Na edição passada Batman teve que se
virar para encarar sozinho toda a Liga da Justiça, que foi dominada por um de
seus inimigos mais mortais e enlouqueceu. No entanto, o Cavaleiro das Trevas
ainda não tinha enfrentado seu aliado mais mortal: Superman.
A arte de Greg Capullo continua
infalível neste título. Nesta edição o ilustrador transita com extrema
facilidade entre os espaços abertos e claros de Gotham durante o dia nas
belíssimas cenas de luta entre Batman e Superman e as ruínas escuras e
claustrofóbicas do Asilo Arkham. Com fotografia e quadros destruidores o
desenhista nos mostra um confronto memorável entre os dois símbolos máximos da
DC Comics e até presta homenagem a Frank Miller e seu Cavaleiro das Trevas em
uma das cenas. Nas passagens no Arkham o desenhista nos presenteia com uma
sequência tensa que culmina em uma full-page lindíssima do vilão desta saga. A
história bônus é desenhada por Graham Nolan, que tem um traço bem diferente de
Capullo, mas nem por isso deixa a peteca cair. Visualmente Batman permanece como um dos títulos
mais bonitos de super-heróis da DC Comics.
Endgame começou sem freio na edição passada
e dedica parte desta edição mostrando a grandeza de um conflito entre Superman
e Batman. Logicamente o resultado do conflito não vai agradar a todos os
leitores, mas a solução encontrada pelo roteirista presta uma homenagem sincera
a encarnações mais “James Bond” de Batman, que tinham um arsenal de
“bat-dispositivos” a sua disposição. A apresentação do antagonista principal é
muito bem feita e impactante (apesar de já terem rolado spoilers pra tudo
quanto é lado na internet) e a história tem um ritmo bem mais legal que as
últimas sagas do Morcegão. A arte continua um desbunde em se tratando de
super-heróis e a leitura diverte muito mais do que a saga Ano Zero até o momento.
Por Igor Tavares
Fonte: Proibido Ler
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