Zero Hora foi uma minissérie retroativa em cinco edições
escrita e desenhada por Dan Jurgens, e que serviu principalmente para consertar
algumas inconsistências que havia na cronologia do Universo DC em decorrência
de Crise nas Infinitas Terras.
Com
essas informações anteriores, começa a saga Zero Hora, onde Tempus e os Homens
Lineares que observam anomalias temporais, notam que vários segmentos de tempo
e do espaço estão se desfazendo. Tempus resolve investigar e acaba descobrindo
que Extemporâneo está de volta e causando toda essa anomalia. Ao tentar buscar
ajuda, Tempus acaba testemunhando os sacrifícios de Wally West e uma versão em
início de carreira de Hal Jordan como Lanterna Verde. Mesmo assim, Tempus
consegue a ajuda de todos os heróis da Terra, inclusive de alguns heróis que
misteriosamente acaba aparecendo no universo principal devido às perturbações
cronológicas, como uma versão alternativa da Batgirl e o Centurião Alfa.
A
SJA enfrenta Tempus e são facilmente derrotados, inclusive com seus membros
voltando à suas condições físicas de acordo com suas idades avançadas, com
exceção de Alan Scott que ainda se mantém jovem. Descobre-se que o Extemporâneo
está mais poderoso do que antes pois agora ele possui os poderes combinados de
Rapina, Columba, Monarca e do próprio Tempus. Enquanto várias linhas temporais
começam a se mesclar fazendo com que o universo entre em colapso, Superman,
Mulher-Maravilha, Capitão Átomo e Metron conseguem corrigir a falha e deter a
Entropia.
Quando
a crise parecia ter acabado, surge o verdadeiro vilão por trás de tudo – Hal
Jordan Parallax. Em sua obsessão em trazer Coast City de volta, Hal decide
destruir toda a existência e recomeçar tudo. A Legião dos Super-Heróis no
futuro foram suas primeiras vítimas. Jordan está usando energia cronal para
recriar novos mundos, mas Tempus consegue salvar alguns heróis poucos segundos
antes da destruição da existência. Com a ajuda do Espectro, esses heróis
sobreviventes conseguem impedir Parallax, e num último ato de heroísmo, o
Arqueiro Verde mata Hal Jordan, seu melhor amigo, a fim de salvar toda a existência.
Zero
Hora serviu não somente para corrigir incongruências da Crise nas Infinitas
Terras, mas também trouxe algumas mudanças no status de alguns heróis como a
Legião dos Super-Heróis, Gavião Negro, SJA e Eléktron. Além disso, os
acontecimentos em Batman: Ano Dois foram apagados, e até mesmo o passado de
Selina Kyle contado em Batman: Ano Um de Frank Miller foi mudado.
Mais
uma vez, Dan Jurgens mostra todo o seu vasto conhecimento sobre o Universo DC
ajudando a aparar sua cronologia. Tanto é que, logo após o término de Zero
Hora, todos os títulos foram lançados com a numeração “0” e servindo como um
excelente ponto de partida para novos leitores. Uma luta pela sobrevivência da
própria existência onde o altruísmo deve falar mais alto. Vale a leitura.
Por Roger
2 Comentários
Para mim essa foi uma das últimas sagas que reorganizam universos que funcionou bem na DC. Minha única ressalva foi o final com a morte de Hal Jordan atingido pelo Arqueiro, acho que ficou um pouco forçado o fato de que Hal não recuou nos seus planos diante de ninguém reorganizando a realidade para se deixar ser morto pelas mãos do melhor amigo de maneira simples. Mas isso foi um fator que não manchou o valor dessa obra bem organizada em termos de cronologia e arte. Mais um clássico que merecia um relançamento, o problema é que teve muitos desdobramentos em revistas de linha, um detalhe que sempre prejudica o lançamento de algumas sagas históricas em encadernados.
ResponderExcluirVocê levantou um ponto interessante Giulianno. Atualmente é comum as grandes sagas terem histórias de apoio (tie-ins) quase que inexpressivas. Portanto, um encadernado só com a saga principal passa a não ser um grande problema para se entender o que está acontecendo. Porém, sagas excelentes como Invasão, Lendas e Zero Hora, cujas histórias de apoio são tão boas quanto importantes, fariam diferença se a saga principal fosse lançada num encadernado. Foi o caso de Lendas por exemplo quando a Panini publicou nos maiores clássicos DC. A participação do Superman ficou comprometida sem as histórias complementares que foram publicadas nas revistas Superman, Action Comics e Adventures of Superman. Sem contar as últimas histórias da Liga da Justiça. Como palavra final, acho que eu ainda prefiro saga contidas sem afetar outros títulos, mas se for para ter histórias de apoio, então que sejam relevantes.
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