A
partir da edição nove de Action Comics, Morrison começou
a realmente deixar sua imaginação fluir nas mais tresloucadas direções,
portanto nesta edição o escriba faz uma pausa em sua trama para nos contar um
pouco da história de Calvin Ellis, o Superman negro
da Terra-23 e que também é presidente dos EUA quando está em sua identidade
civil.
Voltando
à programação normal, Morrison decide brincar com o elemento humano do Superman
depois de ter contado sua origem. Com isso em mente o escriba levanta o
questionamento: será Clark Kent um mero disfarce? Será que Kal-El pode
simplesmente escolher uma identidade secreta diferente quando bem desejasse, ou
até mesmo abdicar de qualquer identidade para caminhar entre a humanidade sem
ser notado? Em um momento da história, Kal-El sente-se perdido e tenta
abandonar seu alter-ego, mas não será a falta de perspectiva um problema? Para
ajudar Kal-El a resolver seu problema de identidade, Morrison, do alto de sua
genialidade, reintroduz Adam Blake, o Capitão
Cometa! Quando de sua criação em 1951 por Carmine
Infantino e Julius Schwartz, o Capitão
Cometa era um personagem que ganhou poderes devido à passagem de um cometa
sobre a Terra. Estabelecendo que o cometa que lhe deu poderes era na verdade a
nave do Superman caindo no Kansas no momento de seu nascimento, Morrison une a
origem dos dois personagens estabelece o novo status quo de Blake como um vilão, um jovem que nunca
foi amado por ninguém – alguém que nunca conheceu humanidade, só maldade. Ao
enfrentar tal inimigo, Superman entende a importância de sua própria humanidade
e retoma sua vida dupla.
Junto com um dos momentos mais épicos na história do
Superman nos últimos anos, descobrimos mais sobre o grande vilão de todo este
trabalho de Morrison e como o diabinho esteve presente desde o primeiro título
da revista. Aparentemente o vilão é o próprio Coisa Ruim e pelo seus aparentes
níveis de poder e influência, somos induzidos a imaginar… quinta dimensão?
Depois
dessa montanha russa narrativa, há mais uma pausa; dessa vez para a edição zero – decisão do editorial para mostrar um pouco do
passado de cada personagem do Universo DC Novos 52 com o objetivo de elucidar eventuais dúvidas dos
fãs. Com essa missão nas mãos, Morrison conta uma história nova e inusitada
sobre O
Menino que Roubou a Capa do Superman. A interessante história mostra Clark Kent em sua
primeiríssima aventura como super-herói. Claro que a empreitada terminou em
fracasso e enquanto Clark está desacordado derrotado numa lixeira um moleque
aparece e lhe rouba a capa indestrutível. A partir deste momento, nosso
simpático afanador descobrirá que nada pode machucá-lo enquanto estiver coberto
pela capa, pelo símbolo. Protegido pelo escudo, o menino ganha forças para
enfrentar seus medos: desde seu pai abusivo até uma locomotiva em movimento.
Muito
bem, leitores e leitoras, essa foi a segunda parte de nossa análise da fase de
Grant Morrison à frente de Action Comics nos N52. Não deixem de voltar ao site
semana que vem para a terceira parte quando os conceitos e loucuras atingirão
um ápice inacreditável!
Por
Gabriel Fraga
Fonte:
Quadrinhos em Questão
2 Comentários
o Super negro da capa lembra o Cassius Clay!!(vulgo Muhammad Ali!!) as Loucuras já atingiram o ápice Sr.Questão!! Marcos Punch.
ResponderExcluirAté aqui ainda estava bem "fácil" de acompanhar o raciocínio do Morrison...kkk.
Excluir