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Thor por Walt Simonson - Parte 15

THE MIGHTY THOR n°s 373 e 374 (Novembro e Dezembro de 1986)
História:
- “The Gift Of Death” – Roteiro: Walt Simonson, Arte: Sal Buscema
- “Fires of the Night” – Roteiro: Walt Simonson, Arte: Sal Buscema
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Publicações brasileiras que apresentaram esta história:
- X-Men 32 e 33 (publicada em Junho e Julho de 1991, pela Editora Abril) com os títulos “A Dádiva da Morte” e “Chamas da Noite”. Parece estranho dizer que era estranho ver o Thor tão interligado com os heróis mutantes, assim como era estranho ver uma história dele publicada na revista mensal dos mutantes. Mas a saga Massacre de Mutantes justificava isso.
- Os Maiores Clássicos dos X-Men n° 3 (publicada em Setembro de 2005, pela Editora Panini) com os títulos “A Dádiva da Morte” e “Chamas da Noite”. Mesmo motivo do acima. Mas aqui é inevitável que se conte um pouco da história dos X-Men sem passar por esse momento dramático. E o Thor estava lá, afinal, até no especial dos mutantes.
- Os Maiores Clássicos do Poderoso Thor n° 4 (publicada em Abril de 2011, pela Editora Panini) com os títulos “A Dádiva da Morte” e “Chamas da Noite”. Bem, aqui a situação meio que se inverte e os mutantes são os convidados especiais no encadernado do próprio deus do trovão.
- X-Men – Massacre de Mutantes (publicada em Julho de 2013, pela Editora Panini) com os títulos “A Dádiva da Morte” e “Chamas da Noite”. E quer saber? Thor ajudou, e muito, os mutantes e isso entrou para a história. E, claro, não poderia ser esquecido no especial feito justamente para contar essa saga. Um brinde ao casal Simonson!
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Enredo e Observações:
Está na hora de Thor voltar para Midgard, como é chamada a Terra pelos asgardianos. Sua intenção inicial é entrar no reino de Surtur e resgatar seu pai. Mas parece haver uma barreira que impede que ele prossiga. Já na Terra, o deus do trovão decide retomar a vida de sua identidade secreta, Sigurd Jarlson.
Visitando um canteiro de obras, Sigurd visita o capataz, Jerry, que outrora o havia empregado. É mais uma visita para ver um velho amigo do que propriamente retomar sua atividade anterior. Sigurd explica que andou sumido, pois seu pai faleceu recentemente (já que Thor viu seu pai sumir no abismo com o demônio Surtur). Sensibilizado com o fato de Sigurd praticamente não ter mais ninguém como parente, Jerry leva Sigurd para sua casa e o apresenta para sua numerosa família. Todos se simpatizam com Sigurd.
Levando as crianças de Jerry para passear no Central Park, Sigurd é abordado por alguém muito inesperado. Um sapo. Na verdade, trata-se de Pocinha, o sapo que ficou amigo do deus do trovão quando esse foi transformado em sapo anteriormente. Pocinha alerta para algo muito estranho que está acontecendo nas galerias de esgoto da cidade. Sigurd diz às crianças que ele, na verdade, é um policial (um policial estranho, que fala com sapos, mas enfim…) e que precisa atender o chamado de uma missão. As crianças, de cara, revelam que não acreditam nessa história e que sabem, sim, que ele é o Poderoso Thor (ao contrário de Jerry, que imaginava que ele era Homem-Aranha). As crianças prometem manter segredo, Thor as teleporta para casa e o herói desce até as galerias para investigar o que está acontecendo.
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O cenário que Thor encontra é desolador e bizarro. Vários mutantes, do grupo conhecido como morlocks, estão mortos, massacrados por um misterioso inimigo. Logo mais ele encontra não só o culpado, mas o grupo culpado por aquela chacina, torturando um homem com asas. Thor investe contra os vilões e livra o homem alado, que lhe parece familiar. Levando-o para um local mais seguro, o deus do trovão encontra um garotinho mutante, conhecido como Arty, que fugiu da fúria dos Carrascos. O trio é atacado por Arrasa Quarteirão, um dos Carrascos que, mesmo quebrando um dos braços de Thor, é facilmente derrotado.

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Mais adiante, encontram outros amigos do homem alado e Thor acaba, finalmente, reconhecendo quem são. Apesar da mudança de uniformes, tratam-se dos X-Men originais, Ciclope, Jean Grey e o Anjo (o homem alado que salvou). Todos enfrentavam o massacre proporcionado pelos Carrascos e agora estão saindo como sobreviventes. Mas há um problema imediato, os corpos das vítimas, que não tem nenhum parente na superfície, precisa ser sepultado, mesmo porque seus cadáveres poderão causar uma epidemia conforme forem apodrecendo. Para cuidar disso, Thor causa uma enorme explosão que crema todos os corpos, em uma versão de funeral viking.
Antes de cremar os corpos, Thor recebe a visita de Hela, a deusa da morte, que avisa que agora o deus do trovão terá seus ossos fracos e quebradiços, agonizando em vida com cada ferimento. Uma vingança da deusa contra seu último enfrentamento com Thor. O deus do trovão se enfurece com Hela, mas agora está ciente do porque o vilão Arrasa Quarteirão conseguiu feri-lo tão facilmente.
Para muitos, parece estranho que Thor tivesse uma interligação com uma saga típica dos mutantes dos X-Men (a chamada Massacre de Mutantes). Afinal, o personagem em nada lembrava um mutante e, verdade seja dita, nem mesmo teve lá tantos encontros com tais personagens (tanto que ele se lembra dos X-Men originais, de um encontro publicado na década de 60).
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Por um lado, nessa época, era vantajoso para qualquer personagem ou título ter alguma interligação com qualquer coisa que lembrasse os X-Men, já que os mutantes estavam em seu auge da popularidade e ajudá-los era uma boa forma de se alavancar as vendas. Por outro lado, existe também um fator, digamos, mais “caseiro” nesse encontro. Um dos principais títulos onde ocorreram as histórias dessa saga era o X-Factor, grupo que surgiu realmente unindo os mutantes dos X-Men originais (da década de 60 e sem interligação com o grupo principal da época) e eram escritos por Louise Simonson, que era (e o sobrenome não nega) a esposa de Walt Simonson. Afinal, megassagas e interligações são coisas que, quando o casal está 100% envolvido, se discute em casa!
Também parece uma verdadeira ode contra o fator “identidades secretas”. A própria identidade de Sigurd Jarlson, criada por Simonson, foi uma ideia que andava bem esquecida até então. Mesmo retomando-a, é notável a passagem onde crianças descobrem, de cara, que aquele loiro de rabo de cavalo era o herói disfarçado. Algo parecido acontece quando Thor reconhece os X-Men originais, mesmo se chamando X-Factor. Afinal, salvo a cor dos uniformes, praticamente eram o mesmo grupo da década de 60.
O final dessa aparição de Thor, especificamente na cena da cremação, é pontuada com um trecho de “A Máscara da Morte Escarlate”, do escritor Edgar Alan Poe, o que dá um tom ainda mais macabro para o momento.

Fonte: Dínamo

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2 Comentários

  1. eu tinha a revista dos clássicos X-men onde tinha o Massacre de mutantes ( e aparecendo o Thor!)e essa história do Anjo perdendo as asas! mas misteriosamente ela sumiu...Marcos Punch.

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    1. Sim, esse Massacre é clássico mesmo. Eu também li nesse encadernado, mas vou acabar lendo de novo como parte dessa maratona que estou fazendo com as revistas dos X-Men.

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