopresti, mas nessa
edição, achei que ele não estava no seu melhor.
Edição #8: A Convegência criada por Brainiac irá acarretar o
fim de todas as realidades. Para impedir que isso aconteça, Superman (pós-Crise
nas Infinitas Terras), Supergirl, Flash (ambos da era pré-Crise), Tempus e
Parallax – num momento de redenção – resolvem se sacrificar para que o
Multiverso possa continuar a existir. O grande problema é que a Crise nas
Infinitas Terras estava impedindo os planos de salvação de Brainiac – que se
arrependeu – e com isso, haveria apenas um universo. Mas, com a intervenção
desse grupo inusitado, voltando ao passado, todas as terras continuariam nos
seus devidos espaços-temporais. Os sobreviventes da Terra-2, com seu planeta
destruído por Darkseid, “herdam” o planeta de Telos que estava servindo para as
batalhas das cidades que estavam sob o domo.
Convergência serviu para deixar bem claro que, TUDO
que foi criado pela DC até agora, está valendo. A DC & Você continuará com
os personagens dos Novos 52, e os heróis da Terra-2 ganham um novo começo, em
uma nova terra. Outros aspectos importantes dessa saga foram anular Crise nas
Infinitas Terras, Zero Hora e Ponto de Ignição. Foi realmente uma jogada
corajosa da DC, pois deixa seu futuro em aberto, e com novas possibilidades.
Alan Scott, Lanterna Verde da Terra-2, consegue um
feito que Hal Jordan tentou sem sucesso, e foi mais uma, dentre tantas
homenagens à rica cronologia da DC. Convergência começou “interessante”, foi
ficando “entediante”, mas terminou de forma fenomenal. Uma grata surpresa, e
uma bela homenagem à tudo que a editora fez durante todas essas décadas. No geral, leitura recomendada.
Por Roger
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