Veja
o Comentário Planeta sobre Os Últimos
Dias do Homem-Animal, uma minissérie em seis edições lançadas em 2009, escrito
por Gerry Conway e desenhos de Chris Batista.
A
história se passa quinze anos depois do tempo presente da cronologia da DC em
2009. Buddy Baker, o Homem-Animal está trabalhando como coordenador de dublês e
como o herói com poderes de animais. Ellen, sua esposa, é agente de viagens,
Cliff o filho mais velho é advogado e Maxine, a caçula está cursando faculdade
de medicina. Num certo dia, o Homem-Animal enfrenta um vilão chamado Bloodrage,
que pode drenar a energia do sangue das pessoas a seu redor. Ele sente que seus
poderes de tocar o campo morfogenético da Terra está inconstante e quase é
derrotado, mas é salvo pelo Lanterna Verde de seu setor, que na época era uma
baleia enorme. Enquanto isso, a vilã Plastik, filha do Mestre dos Espelhos está
pronta para começar seu ataque ao mundo, como uma forma de se afirmar como uma jovem
que sofreu bastante nas mãos de seus pais – o pai, um vilão egoísta e a mãe,
que nunca assumiu a responsabilidade pelos problemas que causava à família. Uma
personagem interessante e bem desenvolvida.
Uma
nova versão da Liga da Justiça, agora chamada de Liga dos Titãs socorre Buddy
quando ele é quase derrotado por Plastik. Após vários testes os heróis
descobrem que os poderes de Buddy estão realmente se esvaindo e parece
irreversível, mesmo quando Buddy tenta a cura com o DNA de seus filhos. Nesse meio
tempo, Plastik e Bloodrage escapam da prisão, enfrentam o Homem-Animal e
Estelar e quase vencem, mas os dois heróis conseguem escapar. Porém, por meio
de uma armadilha, a dupla vilanesca consegue prender o restante da Liga e exige
um resgate em dinheiro. Buddy sabe que seus poderes estão quase no fim, mas
precisa tentar libertar os heróis e deter os dois vilões. Quando tudo parecia
perdido, Buddy consegue vencer de uma maneira surpreendentemente inteligente e
bem pensado, principalmente dada às circunstâncias de seus poderes.
Uma
história simplesmente fantástica. Uma belíssima homenagem à fase do
Homem-Animal de Grant Morrison (inclusive até as capas dessa minissérie também
são desenhadas por Brian Bolland). Embora seja um futuro alternativo que
poderia vir a acontecer ao Homem-Animal, a história se trata principalmente de
escolhas e viver com elas. O modo como Buddy viveu sua vida como combatente do
crime influenciou profundamente sua família. Quando ele pede à Maxine uma
amostra de seu DNA, ele percebe como sua relação com a filha foi afetada quando
ela diz: “Nós só temos uma infância pai, lamento que você perdeu a minha”. E
quando vai falar com Cliff, Buddy percebe como seu estilo de vida influenciou
seu filho, que agora também é obcecado pelo trabalho. Buddy conclui dizendo:
“Sacrifiquei minha família pela minha carreira, sem saber disso?”.
Até
mesmo os títulos de cada edição dão uma amostra do que se trata cada etapa dos
problemas que o Homem-Animal está passando – Negação; Raiva; Barganha; Desespero;
Aceitação; Viver. Cada uma delas mostra a formas como ele encara a perda de
seus poderes e como isso influencia não somente a sua vida mas a de sua família
também. Uma das melhores histórias que já tive o prazer de ler. Leitura
simplesmente obrigatória, e não precisa ser um fã de quadrinhos para gostar,
basta se interessar pela família. E também vale a pena relembrar que o
roteirista Gerry Conway foi quem escreveu o clássico “A Morte de Gwen Stacy”,
além de ser o criador de Nuclear e Justiceiro. Obrigado Gerry!
Por Roger
4 Comentários
Sua resenha me convenceu, procurarei conferir!
ResponderExcluirTomara que você goste Douglas. Foi uma das histórias que eu mais gostei recentemente. Uma surpresa mesmo. Depois diga o que achou.
ExcluirVENDIDO!
ExcluirSe você ler, depois diz o que achou.
Excluir