O primeiro arco da atual Fabulosa X-Force mostrou como Psylocke, Tempestade e Pigmeu perseguiram a vilã extradimensional Espiral, mas foi com o X-Man renegado Bishop que acabaram tendo que lutar - e, em
meio a tudo isso, Fantomex entrou
em confronto com seu "irmão gêmeo maligno" Arma X. O terceiro arco mostrará Betsy e Cluster (a "irmã
gêmea bondosa" de Fantomex) indo ao resgate de seu ex-namorado. Como a
história passa de um ponto a outro? É isso que vemos neste breve segundo arco...
Tudo estava bem até que, um dia, o mutante foi chamado para caçar uma Aparição Alfa (versão mais forte das criaturas) numa floresta. Lá, Bishop enfrentou o Urso Demoníaco (aquele mesmo que aterrorizava a Dani Moonstar, lembram?), mas descobriu que a criatura sobrenatural era só um capacho da verdadeira ameaça: a misteriosa Grande Coruja Branca, rainha das Aparições. Seu poder era tanto que foi facilmente capaz de dominar a mente do antigo X-Man e levá-lo de volta ao passado. Após essas descobertas, e percebendo que algo vinha destruindo a mente de Lucas por dentro, as duas heroínas perceberam que o Urso Demoníaco ainda estava lá, furioso, com uma lança presa em suas costas.
Enquanto as mentes de Psylocke e Tempestade
percorriam a de Bishop, seus corpos eram protegidos por Pigmeu. Ou deveriam
ser, porque o baixinho não se mostrou a pessoa mais confiável para a tarefa:
entediado, concordou em soltar Espiral para os dois se divertirem lutando.
Resultado: não só deixou ela escapar como não percebeu o momento em que Cluster
invadiu o esconderijo e sequestrou Betsy. Ao acordar e dar de cara com sua
captora, Psylocke não ficou nada contente... e ficou ainda mais furiosa quando
Espiral apareceu e a sequestrou das mãos da ladra (sim, sequestro do
sequestro). Com o histórico entre as duas mulheres, claro que tudo ia acabar em
pancadaria.
Mas, enquanto Betsy extravasava sua fúria,
Espiral tentava mostrar que as duas eram mais parecidas do que parecia: se ela
ajudou Mojo a trocar os olhos (e depois o corpo) da britânica, a mulher outrora
chamada Rita Ricochete teve um destino ainda pior nas mãos do vilão, tendo
corpo e mente profundamente alterados para servi-lo como sua escrava e
assassina pessoal. Espiral não sequestrou Psylocke para lutar, mas para se
explicar. Tudo que ela pedia era a confiança para deixá-la partir, tentar
resgatar a menina mutante Ginny (capturada
pela Grande Coruja Branca no arco anterior), que se mostrou a única pessoa
capaz de dar uma chance a ela, e reconstruir sua vida. O ódio de Betsy pela
outrora vilã era intenso... mas ela acabou cedendo.
Depois de voltar ao seu esconderijo, a telepata fez outra viagem no plano mental, dessa vez em sua própria mente, para receber a visita de Wolverine. Enquanto os dois brincavam de pastorear ovelhas (longa história...), o clima da conversa não era nada divertido. Logan estava furioso por toda a confusão pública que o grupo de Betsy fez em Los Angeles ao caçar Espiral, e sua fúria aumentou ainda mais ao saber que ela deixou Espiral fugir. Mas a mesa virou quando ela perguntou por que ele a havia escolhido para essa missão e ele confessou que esperava que Psylocke matasse sua antiga inimiga e assim livrasse o mundo de alguém que pudesse prejudicar a situação dos mutantes: Betsy criticou a hipocrisia de seu amigo e deixou claro que não é por não ter se aliado a Ciclope que ela está disposta a seguir cegamente Wolverine.
Depois de voltar ao seu esconderijo, a telepata fez outra viagem no plano mental, dessa vez em sua própria mente, para receber a visita de Wolverine. Enquanto os dois brincavam de pastorear ovelhas (longa história...), o clima da conversa não era nada divertido. Logan estava furioso por toda a confusão pública que o grupo de Betsy fez em Los Angeles ao caçar Espiral, e sua fúria aumentou ainda mais ao saber que ela deixou Espiral fugir. Mas a mesa virou quando ela perguntou por que ele a havia escolhido para essa missão e ele confessou que esperava que Psylocke matasse sua antiga inimiga e assim livrasse o mundo de alguém que pudesse prejudicar a situação dos mutantes: Betsy criticou a hipocrisia de seu amigo e deixou claro que não é por não ter se aliado a Ciclope que ela está disposta a seguir cegamente Wolverine.
Antes que o embate de ideias partisse pras
agressões, o Urso Demoníaco apareceu, estando agora vivendo na mente de
Psylocke como uma espécie de animal de estimação. Antes de expulsar Logan de
sua mente, Betsy esclareceu que a intervenção da criatura não salvou ela do
confronto, mas sim ele.
Depois de um dia cheio com duas explorações telepáticas, dois sequestros e uma luta no topo de um edifício, era de se esperar que Psylocke fosse querer um pouco de paz e descanso, certo? Errado: para encerrar o dia, ela decidiu dizer para Cluster que mudou de ideia: apesar do evento traumático que aconteceu em Paris (o qual só saberemos no arco seguinte), ela vai ajudar a ladra a resgatar Fantomex.
Esse arco, publicado na edição 005 de X-Men Extra, manteve Sam Humphries no roteiro; desta vez, a arte foi alternada entre Adrian Alphona (no plano psíquico) e Dexter Soy (no plano físico). Falando primeiro da arte, Alphona é o grande destaque, com sua arte leve, meio cartunesca e um tanto abstrata - o tipo de arte que uns amam, outros odeiam (eu me encontro no primeiro grupo, a propósito) -, enquanto a de Soy nem realça, nem compromete a história. Falando na história, se vocês acharam essa resenha confusa, bem, boa parte disso se deve à confusão na linearidade do arco, com presente e passado se intercalando de forma nem sempre clara. Essa marca continuará presente no próximo arco, por sinal. A boa notícia é que as cenas de ação são bacanas, e passagens como a humanização de Espiral e Bishop ou o bate-boca entre Psylocke e Wolverine são bem feitas. No geral, Fabulosa X-Force de Humphries está bem aquém da Fabulosa X-Force de Remender e está longe de ser a melhor série Marvel do ano. Mas quem se arriscar a uma leitura e acompanhar a narrativa incomum pode acabar gostando.
Por Fernando Saker
Depois de um dia cheio com duas explorações telepáticas, dois sequestros e uma luta no topo de um edifício, era de se esperar que Psylocke fosse querer um pouco de paz e descanso, certo? Errado: para encerrar o dia, ela decidiu dizer para Cluster que mudou de ideia: apesar do evento traumático que aconteceu em Paris (o qual só saberemos no arco seguinte), ela vai ajudar a ladra a resgatar Fantomex.
Esse arco, publicado na edição 005 de X-Men Extra, manteve Sam Humphries no roteiro; desta vez, a arte foi alternada entre Adrian Alphona (no plano psíquico) e Dexter Soy (no plano físico). Falando primeiro da arte, Alphona é o grande destaque, com sua arte leve, meio cartunesca e um tanto abstrata - o tipo de arte que uns amam, outros odeiam (eu me encontro no primeiro grupo, a propósito) -, enquanto a de Soy nem realça, nem compromete a história. Falando na história, se vocês acharam essa resenha confusa, bem, boa parte disso se deve à confusão na linearidade do arco, com presente e passado se intercalando de forma nem sempre clara. Essa marca continuará presente no próximo arco, por sinal. A boa notícia é que as cenas de ação são bacanas, e passagens como a humanização de Espiral e Bishop ou o bate-boca entre Psylocke e Wolverine são bem feitas. No geral, Fabulosa X-Force de Humphries está bem aquém da Fabulosa X-Force de Remender e está longe de ser a melhor série Marvel do ano. Mas quem se arriscar a uma leitura e acompanhar a narrativa incomum pode acabar gostando.
Por Fernando Saker
Fonte:
Universo Marvel 616
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