Parece apenas um sonho, mas não é.
Tá mais pra pesadelo e bem real. A jovem Jennifer Takeda, também conhecida como
radiação, está sendo caçada pela X-23. Ambas já foram colegas na Academia dos
Vingadores (em histórias inéditas no Brasil), mas agora são oponentes num jogo
terrível. E elas são apenas duas num seleto grupo de outros 16, nesse novo
título assinado por Denis Hopeless e Kev Walker. Qualquer semelhança com Jogos
Vorazes, não é coincidência. Os jogos do Arcade começaram...
Supostamente capturados ao acaso (ou
porque eram vítimas mais fáceis), lá estão Réptil, X-23, Vigoroso, Juston e
Radiação (da Academia dos Vingadores), Nico Minoru e Chase Stein (dos
Fugitivos), Cammi e Falcão de Aço (que estavam até então perdidos no espaço) e
uma série de novatos desconhecidos, alguns da Academia Braddock – Kid Bretão,
Corvo Vermelho, Anacronismo, Nara, Ápice, Bloodstone e uma menina-deathlock
chamada Ryker. Recém despertados e apresentados ao seu captor, os meninos até
tentam lutar contra o vilão, mas ele parece indestrutível. Resta a eles apenas
sobreviver, mas para isso Arcade os obriga a escolher a primeira vítima do
jogo. O mais fraco deles.
Ali, o grupo parece quietamente
desconfortável. E a única a parecer saber o que fazer é Radiação. Ela tenta a
todo custo derrotar o inimigo, e acaba sendo ela escolhida para o sacrifício.
Seria o fim de Takeda se o seu amado Vigoroso não tivesse ofertado para morrer
no lugar da menina. E assim, com uma cena drástica – somos apresentados a uma
das mais inusitadas HQs da Nova Marvel.
A edição 2 segue com um novo ritmo,
com foco em personagens bem desconhecidos. Atordoados com o que acabou de
acontecer, os jovens se dispersam, fogem. E nesse momento, mais uma vítima
morre gratuitamente. Corvo Vermelho, ao tentar escapar voando daquele lugar,
choca-se com um teto invisível, quebra os ossos e morre com a queda.
Sozinha, Rebbeca Ryker, a
menina-ciborgue, tenta se aproximar de alguém, fazer companheiros.
Inicialmente, ela não é bem recebida pelos jovens da Academia dos Vingadores. E
até acaba reagindo instintivamente contra Radiação após sentir-se ameaçada. Na
floresta, encontra brevemente Cammi. A jovem salva-a de uma mina terrestre, mas
não está muito afim de parcerias. Então, Ryker começa a lembrar vagamente do
seu passado. Relembra como sua família foi vítima de um Deathlock do futuro e
como seu pai, Harlan Ryker, pioneiro da cibernética moderna, a salvou
transformando-a no que é hoje.
Mais tarde, Ryker encontra
finalmente alguns para se juntar – A Academia Braddock. Katy Bashir faz as
honras do grupo e faz as apresentações. Ela é uma espécie de voadora com certos
limites. Kid Bretão é uma versão adolescente do Capitão Bretanha numa realidade
alternativa. Nara é uma Atlante desgarrada de seu povo. Cullen Bloodstone é realmente
da famosa família de caçadores de monstros e Aiden, o Anacronismo, herdou o
corpo de um guerreiro celta imortal. E mal chegou a equipe, Ryker já ganha um
codinome – Deathlocket. Mas será que ela está mesmo segura entre aqueles
estranhos? Ou na verdade, o grupo é quem corre perigo agora?
Por fim, já chegando as bancas no
final de Dezembro, a terceira parte dessa história tem foco nos demais
Jogadores. Alguém ou alguma coisa parece estar caçando silenciosamente os
jovens a noite, e isso deixa-os ouriçados para saber quem pode estar se
aproveitando da escuridão para acabar o jogo mais rápido. São cerca de quatro
acampamentos entre eles, e a regra é não confiar em ninguém.
Juston, um jovem que conseguiu
controlar um Sentinela como se fosse um brinquedinho de estimação é a primeira
vítima. Muitos suspeitam que seja Cammi, a mais isolada entre todos ali, a
autora do atentado. Primeiro, ela topa com o Falcão de Aço e após uma breve
conversa consegue convencê-lo de que não foi ela quem atacou o jovem e destruiu
o robozão. Depois, surge X-23, que pelo cheiro, descarta a moça.
E, enquanto essa história se
desenrola, vemos um flashback de como Cammi chegou até ali após as suas
aventuras na Aniquilação. Curiosamente, ela acaba topando com a agente Brandt,
da E.S.P.A.D.A. e mostra-se muito mais arredia que antes. De alguma maneira,
Cammi não quer voltar para a Terra. Lá, em sua casa, ela é apenas uma humana comum.
Então, agora, uma vez nesse jogo, ela se exercita ainda mais para se destacar
em meio a outros tão mais fortes.
Por fim, antes de se encerrar essa
parte da história, o caçador misterioso ataca mais uma vez. A vítima desta vez
é Chris Powell, o Falcão de Aço. Colocando todas as suas armas em jogo, Powell
se mostra páreo contra a criatura misteriosa. Todavia, para sua surpresa, sua
armadura enlouquece e se volta contra ele. Após atacado, o seu amuleto é
arrancado de seu corpo e assim tomba mais um no jogo, um dos mais fantásticos
personagens da Casa das Ideias.
Um minuto de silêncio.
Vou confessar a vocês que quando
ouvi falar pela primeira vez de Arena dos Vingadores, achei que seria apenas um
caça-níquel sem jeito. Mas surpreendeu. A temática é realmente requentada de um
sucesso atual, mas o ritmo e o roteiro trabalhado por Hopeless é algo surpreendente
e inusitado. Em meio a personagens conhecidos e completamente inéditos, o
roteirista consegue dar um bom balanço a trama e conquistar o leitor página a
página. Do mix que compõe Avante, Vingadores, de longe é a melhor história.
E o mais legal é saber que a trama
irá fechar redonda, pois o arco já acabou lá nos EUA num total de 18 edições.
Vai ser um programa de TV interessante de se ver!
Fonte: Universo Marvel 616
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