Durante um certo período, a Marvel
publicou algumas edições especiais não necessariamente dentro da cronologia dos
personagens, onde era mostrada a interpretação de alguns autores para o fim de
vários heróis.
A química entre autor e personagem
foi perfeita, apesar da inexperiência dele com quadrinhos, tendo sido essa sua
primeira investida na nona arte.
Embora o ambiente de guerra e sua
consequente violência sejam retratadas na história, o que prevalece é um conto
em vários momentos poético, sobre um lenda viva à beira da morte e em busca de
alguém que possa levar seu legado a diante.
O Capitão América é mostrado como
alguém que é importante demais para morrer. Ele é um ícone, uma fonte eterna de
inspiração. Algo que simplesmente não pode deixar de existir no mundo.
Mas ele também é humano, e mesmo uma lenda viva tem seus limites.
A maior parte da história mostra o
cabo James Newman, alguém lutando pelo que acredita e que talvez seja digno de
suceder o Capitão. Mas quantas outras pessoas no mundo não possuem a mesma
retidão de caráter para ocupar essa vaga?
Essa e outras questões são abordadas
nessa história contemporânea, que não tem restrições ao mencionar eventos reais
de atos terroristas e outras tragédias humanas.
Como essa
minissérie saiu na mesma época em que o Capitão América de fato havia morrido
em seu título mensal dentro da continuidade regular, e com o intuito de não
confundir os leitores que poderiam ligar esses eventos, Morrell decidiu fazer
uma única alteração em sua história: Ele mudou o título, de Capitão América: O Fim,
para Capitão América: A Escolha. E não poderia ter
tomado decisão mais acertada.
A arte de Mitch Breitweiser concede
ritmo, leveza e humanidade para o conto de Morrell, combinando texto e imagens
com notável harmonia.
Capitão América: A Escolha foi
publicada no Brasil dentro da coleção de Graphic Novels da Salvat/Panini, e
como todos os seus volumes, tem um ótimo acabamento gráfico, capa dura e
impresso em papel de qualidade, com um preço justo.
É uma ótima pedida para os fãs do
personagem e também para os que nunca leram nada dele, por se tratar de uma HQ
autocontida e dispensada de conhecimento prévio sobre a longa trajetória dele
desde sua criação.
Vale à pena conferir e se perguntar
se uma lenda pode mesmo chegar ao fim.
Por Rodrigo Garrit
Fonte: O Santuário
2 Comentários
se o Capitão tá pedindo esmola com o "Chapéu do Soldado" então ele tá na "Pedintes Street" da América...Marcos Punch.
ResponderExcluirTá certo....kkk.
ExcluirÀ propósito, ótima história, tem uma mensagem nela.