O conto do homem que se aventurou em
um formigueiro fez sucesso suficiente para que, meses depois, dentro da mesma
revista, retornasse com suas capacidades encolhedoras. No final do conto
original, arrependido, Hank Pym se livra de todo o soro e diz à comunidade
científica que desistiu de seus experimentos. Será?
Estudando as possíveis ondas de
transmissão que saiam de suas antenas, cria um capacete que as duplica a ponto
de conseguir se comunicar com as mesmas. Cria também um uniforme especial,
feito de moléculas instáveis (as mesmas utilizadas para suportar os poderes do
Quarteto Fantástico), tão resistente quanto uma malha de aço e capaz de
encolher e voltar ao tamanho normal juntamente com seu corpo.
Munido de
todas suas invenções, Pym volta a usar o soro e encolhe novamente. Desta vez,
entra no formigueiro mais confiante e com intenções mais exploradoras. Seu
capacete funciona perfeitamente e, apesar de alguma resistência, consegue a
confiança e a “amizade” das formigas, que agora são comandadas por ele.
Seu controle
sobre elas é tamanho, que consegue fazer com que girem chaves, roubem objetos e
até mesmo mandem mensagem para polícia, formando uma coreografia que simula
letras e frases (feitas de formigas em formação).
Há quem diga que o retorno do
personagem do conto de ficção, deveu-se ao sucesso de outro herói, Atom
(conhecido no Brasil como Elektron), da editora concorrente da Marvel, a DC
Comics, que também tinha como poder a capacidade de encolher. A nova roupagem “super-herói”
de Hank Pym vai desde o novo nome que utiliza, Homem-Formiga, quanto a seu
uniforme colorido, bem ao estilo do desenhista Jack Kirby, que abusava com bom
gosto de formas geométricas e mostrava uma discreta formiga estilizada na cor
negra, dentro de um fundo vermelho.
Outro
diferencial é que, mesmo encolhendo do tamanho de uma formiga, Pym consegue
manter a força física proporcional ao seu tamanho normal, dando-lhe assim uma
espécie de vantagem estratégica, permitindo que os vilões subestimem seu
tamanho, prendendo-o em lugares onde ele não poderia escapar, se sua força
fosse proporcional a sua altura.
Tem-se a impressão que a transformação do
personagem em herói foi algo feito as pressas. A cada edição eram feitas
inovações em seus poderes e equipamentos, uma vez que não foram projetados
originalmente. O soro, em forma líquida, logo se torna uma espécie de gás que é
inalado toda vez que Pym precisa assumir a identidade Homem-Formiga. Também
surge todo um aparato no estilo base de operações, onde o cientista é lançado para
uma colônia de formigas e pode retornar discretamente a seu laboratório através
de um mini elevador. O interessante é que todo esse equipamento é mostrado em
forma de plantas, para que o leitor entenda como tudo funciona.
Por
Marcos Dark
Fonte:
Impulso HQ
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