...mas foi convencido a não atirar por Jean. Sim, apesar da inexperiência como telepata, a ruiva havia conseguido virar o jogo contra Xorn e vencê-la, mas ao invadir a mente de sua versão futura, ela viu algo terrível, que finalmente a convenceu de que precisa voltar à sua época. Ela, Scott e Warren enfim concordaram em voltar para a Escola Jean Grey, onde Fera os enviaria de volta ao passado. Durante a viagem de volta, Wolverine cumprimentou Deadpool por seu discurso, sem ouvir Wade murmurar: “Pena que era tudo mentira.”
Mas, vale lembrar, Fera trouxe cinco X-Men do passado. Enquanto três deles voltavam à Escola Jean Grey, os outros dois, Hank e Bobby, haviam sido levados de lá por Magia, que quis mostrar a época de onde os X-Men do futuro vieram. E aqui, na segunda parte da edição, com roteiro de Brian Michael Bendis e arte de Stuart Immonen, vem uma série de surpresas... A primeira: ao contrário do que os X-Men do futuro diziam, o futuro parece bastante positivo, com a Escola Jean Grey toda modernizada e Sentinelas pacíficos protegendo o local. A segunda: outro grupo de heróis vivia no local, e eles se apresentavam como... os X-Men. Mas se esses são os X-Men do futuro, quem são as pessoas que foram para o presente?
A resposta vem em forma de flashbacks: no futuro, os X-Men convenceram Alison Blaire, a Cristal, a se candidatar à presidência dos Estados Unidos. Com sua popularidade, a loira conseguiu unificar humanos e mutantes em torno da paz e se eleger. Mas, durante seu discurso de vitória, a mutante foi assassinada com uma rajada de energia, seguida pela aparição de uma série de criaturas monstruosas (...não lembram os poderes de uma certa mutante que apareceu logo no começo desta saga? Coincidência... ou não?). A partir daí, parte dos X-Men parece ter desistido de buscar a convivência pacífica com os humanos, culpando-os pela morte de Cristal (supondo que essa seja realmente Cristal, já que no presente, vale lembrar, Mística vem se passando por Alison na SHIELD) e cortado laços com a equipe. São esses os mutantes que foram para o presente.
A terceira parte da edição, com roteiro de Brian Wood e arte de David López, mostra que, enquanto tudo isso acontecia, Wolverine revelava a Rachel em conversa telepática que desconfiava dos X-Men do futuro (o que é estranho, já que até então ele vinha acreditando em tudo que eles diziam). Mesmo se não desconfiasse, a máscara dos visitantes caiu logo que descobriram que Hank e Bobby haviam ido ao futuro: sem perder tempo, eles realizam um ataque certeiro. Enquanto Xorn nocauteava psiquicamente Fera, Tempestade, Kitty, Jean, Scott e Warren de surpresa, a “Kitty do futuro” revelava-se, na verdade, um jovem com o transmorfismo de Mística e as garras de Logan, perfurando-o e chamando-o de “papai”.
O grupo de Ciclope e os verdadeiros X-Men do futuro chegaram tarde demais, mas o Sentinela X conseguiu localizar Jubileu, Shogo e Bling e, pra surpresa da jovem vampira, o homem por trás da armadura é ninguém menos que o Shogo do futuro, crescido e saudável. Um encontro emocionante e feliz, mas a felicidade foi interrompida por Psylocke, ferida, alertando para a situação desesperadora à frente de todos.
Assim, uma série de revelações bombásticas foi despejada sobre os leitores. Afinal, o que os “ex-X-Men” do futuro querem com os X-Men do passado? Serão eles as verdadeiras ameaças? E, se forem, como detê-los? Essas respostas devem ser dadas em breve, na última parte da saga. Assim esperamos.


