Editora: Panini Comics – Edição especial
Autores: Mark Waid (roteiro), Chris Samnee,
Khoi Pham e Michael Allred (desenhos), Tom Palmer (arte-final), Javier
Rodriguez e Laura Allred (cores) – Originalmente em Daredevil (2012) # 12 a # 18.
Preço: R$ 18,90
Número
de páginas: 144
Data
de lançamento:
Janeiro de 2013
O clima
começa a esquentar entre o advogado Matt Murdock e a nova assistente de
promotoria, Kirsten McDuffie, mas a busca das organizações do Megacrime pelo
Disco Ômega coloca em perigo todas as pessoas próximas ao Demolidor.
Entrando
na caça ao Omegadrive, as forças latverianas abduzem o Homem Sem Medo e o
submetem a um experimento que lhe causa alucinações e pode acabar com a
sanidade do herói.
Depois
de uma revelação estarrecedora, Foggy Nelson coloca um fim na sua sociedade com
seu melhor amigo, Matt Murdock.
Positivo/Negativo
Mark Waid
continua sua versão do Demolidor à moda antiga, resgatando o lado bem-humorado,
leve, divertido e humanizado do personagem.
Pelo
menos foi assim que ele começou, priorizando o entretenimento de se ler uma
história que empolga, mesmo sem sair do modelo clássico do super-herói.
Na
sua evolução narrativa, o ponto mais interessante é observar como o escritor
não deixa de lado ou ignora o passado do protagonista, sempre marcado
profundamente pelas tragédias.
Com
inteligência, Waid usa justamente esse passado recente como plot para o amadurecimento de novas tramas.
O colapso nervoso de Murdock na fase de Brian Michael Bendis ou o que aconteceu
com sua ex-mulher Milla, nos arcos de Ed Brubaker, são explorados a favor da
nova série.
Sem
pressa, o autor planta as sementes usando Foggy Nelson e outros elementos como
a relação entre o Homem Sem Medo e seu pai. Para Nelson, a carapuça do novo
Murdock, alegre e divertido, na verdade é um comportamento psicótico do amigo.
Tudo
isso com a continuidade de outras tramas das edições anteriores (veja resenhas aqui eaqui), a
exemplo do Disco Ômega, uma mídia de dados feita com as moléculas instáveis de
um uniforme do Quarteto Fantástico que possui os segredos de cinco impérios
criminosos: Hidra, IMA, Agência Bizantina, Império Secreto e Espectro Negro.
Aparentemente,
Mark Waid coloca ponto final nessa disputa, levando o herói para o outro lado
do mundo, na Latvéria, onde são sondadas novas possibilidades em cima de seu
dom, o sentido de radar.
A
leveza de outrora é alternada com subtramas como os flertes do advogado cego
com a nova assistente de promotoria, Kirsten McDuffie, uma recordação quando os
universitários Nelson e Murdock estavam em apuros mediante um professor
conservador, e o ataque do Metaloide, um dos vilões mais ridículos de sua
galeria, confidenciado pelo próprio herói para o leitor.
Interessante
também notar como o escritor coloca as explicações habituais e obrigatórias –
como o que aconteceu nas edições anteriores ou sobre a origem dos poderes do
personagem – com fluidez e de maneira orgânica, sem soar demasiadamente
forçado.
Quanto
à arte, mesmo sem a presença de Paolo Rivera e Marcos Martin, o trio Samnee,
Pham (presente também no Volume 2) e Allred mantém o ritmo e dá o tom certo à
série.
O
destaque é para a capa de Rivera, que busca a síntese na sua composição, vide
os arames farpados que simulam as ondas do sentido de radar.
A
edição da Panini tem
um preço condizente com a publicação, com capa cartão sem orelhas, lombada
quadrada e boa impressão em papel LWC.
Com
um bom gancho para o próximo encadernado, o Demolidor de Mark Waid figura entre
as melhores séries de super-heróis publicadas atualmente no Brasil.
Por Audaci Junior
Fonte: Universo HQ
2 Comentários
entre um Megacrime e outro o Demolidor vai c#m#r sua nova assistente! ele é cego mas não é tonto!! então o Plot do Waid ajuda a "Cegueira" do Demolidor a ser Amadurecida pra Novas tramas! legal!! Marcos Punch.
ResponderExcluirVocê acertou (com relação à assistente do Murdock).
ExcluirDemolidor do Waid está muito boa, nada tão marcante quanto à fase do Miller ou do Bendis, mas é muito boa.