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Planeta Resenha Marvel: Wolverine e os X-Men: O fim de uma fase

No final da saga Batalha do Átomo descobrimos que a SHIELD mantinha, em segredo, diversos Sentinelas. Seja por precaução ou pelo motivo que for, descobrir isso não pegou nada bem na comunidade mutante.


Com a relação entre os mutantes e a SHIELD tumultuada, Maria Hill e Cristal (AKA Mística disfarçada) resolveram ir conversar com Wolverine e o corpo docente do Instituto Jean Grey. Hill foi bastante direta, deixou claro suas intenções, falou que não tem nada contra os mutantes, mas que por diversos motivos, eles devem ser observados de perto e que os Sentinelas são apenas uma precaução. Ela também deixou claro que não foi a organização que soltou eles durante a Batalha do Átomo (sabemos que isso foi culpa da Jean Grey do futuro).

Em paralelo temos a chegada de dois novos estudantes na escola. Um jovem que aparenta ter três corpos em 1 e sua irmã, que possui um rosto de lula. Eles são recebidos por Nim, que lhes apresenta a escola.

Nessa parte da revista Jason Aaron brilha com todo o seu talento. Em poucas páginas apresenta todo o background do Instituto pós-Vingadores VS X-Men. Temos dezenas de novos mutantes estudando na escola. E os relacionamentos dos antigos estudantes evoluíram. Ocular é o responsável pelo jornalzinho informativo,  Lince, Idie e Garota Tubarão estão no time de futebol. Kid Gladiador continua tentando convencer a todos que ele é o melhor em tudo. Enfim, o desenvolvimento dos jovens segue a todo vapor.

Enquanto isso Wolverine decide investigar por conta própria os Sentinelas da SHIELD. Porém o que ele não poderia prever é que outro mutante, diretor de outro instituto mutante, também teria a mesma ideia: Scott Summers. Os dois desafetos precisaram colocar todas as rusgas de lado para se ajudarem a enfrentar uma legião de Sentinelas. Ambos estão alquebrados. Logan perdeu seu fator de cura, enquanto Ciclope perdeu o pouco controle que tinha dos seus poderes. O resultado final é um autêntico desabafo, onde os dois inimigos reconheceram os valores um do outro e deixaram de lado qualquer picuinha que possam ter devido a Jean Grey. Por alguns minutos o cisma mutante acabou.

E nos Instituto Jean Grey descobrimos que os novos alunos irmãos na verdade são espiões que trabalham para a Cristal. A função deles é descobrir podres do Instituto para poderem fechar a escola. Já que era isso que eles queriam, foi isso que eles descobriram. Os clássicos estudantes levam a dupla para um passeio por todos os locais mais insanos da instituição. Trijoey e Lula, como foram "batizados", foram pouco a pouco perdendo os seus poderes, oriundos do hormônio de crescimento mutante. O Joey até havia gostado da escola, mas junto da sua irmã teve a sua mente manipulada e esqueceu tudo o que lá viveu.

Mas essas não foram as únicas despedidas. Groxo, por ter se aliado ao Clube do Inferno, foi demitido. Descobrimos ainda que a sua ex-namorada, a Escalpo, desenvolveu uma mutação secundária e agora cada camada de pele que ela produz, representa uma emoção. Isso explica suas mudanças de comportamento nos últimos meses. Ela se despediu do seu ex-amor e falou que mesmo não lembrando do que viveu com ele nos últimos meses, estava disposta a descobrir porque uma vez o amou. Mortimer jogou essa oportunidade fora quando fugiu com o jovem Frankstein do Clube do Inferno. E Paige, com sua mutação secundária, se tornou a orientadora pedagógica do Instituto.

Já a última edição da revista mostrou a formatura de alguns estudantes. Destaque para Quentin Quire, que chegou a ser apadrinhado pelo Capitão América, mesmo ele insistindo que tem tudo para ser um vilão. O roteirista aproveitou esse desfecho para resgatar o futuro que tem apresentado ao longo do seu run. Descobrimos que os estudantes todos se formaram e foram viver as suas vidas. A Fundação Futuro e outras supers-escolas estão cada vez maiores. Mas o que poderia ser o fim do Instituto Jean Grey muda de figura quanto o velho Quentin Quire surge com uma centena de novos mutantes, para o delírio do já idoso professor Logan.

Esse é o desfecho do grandioso run de Jason Aaron em Wolverine e os X-Men. Foram 43 edições muito elogiadas e que souberam resgatar os jovens mutantes. A HQ nasceu para mostrar o lado de Wolverine no cisma, mas cresceu e se tornou muito mais do que isso.

A última edição foi uma celebração de toda essa fase, contando com arte de Nick Bradshaw, Chris Bachallo, Pepe Larraz, Ramon Perez, Steve Sanders, Shawn Crystal, Nuno Alves e Tim Townsend, quase todos ilustraram momentos chave dessas 43 edições da HQ.

Chega ao final o que foi, para mim, um dos melhores runs dos mutantes. Jason Aaron certamente deixará saudades. E você leitor, que achou dessa fase?

Esse review abraçou as edições que foram publicadas originalmente em Wolverine and the X-Men 38 a 42 que saíram aqui no Brasil em Wolverine 12 a 14.

Por Kinhu Heck

Fonte: Universo Marvel 616

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