Esse talvez tenha sido o maior
pesadelo que assombrava os Vingadores desde o início da Era Heróica na Marvel.
Previsto numa linha temporal traçada por um Tony Stark do futuro logo no
primeiro arco do novo Volume dos Vingadores, a Era de Ultron finalmente começa.
Chegando a banca no Brasil em Janeiro, a primeira edição da nova minissérie da
Marvel joga o leitor num futuro caótico gerenciado pelo maléfico robô. Mas como
isso se inserirá na nossa continuidade 616, é algo que Brian Michael Bendis e
Brian Hitch ainda vão nos revelar.
Livres, o Homem-Aranha e o Gavião
Arqueiro seguem pela Manhattan destruída até o esconderijo dos heróis num
porta-aviões abandonado. Lá, ainda se encontravam vivos a Mulher-Hulk, Luke
Cage, Tony Stark, Wolverine, Fera, Emma Frost, dentre outros. E, por hora, eles
ainda não tem exatamente um plano. Mas há esperança. Um quieto Capitão America
está insólito num canto pensando.
Na parte que segue, quem se destaca
aqui é o Cavaleiro da Lua e uma deformada Viúva Negra. Sobrevivendo tanto a
Ultrons-Sentinelas quanto a sobreviventes desesperados, ambos seguem para um
antigo esconderijo usado por Nick Fury (o mesmo da Invasão Secreta). Eles estão
sozinhos, mas há esperança que há outros. Eles só precisam encontrá-lo.
Enquanto isso, no destruído
aeroportaviões, “Peter Parker” conta a sua história para os demais
sobreviventes. Suas lembranças são um tanto confusas sobre o que ele fazia
quando a invasão de Ultron começou. Quando despertou, já era um prisioneiro
prestes ser vendido para Ultron. E então, vemos Steve Rogers se levantar.
Ele já tem um plano.
Aqui se encerra o conteúdo do “Livro
Um”, mas como de praxe, essa história também se expande para algumas revistas
mensais. Começando pelo Homem-Aranha, que recém resgatado, tem suas história
sendo continuada em
Homem-Aranha Superior 3. É lá que sabemos que o herói na
verdade é o Otto Octavius possuindo o corpo de Peter. E o mesmo, com todo
aquele seu ego, não aceita ter perdido o jogo para um robô, decide sair numa
missão arriscada a mando de Stark com o apoio do Mercúrio.
O plano não era absurdo, mas viável.
Usar um equipamento dos Laboratorios Horizontes para transportar Nova York
para a Zona Negativo. Contudo, Otto-Parker tinha outros planos e tentou
dominar os Sentinelas-Ultron no meio do caminho. Ele era um vilão que sempre
dominou máquinas, porque não usar seu intelecto agora? Era uma boa
chance. Mas falhou. Acabou estragando o plano de Stark e agora segue o plano
suicida do Capitão America. E isso veremos apenas no Livro 2 da Era de Ultron.
Pra quem está acostumado com sagas
bombásticas, esse começo de Era de Ultron pode ser uma bela decepção. Com outro
ritmo, mais lento e pouco inovador, a saga parece se arrastar nessa primeira
história sem andar muito, apenas ambientando para nós esse futuro em ruínas. É
também visível algo que ficou claro na época de seu lançamento nos EUA – essa
história esta perdida cronologicamente. É obvio que estamos lidando com um
futuro alternativo, mas há de se notar que quando Hitch desenhava essas páginas
aquele Aranha não era pra ser um Superior e nem se imaginava uma mudança
vertiginosa na equipe dos Vingadores. O Marvel Now praticamente atravessou a
Era de Ultron no meio, sem dar muita margem para um conserto. Mas isso vai ser
contornado com o passar das edições. Vamos ver o que Bendis reservou para nós.
Coveiro
Fonte: Universo Marvel 616
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