Nos últimos anos a Marvel Comics vem tentando emplacar uma personagem
feminina para ser a sua "Wonder Woman". Nesse caminho acredito que
ela tem ido até além do que a DC Comics usa
sua personagem, trazendo diversas facetas e ambientações para personagens novos
e clássicos. Em Storm #1 provavelmente
a editora encontrou um bom caminho para sua busca.
Na história, Tempestade vai até o
vilarejo de Santo Marco para impedir um Tsunami de devastar o
local. Sua missão é a contragosto do Fera, por ser um país com uma lei
anti-mutante e no qual o exército tem ordens de atirar ao ver qualquer portador
do gene X. No meio disso ainda tem que lidar com a revolta de uma aluna do
Instituto.
Segundo a editora, Ororo partira em uma
missão global: "para colher boa vontade e garantir, de seu próprio jeito,
a existência da raça mutante, Tempestade viaja o globo confrontando mutantes e
humanos, deuses e monstros e tudo o que existe entre um e outro. Ela destronará
tiranos, acalmará tsunamis e lutará para ver seu sonho para o mundo
realizado".
Esse papel de viajante do mundo que enfrenta quem maltrata sua raça me lembra muito a lógica que regeu a Mulher-Maravilha ao longo de sua história - ou que deveria ser seu foco. Claro que em termos de iconicidade e histórico, a X-Man não tem a força que a Princesa Diana tem, mas, se a editora encaixar e acertar a mão com a personagem a partir daqui, não duvido que em alguns anos ela possa representar o que a MM deveria ser nos dias atuais (dentro e fora dos quadrinhos): uma líder forte, sensível, com total controle de seus poderes e atuação política. Pois, encontramos nessa edição uma Tempestade com tudo isso em pouco mais de vinte páginas - de uma forma que Halle Berry nunca conseguiu imprimir a personagem.
Esse papel de viajante do mundo que enfrenta quem maltrata sua raça me lembra muito a lógica que regeu a Mulher-Maravilha ao longo de sua história - ou que deveria ser seu foco. Claro que em termos de iconicidade e histórico, a X-Man não tem a força que a Princesa Diana tem, mas, se a editora encaixar e acertar a mão com a personagem a partir daqui, não duvido que em alguns anos ela possa representar o que a MM deveria ser nos dias atuais (dentro e fora dos quadrinhos): uma líder forte, sensível, com total controle de seus poderes e atuação política. Pois, encontramos nessa edição uma Tempestade com tudo isso em pouco mais de vinte páginas - de uma forma que Halle Berry nunca conseguiu imprimir a personagem.
Aos poucos a Marvel vai criando um plantel
de personagens femininas interessantes. Temos a Capitã Marvel (revitalização de Carol Danvers,
ex-Miss Marvel); uma reforçada na Emma Frost; tentativas de popularização da Viúva Negra e uma bem sucedida em termos de
crítica (não sei dizer de vendas) da nova Miss Marvel.
Fugindo de uma sexualização exacerbada
(claro que aqui e ali temos ainda isso, mas nas personagens em que ela está
dedicada em tal propósito é bem menor), mirando temas como dúvidas, identidade,
auto estima e papel na sociedade, dando destaque midiático (até um painel
denominado Women of Marvel foi criado na última Comic Con), a Marvel vai fazendo representações e identificações para
as suas leitoras bem interessantes de ver.
Storm promete ser uma boa série mensal a ser acompanhada. que balanceia ação, com discussão tanto social quanto pessoal e ainda tem uma Ororo punk (visual que mais curto dela). Vale a pena a conferida.
Storm promete ser uma boa série mensal a ser acompanhada. que balanceia ação, com discussão tanto social quanto pessoal e ainda tem uma Ororo punk (visual que mais curto dela). Vale a pena a conferida.
Por
Marcelo Soares
Fonte:
Uarévaa
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