O novo queridinho da Marvel,
pioneiro da Marvel Studios, e que conseguiu cair no gosto popular neste novo
século, o Homem de Ferro, finalmente entrou na fase da Nova Marvel no final do
ano passado. Voltando mais uma vez na revista que divide com Thor, Tony Stark
agora é comandando pelo roteirista Kieron Gillen (Fabulosos X-Men e Jornada ao
Mistério) e desenhado por Greg Land (já bem conhecido pelo fãs dos mutantes).
Já o tema pra essa reestreia do herói é um velho fantasma que volta para assombra-lo
– Extremis.
Algumas horas depois, lá estava Tony
Stark infiltrado em uma conferência da IMA para vender um “Extremis Volume 2”.
Virtualmente capaz de reprogramar o corpo humano para se tornar qualquer coisa,
o produto é vendido na intenção de criar o que chamam de “Homo extremis”. Tony
tenta hackear o sistema local, mas é descoberto. Por sorte, portava em sua
pasta uma nova versão de armadura, feita de metal líquido capaz de aderir ao
seu corpo. Derrotar os soldados da IMA modificados não foi difícil. Tony já
tinha lutado contra algo assim antes e agora estava preparado.
O problema é que mesmo desmantelado
aquela operação da IMA, outros quatro kits do Extremis volume 2 foram vendidos
e restava a Tony Stark descobrir onde foram parar e como detê-los. É o começo
do arco “Acredite”.
A primeira pista leva Tony Stark
contra Symkaria, numa ilha chamada Nova Avalon, onde um empresário de codinome
Arthur é viciado em jogos de combate e criou uma espécie de Arena Tecnológica
para lutas contemporâneas. O Extremis seria a recompensa de Tony se ele pudesse
derrotá-los. Todavia, há mais que um mero jogo ali rolando. A criadora das
armaduras do torneio é uma antiga desavença do Homem de Ferro, Meredith, que se
autointitula de Merlin agora. Já a melhor piloto de armadura é uma russa
chamada Alex Draguno, que sempre se preparou para um combate contra o Homem de
Ferro mas nunca teve chance de realizá-lo.
A partida começa e Tony consegue
provar que ainda sabe bem o que faz com sua tecnologia ao derrotar ‘Gaiwan’ e
‘Galahad’. Todavia, no combate contra Alex, codinome Lancelot agora, ele
percebe que suas chances não são das melhores ali. Assim, Tony quebra as regras
do torneio, destrói a amostra do Extremis na frente de todos e dá a missão como
vencida. Meredith e Arthur gritam por terem sido enganados e derrotados. Mas
Alex está feliz. Ela venceu o Homem de Ferro por desistência. No fim, ela foi
uma piloto melhor.
Próxima missão de Tony é na
Colombia. Seus dados o levam para a mansão de um traficante chamado Juan Carlos
Valencia, mas curiosamente o sinal do produto Extremis parece estar inativo.
Algo de ruim deve ter acontecido com a cobaia e Stark vai verificar. Contudo, o
que ele não sabe é que o poderoso traficante também contratou guardas-costas de
peso – Laser Vivo, Inferno e Vibro.
Para entrar no lugar, Tony recorre
desta vez a uma versão de camuflagem da sua armadura, que já não é tão boa com
poderio de arma de fogo. Quando se vê em combate contra seus antigos vilões na
mansão, Tony sabe que está numa enrascada. Todavia, Juan Carlos interrompe a
luta e conta para Stark o que fez com o Extremis. É revelado que a filha do
traficante, Juliana, tinha câncer terminal e experimentos foram realizados para
evitar sua morte. Não tiveram sucesso e ela agora está em coma.
Dispensado os vilões, Tony Stark
decide ajudar Juan a salvar a filha. Ele vai preso. E o segundo problema do
Extremis é solucionado. Faltam mais dois.
Bem, as histórias acabam trazendo um
novo do velho, tema que pode parecer batido e repetitivo, mas foi proposital.
Estava na época do auge da divulgação do terceiro filme do Ferroso nos cinemas.
Mas Gillen realmente tem uma outra maneira de escrever Tony Stark, não diria
nem melhor ou pior que Fraction, que teve uma elogiada passagem por ali. Mas
deu uma revitalizada na coisa que já não estava mais tão atraente. Já os
desenhos de Land não tem o que discutir. Ele vem diminuindo cada vez mais seus
exageros de pose em falsete das personagens baseadas em modelos de revista, mas
ainda me incomoda bastante. Salva-se aqui as cenas só com as armaduras, onde dá
pra aproveitar melhor o realismo de seu traço.
Enfim, a revista tem um bom começo.
É até acima do padrão do que já foi feito com o Homem de Ferro se contar
historicamente. Todavia, comparativamente com o que já vem saindo nos outros
títulos da Nova Marvel, ela fica alguns pontos atrás. Nada de surpreendente e
de explodir a cabeça como nas demais revistas.
Fonte: Universo Marvel 616
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