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Planeta Resenha Marvel: Homem-Aranha 2099

Homem-Aranha 2099 – Início, foi uma novidade que agradou a muitos. A editora Panini lançou em abril de 2013 um encadernado que reúne as 10 primeiras histórias do personagem, publicadas originalmente no título Spider-Man 2099 na década de 1990.

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No começo da década de 1990 a editora Marvel Comics tentou lançar uma nova versão de alguns de seus personagens mais populares imaginando um mundo futurista, cheio de elementos tecnológicos de ficção científica e uma sociedade com um forte legado cultural dos super-heróis. O selo “2099” chegou às bancas com quatro títulos apresentando versões do Justiceiro, Dr. Destino e Homem-Aranha. O quarto título era um personagem inédito chamado Ravage.

Peter David no roteiro e Rick Leonardi na arte foram os responsáveis por dar início a essa empreitada e no final de 1992 era lançado o primeiro número de Homem-Aranha 2099. o sucesso foi imediato e logo, o Universo 2099 foi crescendo.

Mais tarde, diversos outros personagens entraram para o universo 2099: X-Men, Hulk e Motoqueiro Fantasma foram alguns deles. Essas versões futuristas foram publicadas nos Estados Unidos entre 1993 e 1996. No Brasil, a série fez bastante sucesso. Dentre todos os títulos, o mais popular era o Homem-Aranha, mas ele não tinha muito a ver com o Peter Parker que conhecemos hoje.

O Ano é 2099, quase um século depois que algum evento misterioso extinguiu toda atividade super humana no Mundo, a sociedade é controlada pelas grandes corporações que ditam as regras. Nesse cenário distópico somos apresentados à Miguel O’Hara, um geneticista que alterou seu DNA para se livrar do vício por uma droga sintética induzido pelo seu chefe na grandiosa empresa Alchemax, Tyler Stone.


Sabotado por um rival, Miguel acabou ganhando superpoderes e foi adotado pelos seguidores do deus Thor como o Homem-Aranha, precursor do retorno do Deus do Trovão. Miguel tem basicamente os mesmos poderes do Homem-Aranha do presente, além de alguns extras, como visão noturna, presas que soltam veneno, podendo ainda lançar suas próprias teias.


Vale mencionar também o dinamismo dessas primeiras histórias: o Aranha raramente está parado. Seja lutando da cidade ou no submundo, o herói começa a confrontar alguns vilões como o ciborgue Risco ou aquele que viria a ser o inimigo mais presente das histórias: o Abutre.


As histórias não dão tempo pra respirar mostrando que os autores também estavam empolgados em explorar as possibilidades que um universo totalmente novo lhes daria. Vale comentar também que o Peter David é também o autor da Morte da Jean DeWolff, ou seja, dispensa apresentações.


Peter David cria uma sequência de histórias alucinante, onde o pobre Miguel O’Hara vai saindo de uma encrenca para entrar em outra pior ainda num ritmo frenético. Mas o melhor são os diálogos, é difícil não rir ao ler as histórias. Além disso, o roteirista também não leva a sério a história como um todo: sempre há espaço para uma piada, para uma brincadeira ou uma situação engraçada.


A edição da Panini segue o exemplo dos últimos especiais aracnídeos lançados pela editora, ou seja, nenhuma novidade, mas também não é um absurdo. Vale a pena para quem é fã do personagem que nunca deixou de marcar presença no Universo da Marvel, mesmo depois que o selo foi extinto. No final a história é boa. Despretensiosa e pura diversão.

Homem-Aranha 2099 
Editora Panini
Roteiro: Peter David
Arte: Rick Leonardi
Miolo LWC
Capa: Cartão
252 páginas
R$ 22,90

Por Diego Lima
Fonte: Impulso HQ

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