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Resenha Marvel: X-Men - E de Extinção


Em 2000 o mundo teve contato com a primeira adaptação daquilo que seria o "carro chefe" das grandes produtoras pela próxima década, os filmes de super heróis. Estreava o primeiro filme dos X-Men.

A iniciativa do diretor Brian Singer em retratar o universo mutante de uma forma mais realista, sem aqueles "collants" chamativos serviu de inspiração para que Grant Morrison criasse um dos arcos mais legais na recente cronologia dos mutantes. 


Publicada originalmente na revista New X-Men a nova fase tratava de conceitos como o preconceito sofrido por mutantes e os efeitos que a mídia pode trazer para o senso comum.
A história começa quando Cassandra Nova, uma bióloga planeja liberar uma nova geração de sentinelas para exterminar a espécie mutante. Apesar dos esforços da equipe a vilã consegue enviar as máquinas para Genosha resultando na morte de todos os habitantes da ilha. 
Abalado com os acontecimentos Professor Xavier decide mudar sua postura em relação a sua jornada para que humanos e mutantes convivam em paz assumindo publicamente a identidade como líder dos X-Men.


Mais uma vez, Grant Morrison eleva os quadrinhos para uma reflexão maior sobre problemas sociais. O preconceito sempre foi um tema comum nas revistas mutantes, mas o autor consegue atualizar bem a abordagem utilizando da mídia e até questões como o bullye as consequências para a sociedade em longo prazo. Outra inovação são os O-Men, grupo de humanos que pretendem se tornar mutantes através de experiências genéticas para criação de uma terceira espécie dominante.

Para os leitores mais habituados com os títulos mutantes pode haver certa estranheza no retrato dos personagens. Fica claro que a série serve de transição para personalidade dos heróis tornando-se mais maduros e sombrios, alguns pelas perdas sofridas como acontece com Ema Frost após o massacre em Genosha e outros pela própria mutação que é o caso do Fera que sofre com o seu segundo estágio de mutação, alterando sua aparência para uma espécie de gato gigante. A única coisa que não dá pra engolir muito bem é o Wolverine como amigo e confidente do Ciclope.

Fiel companheiro do autor, Frank Quitely mais uma vez prova a sua reputação. Apesar de não estar tão aprimorado como em Grandes Astros Superman  sua arte continua muito boa (vale lembrar que esse encadernado é do ano 2000 e serve até de referência para quanto o artista evoluiu nos últimos anos).

Dividindo as artes do encadernado também temos o belíssimo traço de Ethan Van Sciver que com um traço mais clássico representa bem as cenas de ação inclusive com um quadro sensacional com o  Wolverine  sendo queimado perdendo toda a carne dos braços ficando apenas no esqueleto de adamantium.

E de Extinção é o primeiro arco do período em que o autor comandou o título dos mutantes. A Panini republicou esse período através de 5 encadernados cujo último está saindo esse mês nas bancas. 

Para os leitores mais antigos dos mutantes as histórias servem como uma ótima leitura e para os novos como porta de entrada para entender os acontecimentos que levaram até as revistas de hoje. 

Fonte: Comic Pow

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2 Comentários

  1. eu tenho a revista com a fase final de E de extinção! achei muito bacana o Charles Xavier ter abandonado a pose de "monge filosófico"e em vez de só ficar observando os mutantes levarem o farelo, tomar uma atitude e meter um monte de balas na Genocida Cassandra Nova por ter matado todos os mutantes de Genosha! Marcos Punch.

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    1. Tenho o encadernado lançado pela Salvat com o primeiro arco.
      A fase do Morrison foi muito elogiada, mas não li ela toda ainda, mas está na fila!

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