Em
celebração aos 80 anos do herói, a editora está apresentando pequenos
jovens heróis que fazem a diferença nas suas comunidades e que são
inspirados nos principais Capitães América: Steve, Sam, Bucky e John
Walker.
E
uma dessas pessoas é o Aaron Fischer, um jovem gay criado pelo
escritor Josh Trujillo (Superman) e pela desenhista Jan
Bazaldua (Miles Morales) na revista “Os Estados Unidos do
Capitão América #1“. A trama do gibi mostra uma misteriosa figura roubando
o escudo de Steve Rogers e sendo perseguido pelos clássicos
Capitães América.
A
confusão é levada até os trilhos do trem, onde vive o Aaron.
Durante a confusão, ele estava usando um escudo que era uma espécie de tampa
de lixo, um macacão que emulava o uniforme do Capitão América e
estava salvando as pessoas dos destroços.
Fischer
contou para Steve e Sam que existem mais
pessoas assumindo localmente a identidade do Capitão e
ajudando as suas comunidade. Ao que tudo indica, todas estão na mira do misterioso
ladrão de escudos.
Aaron é um andarilho que viaja pelos Estados Unidos conhecendo diferentes pessoas e diferentes. E com sorte, no caminho ele consegue ajudar algumas pessoas. Ele seguiu por esse caminho após fugir de casa, cansado de ser espancado pelo seu pai homofóbico. Fugiu para viver nos trilhos de trem com o namorado, até que terminaram ele e seguiu viagem sozinho.
Fischer acabou fazendo amizade com outras pessoas que vivem em situações semelhantes a dele, viajando por trilhos de trem. São a sua família. E ele as protege.
Em uma das suas paradas, descobriu que pessoas em situação de rua, andarilhos, sem família e que vivem sozinhas, estavam sumindo. Ao mesmo tempo em que a Corporação Roxxon estava construindo um ginásio na cidade. Ele decidiu investigar.
Enquanto
espionava o canteiro de obras da Roxxon, foi capturado e
aprisionado em local isolado no deserto americano. Em contrapartida
à construção do ginásio, a empresa concordou em construir “moradias
corporativas“, para que todos tenham onde morar e trabalhar. Lindo
no papel, horrível na prática.
O
local foi construído no deserto, sem formas de se comunicar com o mundo
exterior. Todos que haviam sumido da cidade, estavam lá. As
pessoas não viviam em boas condições, não podiam sair de lá e eram
obrigados a trabalhar na fábrica da Roxxon. Resumindo, todos se tornaram escravos
em um campo de concentração.
Como
nenhum deles tinha imóveis, contas e principalmente
familiares para dar falta e, tampouco, podiam se comunicar com o mundo
externo, estavam condenados a viver lá para sempre. Mas Aaron Fischer
sempre foi um garoto diferenciado. Ele não aceitou aquela situação.
Logo de imediato falou que todos precisavam se levantar sem medo contra a
corporação. Mas para isso precisavam de um símbolo, certo?
Usando um
pouco de pano e tinta, emulou um visual do Capitão América com
o que tinha em mãos e transformou uma lata de lixo no icônico escudo do
Capitão. E com a coragem e determinação que precisava, conseguiu
derrotar os guardas da Roxxon e libertar todo mundo.
A
lição que Aaron aprendeu ali, foi que ele não precisa mais viver
sozinho. Ele seguiu nos trilhos, mas agora acompanhado de seu novo
namorado Adrian, que também estava preso no campo da Roxxon.
Mas
então, Aaron Fischer é um Capitão América de verdade ou não? Ele
salvou o dia. Mostrou ter espírito de heroísmo, coragem e liderança. A regra é
clara: quando um Capitão América diz que você também é um Capitão América, então
você também é um Capitão América. Então quem somos nós para contestar?
Apesar de tudo, é importante
frisar que a história de Aaron muito provavelmente se resumirá a essa edição. Exceto se o personagem fizer um
enorme sucesso com os fãs ou se algum escritor no futuro decidir resgatar e
aprofundar ainda mais ele, sua história acaba aqui. Então se você é um
daqueles apavorados achando que estão trocando o Steve Rogers,
acalme-se. O Aaron, e todos os demais Capitães América que forem criados nessa
minissérie, não devem sair dessa minissérie.
Fonte: Jamesons
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