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Planeta Resenha Marvel: OS SUPREMOS - SUPER-HUMANO

O filme Os Vingadores de 2012 fez um sucesso estrondoso, de uma forma que deve ter surpreendido até a Marvel, e hoje ocupa a terceira posição entre as maiores bilheterias de todos os tempos, atrás somente de Avatar (2009) e Titanic (1997). Obviamente, nem todas as pessoas que engrossaram as fileiras dos cinemas eram leitores de quadrinhos. Pelo contrário. Muita gente que nunca leu um quadrinho na vida, ou que há muito tempo não abria um gibi ou graphic novel, ficou babando quando viu Thor, Hulk, Capitão América, Homem de Ferro, Gavião Arqueiro, Nick Fury e, principalmente, Viúva Negra nas telonas. E esse pessoal todo não faz conta de que o filme foi parcialmente baseado numa série em quadrinhos que revolucionou a forma de se apresentar os Vingadores.


Os Supremos é diferente e inovadora porque traz uma versão mais pé no chão e contemporânea dos Vingadores. Mais adulta, mais violenta, mais factível e menos colorida. Os heróis são retratados de forma menos gloriosa e mais cheia de defeitos. Ninguém ali é santo, perfeito e acima de quaisquer suspeitas. Capitão América/Steve Rogers é uma pessoa completamente deslocada de seu tempo e com excesso de autoconfiança. Bruce Banner, ao contrário, está com a autoconfiança em frangalhos, e quando vira o Hulk, torna-se um monstro cruel, sádico e descontrolado. Tony Stark, o Homem de Ferro, é um alcoólatra inveterado e possui um grave problema de saúde. O doutor Hank Pym (Gigante) e sua mulher Janet (Vespa) vivem sérios problemas em seu relacionamento, pois ambos possuem o ego nas alturas. Nick Fury é o militar arrogante e imprevisível de sempre. E Thor... Bem, esse é o menos problemático, mas não para o grupo ou para o governo dos Estados Unidos, já que o personagem é um ativista dos direitos humanos e do meio ambiente, o que o põe em confronto direto com os interesses norte-americanos.

Em Super-Humano”, o general Fury da S.H.I.E.L.D. reúne uma equipe financiada pelo governo norte-americano que inclui os personagens mencionados para trabalharem na recriação do soro do supersoldado, que conferiu as habilidades sobre-humanas ao soldado Steve Rogers durante a Segunda Guerra Mundial. E este foi encontrado pelo pessoal das Indústrias Stark, congelado no Oceano Ártico desde a Segunda Guerra. Os Supremos (um novo nome para os Vingadores) possuem como base uma megalomaníaca e recém-construída instalação da S.H.I.E.L.D. chamada Triskelion, que fica na baía de Manhattan. Frustrado e desesperado por não obter resultados satisfatórios nas pesquisas de recriação do soro do supersoldado, Banner injeta em si mesmo uma mistura de sangue do Capitão América com o soro do Hulk para se sentir mais imponente diante das cobranças e expectativas criadas em cima de suas pesquisas. Isso o transforma no Hulk, que, enfurecido, destrói tudo o que vê pela frente em Nova York quando sai em busca de sua ex-namorada, Betty Ross. E é aí que ocorre a tão aguardada primeira ação dos Supremos.

Os desenhos de Bryan Hitch constroem perfeitamente a aura de anti-heroísmo presente na história, com poucas cores berrantes e um visual mais sério, tanto nos cenários quanto nos uniformes dos personagens. E os roteiros de Mark Millar são um show à parte, com diálogos precisos e por vezes chocantes, levando as histórias dos Vingadores a um novo patamar, muito mais adultas e tão envolventes quanto nas melhores fases do maior supergrupo da Marvel. Mas a história não acaba neste volume, e será continuada na edição 29 da coleção da Salvat, com o arco “Segurança Interna”.

Sem dúvida, um grande clássico dos Vingadores.

Os Supremos - Super-Humano (Coleção Oficial de Graphic Novels Marvel Vol. 28) - 160 páginas - formato 17 x 26 cm - R$ 29,90 - lançado em outubro de 2013 – Editora Salvat do Brasil (coleção prevista para ter 60 volumes).


Fonte: HQ Maniacs

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