Após a explosiva conclusão da saga
“A Batalha do Átomo”, o premiado Brian Michael Bendis resolveu escrever
pequenas histórias com foco em um ou poucos personagens da equipe
revolucionária de Ciclope, reduzindo o ritmo frenético das aventuras do grupo
mutante. É o que vemos na revista X-Men, números 13 a 15.
Já em Uncanny X-Men 15 (publicada em
X-Men nº 14), temos a grande prova de que os X-Men (a despeito de todas as
evidências) ainda são parte do Universo Marvel (mas não tanto). Após voltar do
seu treinamento com o Dr. Estranho do passado, Illyana é praticamente forçada
pelas alunas (as gêmeas Cuckos, Jean Grey e Eva) a realizar uma "noite das
garotas e das compras" Obviamente, Emma topa e ainda arrastam Kitty Pryde
para a farra. O local escolhido é a badalada Londres. Após as compras e uma
breve discussão entre Celeste e Jean, um tumulto ocorre na cidade, que atrai a
atenção das X-Women. Ao investigarem, elas testemunham o nascimento de um novo
inumano, efeito direto da explosão das bombas terrígenes. (para mais detalhes,
ver a saga Infinito). Apesar de novo, o inumano consegue derrubar as X-Women,
mas o uso de seus poderes lhe exaure completamente, permitindo a ação da IMA para
raptá-lo, já que está interessada no surgimento dos novos inumanos. Já as
mutantes são descartadas por completo pela organização (seria uma dica de
Bendis do que está por vir?). Ao recuperarem a consciência, as mutantes
percebem que o mundo está ainda mais complicado, com o surgimento de novos
seres poderoso. Aqui, os desenhos ficaram ao cabo de Kris Anka.
Uncanny X-Men 16 (também publicada
em X-Men nº 14) tem como foco o antigo vilão dos X-Men e atual aliado Magneto.
Em mais um contato com agente Cristal (que na verdade é Mística), Magneto
recebe a dica de que Madripoor está sendo um lugar que tem recebido muitos
mutantes. Erik resolve ir até a famosa ilha e acaba descobrindo que Mística é
responsável por cuidar dos negócios da ilha, além de lhe revelar que é a agente
Cristal infiltrada. Magneto recebe o convite para se juntar à nova Irmandade de
Mutantes, mas quando descobre que a operação é financiada pelo tráfico de MGH,
Magnus coloca tudo abaixo, dando uma surra histórica em Mística, Blob, Dentes de
Sabre e no novo Samurai de Prata (detalhe que ainda está sem os poderes
restaurados). Aqui, como é de praxe, a arte fica por conta de Chris
Bachalo.
Em Uncanny X-Men 17 (publicada em
X-Men nº 15) o foco são os novatos, que são largados em um ambiente hostil, em
mais um treinamento maluco de Ciclope. Mas David, o Ligação Direta, em total
afronta às ordens do Ciclope, usa um celular para descobrir onde estão. Os
novatos descobrem, mas os Vingadores e a SHIELD também. Resgatados no último
segundo, David é expulso da equipe por sua insubordinação. Novamente, os
pincéis ficam a cargo de Chris Bachalo.
Por fim, Uncanny X-men 18 (publicada
em X-men nº 15) é focada no líder Ciclope. Com a soberba arte de Marco Rudy, a
história se inicia com a chegada da equipe a sua base, mas não encontram Kitty
Pryde e sua equipe. Ao vasculhar a base e encontrar indícios de uma invasão
Shiar à base, a mente de Ciclope passa por uma série de lembranças recentes
envolvendo a Kitty, Jean e a sua versão mais jovem. Sem meios para resgatar os
X-Men do passado, só resta à equipe mutante torcer pelo sucesso de seus
companheiros.
Bendis realmente puxou o freio de
mão. O conjunto de histórias aqui apresentadas é bem inferior aos primeiros
arcos. Fora a sensação de que as histórias são apenas pura enrolação. A
história de Uncanny X-Men15 poderia ter sido melhor elaborada, até para
explorar o surgimento desses novos inumanos e a reação do X-Men à situação. Os
pontos positivos, em geral, se referem aos desenhos, principalmente de Marco
Rudy. Ficou uma edição primorosa a nº 18 de X-Men.
Por qual motivo Jean Grey e os
Fundadores foram raptados pelos Shiar? É o que veremos em "O Julgamento de
Jean Grey", com a participação da mais badalada equipe do momento: Os
Guardiões da Galáxia.
Por Rafael Felga
Fonte: Universo Marvel 616
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