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Capitão América: A Escolha – Um poema de Guerra

Durante um certo período, a Marvel publicou algumas edições especiais não necessariamente dentro da cronologia dos personagens, onde era mostrada a interpretação de alguns autores para o fim de vários heróis.
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O Capitão América não fugiu à regra, e para contar a última história do maior soldado americano, foi recrutado o escritor David Morrell, criador de ninguém mais, ninguém menos do que John Rambo, o Boina Verde imortalizado no cinema por Silvester Stallone.
A química entre autor e personagem foi perfeita, apesar da inexperiência dele com quadrinhos, tendo sido essa sua primeira investida na nona arte.
Embora o ambiente de guerra e sua consequente violência sejam retratadas na história, o que prevalece é um conto em vários momentos poético, sobre um lenda viva à beira da morte e em busca de alguém que possa levar seu legado a diante.
O Capitão América é mostrado como alguém que é importante demais para morrer. Ele é um ícone, uma fonte eterna de inspiração. Algo que simplesmente não pode deixar de existir no mundo.  Mas ele também é humano, e mesmo uma lenda viva tem seus limites.
A maior parte da história mostra o cabo James Newman, alguém lutando pelo que acredita e que talvez seja digno de suceder o Capitão. Mas quantas outras pessoas no mundo não possuem a mesma retidão de caráter para ocupar essa vaga?
Essa e outras questões são abordadas nessa história contemporânea, que não tem restrições ao mencionar eventos reais de atos terroristas e outras tragédias humanas.
Como essa minissérie saiu na mesma época em que o Capitão América de fato havia morrido em seu título mensal dentro da continuidade regular, e com o intuito de não confundir os leitores que poderiam ligar esses eventos, Morrell decidiu fazer uma única alteração em sua história: Ele mudou o título, de Capitão América: O Fim, para Capitão América: A Escolha.  E não poderia ter tomado decisão mais acertada.
A arte de Mitch Breitweiser concede ritmo, leveza e humanidade para o conto de Morrell, combinando texto e imagens com notável harmonia.
Capitão América: A Escolha foi publicada no Brasil dentro da coleção de Graphic Novels da Salvat/Panini, e como todos os seus volumes, tem um ótimo acabamento gráfico, capa dura e impresso em papel de qualidade, com um preço justo.
É uma ótima pedida para os fãs do personagem e também para os que nunca leram nada dele, por se tratar de uma HQ autocontida e dispensada de conhecimento prévio sobre a longa trajetória dele desde sua criação.
Vale à pena conferir e se perguntar se uma lenda pode mesmo chegar ao fim.
Chosen2
Por Rodrigo Garrit


Fonte: O Santuário

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2 Comentários

  1. se o Capitão tá pedindo esmola com o "Chapéu do Soldado" então ele tá na "Pedintes Street" da América...Marcos Punch.

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    1. Tá certo....kkk.
      À propósito, ótima história, tem uma mensagem nela.

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