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X-Men, por Claremont & Byrne Parte 5 – Dicas Xavier para se levantar o astral (ou a forma astral)

UNCANNY X-MEN n°s 117 (Outubro a Dezembro de 1978)
História:
- “Psi War” – Roteiro: Chris Claremont e John Byrne, Arte: John Byrne, Arte-final: Terry Austin
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Publicações brasileiras que apresentaram estas histórias:
- Almanaque do Hulk n° 8 (publicada em Julho de 1982, pela Editora RGE) com o título “Guerra Psíquica”. História que fecha a edição especial com X-Men no Almanaque do Hulk… e nada de Hulk. Mas é quase como se fosse um avô dos futuros encadernados.
- Superaventuras Marvel n° 63 (publicada em setembro de 1987, pela Editora Abril) com o título “Guerra Mental”. Uma das revistas brasileiras de super-heróis mais cultuadas da década de 80 (e adivinhem por culpa de que mutantes) trazendo um flashback com esse conto isolado do passado do grupo. A edição estava caprichadíssima, ainda contendo a Tropa Alfa escrita e desenhada pelo próprio John Byrne (no auge da fase inicial) e o Demolidor de Frank Miller e David Mazzucchelli (A Queda de Murdock).
- X-Men – Edição Histórica n° 1 (publicada em Novembro de 2001, pela Editora Mythos) com o título “Guerra Mental”. Primeiro encadernado focando na fase Claremont/Byrne. Encadernado apresentando as histórias dessa fase, com as páginas sendo publicadas em branco e preto.
Enredo e Observações:
Um pequeno interlúdio para dar um pouquinho de foco ao Professor Xavier, amarrar algumas pontas soltas nas subtramas e preparar o terreno para o próximo arco.
Entre os oceanos Pacífico e Atlântico, a jangada improvisada dos X-Men, que estavam na Terra Selvagem, enfrenta uma terrível tempestade. Na verdade, um clima comum naquela região. Nem mesmo o poder mutante de Centelha é suficiente para conter aquele clima (obs.: “Centelha” era o nome dado para a personagem Tempestade na Editora RGE). Por sorte, uma embarcação japonesa acaba resgatando os heróis e os levando para o Japão.
Enquanto isso, na Escola de Charles Xavier, o clima de luto pela morte dos X-Men ainda paira no ar. Jean Grey, sem muito propósito em ficar, decide deixar a Mansão. Nem mesmo a Imperatriz Lilandra consegue convencê-la do contrário. A imperatriz shiar, aliás, já está tendo problemas suficientes para consolar o pesaroso Charles Xavier. Em sua introspecção, Charles relembra momentos de sua vida que o levaram a criar os X-Men.
Após romper o relacionamento com Moira MacTaggert, quando jovem, Xavier perambulou pelo Mediterrâneo e se reencontrou, ajudando os necessitados. Sua jornada, em certo momento, o levou até a cidade do Cairo, no Egito. Em meio a seu passeio por um bazar, é interceptado por uma garotinha que rouba sua carteira. Ele usa seus poderes mentais para segui-la e, em uma rua lateral, desfere um suave raio de força para detê-la. Charles percebe algum poder mutante latente na garotinha e começa a investigá-la, mas sofre um ataque mental fortíssimo que o deixa cambaleante. O ataque, no entanto, não provém da garota (que foge assustada), mas de um bar naquela rua.
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Charles entra no bar para encarar seu oponente, que logo surge para recepcioná-lo. Cada um deles, em mesas separadas, se apresenta sem sequer abrir a boca, usando apenas seus poderes mentais para se comunicarem. O oponente é chamado de Amahl Farouk e ele dirige o chamado Quarteirão dos Ladrões. O vilão, percebendo o grande poder de Charles, oferece parceria em suas conquistas. Mas Charles prefere não acompanhar o criminoso, inclusive decidindo entregá-lo a justiça. Farouk decide enfrentá-lo utilizado sua forma astral, assim como Charles, e leva a batalha mental para um plano dimensional fora do bar.
No conflito dentro do plano astral, Charles leva a desvantagem e se mantém na defensiva. Farouk muda sua forma a cada momento, tornando seus ataques cada vez mais violentos. Tanto que o próprio corpo físico de Charles manifesta ferimentos que sua forma astral sofre. Charles se mantém sereno e concentra-se em um único e fatal ataque ao cérebro de Farouk que acaba sendo derrotado. O corpo físico do vilão simplesmente desaba na mesa e Charles parte. No entanto, o futuro Professor X teve seu primeiro contato com o que parece ser o lado mal do poder mutante, entendendo que poderão existir mutantes que utilizarão suas habilidades para objetivos pouco nobres. Para enfrentar futuras ameaças, Charles decidiu criar um grupo que pudesse enfrentar tal ameaça… os X-Men.
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Após lembranças que só tornam o atual momento mais doloroso, Charles aceita o convite da Imperatriz Lilandra e partir para o império dos shiars, no espaço.
Enquanto isso, em um aeroporto, Jean Grey se encontra com uma antiga amiga, Misty Knight. As duas não tem tempo de conversar muito, pois o voo de Misty já foi chamado. Jean sequer tem tempo de falar sobre a morte de Scott (que, na verdade, estava na Terra Selvagem com os outros). O voo de Misty, ironicamente, segue para o Japão e nós iremos juntos com ela para nosso próximo episódio. E quem não entendeu a ironia de quem ela encontrará por lá… volte ao início desse artigo.
Curiosidades:
* A garotinha que rouba a carteira de Charles Xavier no Cairo é ninguém menos que Tempestade (ou Centelha, como queiram) quando ainda não imaginava ter poderes climáticos. Xavier se recorda, nessa mesma história, que foi muita coincidência ele recebê-la anos depois em sua Escola para fazer parte dos novos X-Men.
Por Marcos Dark


Fonte: Dínamo

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