Resenha Marvel: Vingadores vs X-Men #0

E houve um dia, como nenhum outro, em que a Marvel resolveu seguir a tendência iniciada pela Distinta Concorrência de que poderia, a partir de um evento tão poderoso para ser enfrentado por apenas um herói e sim quase todos, reiniciar sua linha de revistas mensais e conquistar novos leitores. Assim surgiu Vingadores Vs. X-Men.

A edição 0, com as bases para o conflito que está por vir, possui três histórias abordando personagens com papéis e importâncias diferentes no grande evento.

Em “Sanção” revemos Cable, o eterno soldado do futuro na sua jornada para corrigir os erros do presente. Tomando mais da metade da revista, esta história não é obrigatória para a compreensão da minissérie principal (tanto que foi publicada separada nos EUA) e pode ser considerada uma luta preliminar para o evento principal de MMA a seguir. Cable, de frio e calculista, que sempre planejou suas ações para refletirem a longo prazo, é tratado aqui como alucinado de visão limitada dos acontecimentos. E o pouco nível da história é complementado com muita ação desenfreada em desenhos cheios de músculos sem preocupação com proporções e coisas do tipo. Afinal, este é só o aquecimento dos Vingadores para a porradaria que vale. Os X-Men, pelo visto, não precisam disso.

Nas histórias seguintes, duas personagens de maior importância na trama vivem momentos opostos:

A Feiticeira Escarlate volta à cena depois de quase causar o fim dos heróis mais poderosos da Terra (na Queda) e dos mutantes (Dinastia M) para encarar as consequências de seus atos. Na verdade, o foco é reintroduzir a personagem no contexto dos Vingadores para que não apareça como “Deus Ex Machina” em algum momento do grande crossover porque a Marvel tem planos pra ela.

Já Esperança vive a ascensão como personagem, tendo maior desenvolvimento ainda que em uma história curta. Em poucas páginas, o leitor simpatiza com sua determinação e vontade de ser “normal”, entende sua relevância para Ciclope e os mutantes e vibra com suas ações. Claramente a torcida, em um primeiro momento, antes do sinal de início da grande luta, fica toda em cima da Esperança.

Como em toda edição 0 de um grande crossover – especialmente um que coloca duas equipes de heróis no octógono – o objetivo é chamar o leitor para a minissérie em si. É fazê-lo relembrar o que está em jogo e os acontecimentos que levaram ao que está por vir.

Mesmo não sendo brilhante, a revista cumpre esse papel de ligação para o que todo mundo realmente quer ver quando se fala de Vingadores Vs. X-Men: FIGHT!

Por: Leo Spy

Fonte: Quadrim