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Especial do Planeta DC: Zero Hora

Zero Hora foi uma minissérie retroativa em cinco edições escrita e desenhada por Dan Jurgens, e que serviu principalmente para consertar algumas inconsistências que havia na cronologia do Universo DC em decorrência de Crise nas Infinitas Terras.


Alguns acontecimentos que antecederam Zero Hora foram a queda do Batman, a morte e retorno do Superman, o que acarretou na destruição da cidade de Coast City, e que acabou levando o lanterna verde Hal Jordan à loucura, chegando ao ponto de absorver os poderes da Bateria Central de Oa, e assassinar muitos membros da Tropa e quase todos os Guardiões do Universo, tornando-se Parallax. A Sociedade da Justiça da América é resgatada do Limbo ainda com suas aparências joviais devido à magia em que se encontravam. Há ainda os acontecimentos da saga Armageddon 2001, onde o cientista Matthew Ryder torna-se o herói Tempus que retona ao passado com a intenção de identificar e destruir o vilão Monarca. Ao final dessa saga, descobre-se que o herói Rapina acaba se tornando a versão do Monarca que aterroriza a época em que Ryder vive. Porém, num confronto posterior, o Monarca acaba se tornando o vilão Extemporâneo e foge no fluxo do tempo.

Com essas informações anteriores, começa a saga Zero Hora, onde Tempus e os Homens Lineares que observam anomalias temporais, notam que vários segmentos de tempo e do espaço estão se desfazendo. Tempus resolve investigar e acaba descobrindo que Extemporâneo está de volta e causando toda essa anomalia. Ao tentar buscar ajuda, Tempus acaba testemunhando os sacrifícios de Wally West e uma versão em início de carreira de Hal Jordan como Lanterna Verde. Mesmo assim, Tempus consegue a ajuda de todos os heróis da Terra, inclusive de alguns heróis que misteriosamente acaba aparecendo no universo principal devido às perturbações cronológicas, como uma versão alternativa da Batgirl e o Centurião Alfa.

A SJA enfrenta Tempus e são facilmente derrotados, inclusive com seus membros voltando à suas condições físicas de acordo com suas idades avançadas, com exceção de Alan Scott que ainda se mantém jovem. Descobre-se que o Extemporâneo está mais poderoso do que antes pois agora ele possui os poderes combinados de Rapina, Columba, Monarca e do próprio Tempus. Enquanto várias linhas temporais começam a se mesclar fazendo com que o universo entre em colapso, Superman, Mulher-Maravilha, Capitão Átomo e Metron conseguem corrigir a falha e deter a Entropia.

Quando a crise parecia ter acabado, surge o verdadeiro vilão por trás de tudo – Hal Jordan Parallax. Em sua obsessão em trazer Coast City de volta, Hal decide destruir toda a existência e recomeçar tudo. A Legião dos Super-Heróis no futuro foram suas primeiras vítimas. Jordan está usando energia cronal para recriar novos mundos, mas Tempus consegue salvar alguns heróis poucos segundos antes da destruição da existência. Com a ajuda do Espectro, esses heróis sobreviventes conseguem impedir Parallax, e num último ato de heroísmo, o Arqueiro Verde mata Hal Jordan, seu melhor amigo, a fim de salvar toda a existência.


Zero Hora serviu não somente para corrigir incongruências da Crise nas Infinitas Terras, mas também trouxe algumas mudanças no status de alguns heróis como a Legião dos Super-Heróis, Gavião Negro, SJA e Eléktron. Além disso, os acontecimentos em Batman: Ano Dois foram apagados, e até mesmo o passado de Selina Kyle contado em Batman: Ano Um de Frank Miller foi mudado.

Mais uma vez, Dan Jurgens mostra todo o seu vasto conhecimento sobre o Universo DC ajudando a aparar sua cronologia. Tanto é que, logo após o término de Zero Hora, todos os títulos foram lançados com a numeração “0” e servindo como um excelente ponto de partida para novos leitores. Uma luta pela sobrevivência da própria existência onde o altruísmo deve falar mais alto. Vale a leitura.

Por Roger 


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2 Comentários

  1. Para mim essa foi uma das últimas sagas que reorganizam universos que funcionou bem na DC. Minha única ressalva foi o final com a morte de Hal Jordan atingido pelo Arqueiro, acho que ficou um pouco forçado o fato de que Hal não recuou nos seus planos diante de ninguém reorganizando a realidade para se deixar ser morto pelas mãos do melhor amigo de maneira simples. Mas isso foi um fator que não manchou o valor dessa obra bem organizada em termos de cronologia e arte. Mais um clássico que merecia um relançamento, o problema é que teve muitos desdobramentos em revistas de linha, um detalhe que sempre prejudica o lançamento de algumas sagas históricas em encadernados.

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    1. Você levantou um ponto interessante Giulianno. Atualmente é comum as grandes sagas terem histórias de apoio (tie-ins) quase que inexpressivas. Portanto, um encadernado só com a saga principal passa a não ser um grande problema para se entender o que está acontecendo. Porém, sagas excelentes como Invasão, Lendas e Zero Hora, cujas histórias de apoio são tão boas quanto importantes, fariam diferença se a saga principal fosse lançada num encadernado. Foi o caso de Lendas por exemplo quando a Panini publicou nos maiores clássicos DC. A participação do Superman ficou comprometida sem as histórias complementares que foram publicadas nas revistas Superman, Action Comics e Adventures of Superman. Sem contar as últimas histórias da Liga da Justiça. Como palavra final, acho que eu ainda prefiro saga contidas sem afetar outros títulos, mas se for para ter histórias de apoio, então que sejam relevantes.

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