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Planeta Resenha Marvel: Quarteto Fantástico 1234

Quarteto Fantástico 1234 foi uma minissérie publicada, originalmente, em 4 partes entre outubro/2001 e janeiro/2002, saindo aqui no Brasil no mês de abril deste ano. Além da história principal encabeçada pela família fantástica, a revista conta com uma história solo do Agente Nick Fury, na época ainda branquelo.

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A história se passa em um período de “vacas magras” com o Quarteto. Enquanto o Coisa tenta reconectar-se com a vizinhança da rua Yancy, ajudando a prender bandidos – do “jeitinho” delicado de ser do Coisa -, Mulher Invisível e Tocha Humana seguem se desentendendo e trocando farpas no apartamento do grupo, enquanto o Sr. Fantástico está isolado, trancado em seu laboratório buscando um refúgio para pensar.

Nesse ínterim depressivo do grupo quem ressurge é o, até então missed in action (desaparecido em combate) Dr. Destino, que – através de um de seus antigos droids semi destruídos e abandonados nos laboratórios no Edifício Baxter, manipula o então transtornado Coisa, transportando-o até a Latvéria e alterando sua realidade, começando assim sua perseguição e destruição do grupo.

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Destino escolhe perseguir e desestabilizar cada um dos integrantes do grupo fazendo com que ajam sozinhos, diante da desmoralização e do medo ou rejeição dos outros integrantes do grupo. Ben Grimm, o Coisa, desapareceu e, como viemos a saber mais adiante na história, está de volta a sua forma humana. O Tocha Humana não poderia estar mais entediado e caótico, voltando a agir irresponsavelmente como o adolescente que sempre fora. A Mulher Invisível está no meio de uma crise no casamento, enquanto é ignorada pelo seu marido gênio e, junto com isso, ainda tem que lidar com a sua mega gigante queda pelo bonitão Namor.

Um a um, Destino desestabiliza e quase vence o grupo, não fosse um lapso de clareza, clarividência e mais seja lá o que for de genialidade sobre-humana do Sr. Fantástico que faz com que, mesmo inconsciente, ele também manipulasse a realidade do grupo, prevendo as ações de Destino e mantendo-se imune e sóbrio para estabilizar o grupo e cuidar o vilão.

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A história é curta e direta, dependendo do ponto da história, direta até demais. Os problemas de cada personagem são apresentados muito bem, são diretos e sucintos, você consegue compreender muito bem pelo que cada um deles está passando, porém, no desenvolver da história – e dos planos e ações do vilão – a coisa começa a ficar confusa, tudo acontece muito rápido e você fica sem entender direito como aconteceu, chegou ali ou como está se resolvendo. Talvez se a revista tivesse sido prolongada em mais páginas o roteiro pudesse ter sido melhor trabalhado.

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O roteiro é de autoria do já consagrado Grant Morrison, enquanto a arte é Jae Lee. Não há muito o que ser dito além do que já se sabe sobre os dois. A arte de Lee é limpa, dentro das limitações dos personagens, uma vez ou outro carecendo de detalhes maiores, deixando a responsabilidade da conclusão da arte para as cores mas isso não deprecia em nada o material. Morrison, por sua vez, apresenta um roteiro introspectivo, trabalhando o lado pessoal e dramático dos seus personagens, algo característico de grande parte de seus trabalhos.

Como já dito, é uma revista rápida e, para grandes conhecedores do grupo ou leitores exigentes de grandes tramas, um pouco rasa porém tem suas qualidades. Para quem não é muito fã ou familiarizado com a Família Fundamental da Marvel é uma boa leitura para familiarizar-se e começar a entender como funciona o mundo e a realidade do grupo.


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