O adolescente Rick Jones tem um
importante papel nas histórias do Hulk. Além de personificar o leitor, é ele
quem serve de guia da criatura pelo mundo dos “homenzinhos”. Jones, de certa
forma, sente a culpa por ter causado o incidente onde se originou o monstro. E
acreditem, por causa disso, já passou por situações bem bizarras!
Talvez, pela culpa, Jones concorde
em manter o segredo do Doutor Banner e até mesmo permanecer em vigília, quando
é necessário prender o monstro em uma casamata de concreto, até que ele retorne
para seu estado mais “humano”.
Até então, tudo bem. Controlar o
monstro descomunal como o Hulk parece até uma vantagem. O problema é que Jones
percebe que não pode dormir, nem sequer dar um cochilinho, pois isso faz com
que o Hulk se livre do controle remoto e aja meio que no piloto automático da
destruição. A dor de cabeça seria ainda maior quando a dupla encontrasse o
Mestre do Picadeiro, um vilão, dono de um circo criminoso, capaz de controlar
mentalmente os seus espectadores.
Esse detalhe
de controle mental nas primeiras histórias do personagem não dura muito, uma
vez que ele havia acabado de ser criado e Stan Lee ainda o desenvolvia para que
a série não fosse apenas uma história de monstros. Mas o coitado do Rick Jones
só se via em mais enrascadas a cada nova mudança que o Hulk sofria.
Quando a ideia de controle mental do
jovem foi abandonada, Bruce Banner conseguiu criar uma máquina que controlava
as transformações. Na transformação, o cientista perdia sua personalidade. Mas,
ao contrário do Hulk selvagem (e até meio burro e ingênuo) de antes, o monstro
era inteligente de uma forma sacana, maliciosa. Com isso, usava o coitado do
jovem quase como capacho, dando-lhe esporros homéricos e o humilhando
verbalmente a todo o momento. Pobre parceiro…
Um detalhe
curioso dessa versão inicial do Hulk, aliás, era justamente sua personalidade.
É bem verdade que, nessas quatro primeiras aventuras, ela muda radicalmente,
mostrando que seus criadores ainda estavam definindo seu perfil. Na primeira
história, Hulk parece meio perdido, mas não indefeso. Na segunda, mostra
inteligência suficiente para não só deter uma invasão alienígena, como dominar
o maquinário dos invasores para ele mesmo dominar a Terra, inclusive planejando
capturar Betty Ross, interesse romântico de Banner e filha do General Ross,
militar que fica obcecado em capturar e/ou destruir o monstro. Na terceira vem
à versão “dominado pela mente de Rick Jones”. E na quarta, controlando a
transformação, é sacana e traiçoeiro.
E é essa versão que predomina em suas histórias iniciais, diferenciando
o monstro da figura do super-herói, não só por seu visual grotesco, mas pela
sua maneira pouco elegante de ser. O pobre Rick Jones que o diga.
Fonte: Impulso HQ
2 Comentários
eu tenho uma revista que tem o Mestre do Picadeiro desenvolvendo um disco de "ilusões" pra aprender mais sobre os poderes do Hulk! o Picadeiro tava trabalhando pro Talbot (sobrinho do cara que era pra ter casado com a Betty Ross) e este estava sendo influenciado mentalmente pelo Onimbus(um cabeçudo verde). Marcos Punch.
ResponderExcluirSe for a que estou pensando, essa é das antigas mesmo! Parabéns!
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