É verdade que o Cavaleiro da Lua
nunca foi uma unanimidade, tanto é que, a série que mais durou até hoje foi no começo dos anos 90 (durou até a edição Nº 60 mais ou menos). Mas eu acho um
personagem bem interessante, principalmente por causa da sua personalidade
múltipla (a série do Bendis trabalhou bem isso em 2011), além de ser um avatar
do deus egípcio Konshu. Acho bacana o visual do Cavaleiro da Lua dando um ar de
mistério no herói. Recentemente, o herói ganhou mais uma chance com uma série
própria que começou com o Warren Ellis, e está muito bom, mesmo com a troca de
roteirista (atualmente é o Brian Wood). Mas isso é uma história para outra
oportunidade.
9. ROM, o Cavaleiro do Espaço
Quando comprei a revista Incrível
Hulk Nº 1 pela Editora Abril, tinha uma história do ROM. Ali, mostrava que ele
era de um planeta que foi conquistado pelos Espectros, por isso, ele decidiu vir
à Terra para combater os Espectros e evitar que nosso planeta também fosse
dominado pelos aliens malignos. O problema era que os Espectros era transmorfos
e podiam assumir a forma de qualquer ser humano. Somente ROM podia detectar os
Espectros com sua arma analisadora de Espectros e enviá-los ao limbo. Porém, para
quem estava vendo, dava a impressão de que o ROM estava desintegrando as
pessoas.
Essa premissa me chamou muito a
atenção, até porque eu era bem moleque na época, e ficava curioso pra saber
como o ROM iria conseguir acabar com a ameaça dos Espectros, se a população
ficava conta ele.
Estava relendo essas histórias
recentemente, e dá pra perceber como o roteiro é inocente demais para os
parâmetros de hoje, mas mesmo assim, dá pra se divertir.
8. Capitão América
Nunca fui fã do Capitão América, mas
depois que comecei a ler a fase do Ed Brubaker, simplesmente não consegui mais
parar. Ele conseguiu ressuscitar o Bucky Barnes de uma maneira que não ficou
forçada, e ainda inseriu um personagem bastante interessante – Soldado
Invernal. A aceitação foi tão boa, que o Bucky substituiu o Steve Rogers depois
da Guerra Civil, e manteve o bom nível. E depois, trouxe de volta o Capitão
Steve Rogers, também sem ser forçado.
Ed Brubaker soube como trabalhar com
personagens clássicos do Capitão, como o Caveira Vermelha, Arnin Zola, Sharon
Carter, Union Jack, Falcão, Pecado (filha do Caveira), Os Invasores, entre
outros, num clima de espionagem e bem mais urbano, que é bem o seu estilo
mesmo. Dá pra imaginar personagens assim num mundo bem mais real e urbano? Pois
é, mas o Brubaker consegue fazer isso de um modo que você quer saber o que vai
acontecer depois.
Um momento marcante foi, sem dúvida,
na edição Nº 25 que traz a “morte” do Steve Rogers. Mas eu também recomendo a
leitura da edição comemorativa Nº 600 que traz várias histórias, mas uma em
especial chamada “The persistence of memorabilia” – não sei como foi traduzido
pela Panini – é fantástica (roteiro do Mark Waid, diga-se de passagem).
7. Adam Warlock
Depois de um começo meio confuso, o
mestre Jim Starlin assumiu o personagem nos anos 70 e trouxe uma personalidade
bem definida como um herói conturbado em busca de justiça. Ele acaba se
confrontando com sua versão maligna do futuro e no final, acaba enfrentando o
Thanos. Essa história foi publicada em Grandes Heróis Marvel Nº 1 pela Editora Abril e tem a participação de
vários heróis, um clássico imperdível.
Sempre gostei dos desenhos do
Starlin, e os roteiros, mesmo sendo escrito nos anos 70, se fosse hoje em dia,
não deve nada pra ninguém.
Foi nas histórias do Warlock que eu
conheci a Gamora (dos Guardiões da Galáxia).
6. X-Factor
Estou falando do X-Factor do Peter
David de 2006. Uma agência de mutantes que procura ajudar aqueles que foram
afetados pela saga Dinastia M (aquela que a Feiticeira Escarlate diz: “Chega de
mutantes!”). A formação do grupo é bem inusitada (Madrox, Guido, Lupina, Monet,
Layla Miller, Rictor, Syrin).
O Rictor é um dos ex-mutantes que
teve seus poderes eliminados na Dinastia M, a Layla Miller é uma menina que
aparece do nada e diz que sabe das coisas (é uma das personagens mais
divertidas), Madrox, o Homem-Múltiplo é um dos mais interessantes e o Peter David
desenvolve muito bem esse personagem com suas várias cópias. Outro ponto forte
é a maneira como a Monet e a Syrin (filha do Banshee) se interagem.
A edição Nº 13 é uma das melhores –
depois de passar pela Guerra Civil, cada um dos membros da X-Factor vai para o
divã fazer uma consulta com o Dr. Samsom (aquele do universo do Hulk), e eles
acabam revelando o que pensam sobre os outros, é muito divertido.
5. Tropa Alfa
John Byrne criou esse grupo,
mostrando a origem de cada um e desenvolvendo cada personagem. Isso foi
importante para me manter interessado nas histórias da Tropa Alfa, pois se
tratava de heróis novos que não eram conhecidos – além dos desenhos de Byrne
que sempre foram bons.
O ponto alto foi na revista Grandes
Heróis Marvel Nº 15 onde mostra o desfecho da trama que começou desde a primeira
história da Tropa, onde morre um dos personagens mais importantes de uma forma
bem dramática.
4. X-Men
Conheci os X-Men por causa das
histórias que eram publicadas em Superaventuras Marvel, na fase do Chris
Claremont e John Byrne. Essa fase era muito boa, e mostrava mutantes de vários
países. As histórias tinham várias tramas que eram desenvolvidas aos poucos,
por isso, não dava para perder nenhuma história, pois todas eram importantes. É
claro que a Saga da Fênix foi o ponto alto dos X-Men nessa época, mas me lembro
também de ficar bem impressionado quando li Dias de Um Futuro Esquecido que saiu
em Superaventuras Marvel Nº 45.
Depois disso, a coisa “desandou” e
só voltei a gostar de X-Men com essa fase do Bendis como Novíssimos X-Men, onde
ele coloca sua “marca registrada” que são os bons diálogos com um toque de
humor.
3. Ultimate Homem-Aranha
Tudo que foi feito de bom e de ruim
com o Homem-Aranha em quase 40 anos, o Bendis conseguiu pegar tudo e
transformar em boas histórias. Para mim, o Homem-Aranha que eu conto é o
Ultimate, ainda mais com tanta coisa absurda que fizeram com o aracnídeo do Universo 616. A origem foi tão bem trabalhada que o Tio Ben só vai morrer lá pela
edição 4 e 5! Dá para acompanhar bem como seria um rapaz comum que, de repente,
tem sua vida transformada por causa de uma picada de aranha radioativa, tendo
as alegrias e os problemas relacionados à sua idade. Achei bacana a forma como
grandes vilões como o Duende Verde, Octopus, Kraven, Venom, foram apresentados
– de uma forma bem mais “aceitável”. O arco de histórias chamado “Hollywood”
mostra o Sam Raimi e o Avi Arad produzindo um filme do Homem-Aranha e como o
“verdadeiro” Homem-Aranha/Peter Parker e os outros personagens coadjuvantes
lidariam com uma situação dessas – muito inteligente.
E a saga clímax “A Morte do Homem-Aranha”
é o ponto alto de tudo que foi construído com o personagem. É uma saga bem
emocionante.
Acho que o Bendis gosta tanto dessa
versão que, até hoje, com mais de 14 anos, ele ainda escreve as histórias do
Ultimate Homem-Aranha Miles Morales.
2. Novos Vingadores
Nunca gostei muito dos Vingadores, e
acho que muitos também não estavam gostando, tanto é que a revista foi
cancelada em 2004.
Com o lançamento de Novos Vingadores
do Brian M. Bendis, comecei a me interessar, pois sempre gostei da maneira como
o Bendis faz bom uso dos diálogos. No começo, estranhei um pouco a presença do
Wolverine e do Homem-Aranha, mas a qualidade das histórias eram muito boas.
Gosto de histórias com um “toque” de
humor para divertir e os Novos Vingadores traz muito disso, principalmente nos
diálogos. Tem uma cena em que os heróis estão reunidos na Torre Stark, e a
Jéssica Jones (esposa do Luke Cage) fica sabendo que o Peter Parker é o Homem-Aranha,
e que ela era apaixonada pelo Peter na época da escola. O Luke Cage fica meio
desconfiado com essa conversa toda e é bem hilário.
1. Demolidor
A primeira HQ que eu ganhei do meu
pai quando estava internado no hospital – eu tinha uns sete anos de idade – foi
o Demolidor que era publicado pela Editora Bloch.
Anos depois, quando eu já era um
colecionador, me lembro de ter comprado na banca o Superaventuras Marvel (Ed.
Abril) Nº1 que trazia na capa o Demolidor, Conan e Luke Cage. Essa edição
começava a mostrar a trajetória do Demolidor nas mãos do Frank Miller (primeiro
apenas como desenhista e depois assumindo os roteiros também).
Fiquei muito impressionado com os
desenhos e a qualidade das histórias que eram bem mais elaboradas que as outras
publicadas na mesma época. Duas cenas que me marcaram muito foram: (1) quando a
Elektra lança sua adaga e acerta o Ben Urich depois de lutar contra o Demolidor
(Demolidor Nº179) e (2) quando o Mercenário acerta ela com sua própria adaga,
foi a revista em que a Elektra morre (Demolidor Nº181).
Depois disso, teve A Queda de
Murdock, Demônio da Guarda, a fase do Bendis, a fase do Ed Brubaker, a fase do
Waid, ou seja, só coisa boa. Não tem como o Demolidor não ser meu Top 1!
É claro que, como toda lista de
favoritos, essa lista também pode mudar, e nem tenho muita certeza se a ordem
com minhas preferências é essa mesmo, mas a única certeza é o Demolidor estar
em 1º lugar. Os outros estão mais ou menos no mesmo nível.
Numa outra oportunidade, pretendo
falar um pouco sobre o que estou gostando da Marvel NOW e também meu Top 10 da
DC.
Por Roger
2 Comentários
Ae!Muito bom!
ResponderExcluirLegal ver sua opinião e no final:
"por Roger"
Foi uma boa sacada!Obrigado por ouvir minha sugestão e aguardo o top da Dc!
Ps:O Rom ainda existe?Eu gostava bastante dele.
Ps2:Parabéns pelo top,ficou bem legal.
ANT, seu incentivo foi muito importante para a criação dessa nova sessão do blog. Sempre que houver um "Opinião do Planeta", pode ter certeza de que será uma postagem minha mesmo. Tentarei não demorar muito entre uma postagem e outra, mas não prometo.
ExcluirO ROM não existe mais no universo Marvel, até porque era mais uma "jogada de marketing" para vender brinquedo, e parece que a licença não está mais com a Marvel, mas alguns personagens do universo do ROM ainda existem, como os Cavaleiros de Gálador, Espectros, etc.
O Top 10 da DC vem aí!
Valeu pela força!!