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Planeta Resenha DC: Batman Rumo à Eternidade Partes 16 e 17

Hoje o Terra Zero retoma suas resenhas dominicais da grande saga “Batman: Eternal“. A série semanal estrelada por todos os heróis do universo do Homem-Morcego continua a ser muito bem recebida nos Estados Unidos por reunir, numa narrativa coesa e instigante, alguns dos melhores profissionais que a DC Entertainment tem à sua disposição atualmente. Para acelerar um pouco as coisas aqui no site, duas edições serão comentadas neste domingo. Ambas caminham lado a lado em termos de história e personagens e juntas explicam um pouco mais sobre os mistérios que permeiam o Asilo Arkham graças ao roteiro de Ray Fawkes. Como se sabe, toda a equipe de autores desta revista se subdivide de semana em semana para contar a parte que lhe foi cabida nesta narrativa. Fawkes tem maior simpatia pelo lado mágico do Universo DC, lidando então com personagens místicos relacionados ao Batman.

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BATMAN ETERNAL #16, #17
Roteiro: SCOTT SNYDER, JAMES TYNION IV, JOHN LAYMAN, RAY FAWKES e TIM SEELEY
Arte: DUSTIN NGUYEN
Arte-Final: DEREK FRIDOLFS
Cores: JOHN JALISZ
Capa: DUSTIN NGUYEN

Batwing e Jim Corrigan descobrem que o mistério do Asilo Arkham envolvem um pacto e um ritual para trazer de volta Deacon Blackfire no corpo de Maxie Zeus, o mais preparado para receber este “Messias”. A referência ao clássico “Batman – O Messias” de Jim Starlin e Bernie Wrightson é clara e cabe muito bem no projeto – se cada autor lida com um aspecto do universo do Batman, nada mais coerente que amarrar esta história envolvendo um suposto profeta ao momento pela qual a cronologia do Morcego passa. A ideia de Fawkes coube muito bem com a proposta de “Eternal” e ainda faz os fãs mais velhos se lembrarem de um grande clássico. Para quem não se lembra, Deacon Blackfire é o antagonista de “Messias”, um trapaceiro líder que alega ter 100 anos de idade. Fawkes referencia acontecimentos diretos desta história para explicar o retorno do personagem e o faz de forma muito eficaz. A fim de aumentar a dramaticidade deste evento místico o autor envolve ainda a Filha do Coringa e outros personagens periféricos para fazerem parte deste evento macabro. Fica claro que é hora de Corrigan convocar o Espectro, mas algo está impedindo que isso aconteça. O amigo de Luke Fox, que é o novo Batwing, tem um pesadelo no qual seu amigo super-herói morre. Ele tenta entrar em contato com o camarada, mas não recebe resposta. Será que Fawkes está indicando uma futura morte do jovem herói?
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E falando em jovens, Tim Drake e Harper Row continuam sua jornada na busca pelo responsável pelo ataque de nano-robôs na periferia de Gotham City. Eles descobrem que Sergei Alexandrov, personagem criado por Scott Snyder, tem conexão direta com isso e querem levá-lo para a cidade para resolver a situação. Ao mesmo tempo, Julia Pennyworth pressiona seu pai Alfred para lhe explicar porque escolheu servir Bruce Wayne, na visão dela um playboy fútil e sem qualquer laço moral com o passado glorioso de sua família. Esta parte da história é curta mas muito importante para entender que a equipe criativa deve explorar o fato de que Julia pode sim descobrir o segredo da Família Wayne e entender que o trabalho de seu pai é mais importante do que ela imagina. Levando-se em conta a inclinação que ela tem para fazer o justo, independente do tamanho do auto-sacrifício, não é de se duvidar que ela seja Lark, a misteriosa nova personagem a integrar o Batverso no futuro.
Fawkes faz um trabalho competente nas duas edições e deixa ganchos bem curiosos para o futuro. A próxima edição é de Tim Seeley novamente e voltará a explorar a busca pela falsa incriminação de James Gordon através das ações de sua filha (a Batgirl), ao lado do Capuz Vermelho e da Batwoman no Rio de Janeiro.
Dustin Nguyen, Derek Fridolfs e John Kalizs continuam em perfeita sintonia artística, mantendo o nível visual altíssimo da série, algo muito difícil de se conseguir quando a periodicidade entre as edições é tão curta e envolve tantos desenhistas diferentes.
Por Morcelli

Fonte: Terra Zero

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