William MacIntyre, o Triunfo. Membro fundador da Liga da
Justiça da América. Seu maior triunfo? Ter sido esquecido por todos.
Como consequência das ações de Parallax e Extemporâneo na saga, diversas anomalias e
distúrbios temporais foram ocasionados, causando encontro de personagens com
suas versões passadas e de outras realidades. Tudo isso era mostrado na mini
principal e em edições regulares da editora que serviam como tie-ins. Foi assim
que em “Justice League
America Vol.1 #92” (Setembro de
1994) fomos apresentados a Triunfo. Criado por Brian Augustyn, Mark Waid e Howard Porter, o
personagem sempre foi associado ao seu escritor em tempos de “Justice League Task Force“, Christopher Priest (Priest mais tarde revelaria que
Triunfo foi parcialmente baseado em Neal Pozner, Diretor de Serviços Criativos
da DC).
Na trama mostrada em “Justice League
America Vol.1 #92“, “Justice
League Task Force Vol.1 #16” e “Justice
League International Vol. 2 #68“, foi revelado que William foi
membro fundador da Liga da Justiça da América ao lado de Hal Jordan, Barry Allen, Aquaman, Canário Negro e Caçador de Marte (equipe esta que foi estabelecida como
a primeira formação da Liga após Crise nas Infinitas Terras) e foi varrido da
existência devido a uma fenda do tempo, enquanto se sacrificava para salvar o
mundo. Como resultado da autocorreção do fluxo do tempo, foi apagado da memória
de todos, para nunca mais ser visto ou ouvido de novo, até que as anomalias
temporais causadas pela crise o trouxessem de volta do limbo interdimensional
onde estava aprisionado. Mais tarde, o passado do herói esquecido foi mostrado:
O pai de William MacIntyre trabalhava para o cientista Dr. Cobalt. Quando o
patrão de seu pai lutou contra o Homem-Hora original, William salvou o herói de
uma explosão magnética. O herói disse ao jovem William para aprender com os
erros de seu pai. Então William decidiu se tornar um herói: Triunfo.
Os leitores
inicialmente não gostaram do personagem. Christopher Priest e o editor Brian
Augustyn decidiram brincar com tal fato para mostrar que não só os fãs, como
também os personagens não gostavam dele.
Quando ele voltou do limbo dimensional para a era moderna, seu encontro
com a Liga da Justiça Internacional rapidamente transformou-se em um
violento confronto. Arrogante e triste por ninguém se lembrar dele e de seus
atos heroicos, William buscava encontrar seu espaço. Um dos personagens salvos
por Parallax para presenciar a reconstrução de todo Universo DC, ele se viu
indeciso em qual lado escolher durante a batalha final de “Zero Hora” que
resultou no reinício de todo o Universo e sua linha do tempo, mas nem assim
Triunfo e sua história foram reinseridos corretamente a cronologia. Após a
derrota de Parallax, ele acabou entrando para a Liga
da Justiça Força-Tarefa ao
lado de Ray e Cigana. Além de desenvolver um forte relacionamento de amizade
com Ray, salvou a vida de Cigana, embora mais tarde ele afirmou que quase a
deixou morrer com medo dele morrer no processo e “ficar mal” aos olhos dos
outros membros por não salvar sua colega. Insatisfeito com suas poucas missões
na equipe, ele também fundou paralelamente um segundo grupo para atingir os
criminosos violentos e desmantelar completamente suas organizações. Sua atitude
acabaria por resultar na sua expulsão da Força-Tarefa. Alternativamente, foi
mostrado que J’onn J’onzz o demitiu por ele não ser regularmente consultado por
Triunfo.
Durante “Vingança do Submundo“, Triunfo
recebeu uma tentadora proposta de Neron: recuperar a década que perdeu de volta
em troca da sua alma. Para tal, era só acender a vela que o demônio lhe
ofereceu. Após inúmeras reviravoltas, como não conseguir fazer as pazes com
J’onn e ser impedido de voltar a equipe, ele chegou a considerar acender a
vela, graças ao fracasso de sua carreira, mas graças ao apoio de Cigana, queo
lembrou de todos os seus atos heroicos, como ter salvado a vida dela, William
decidiu que sua vida poderia ter significado e voltou a falar com J’onn, mas
Ray e Cigana acabaram involuntariamente acendendo a vela para um memorial. Com
isso, Triunfo ganhou sua década perdida depois de tudo o que passou,apenas para
descobrir que a Liga era o mesma e que Cigana ainda estava viva, mesmo sem a
sua presença. E mais uma vez o herói se via esquecido e pior, sem alma O
escritor Christopher Priest declarou que a alma perdida da Triunfo explicaria
suas aparições futuras como um personagem maligno, como foi mostrado nas
história da Liga da Justiça de Grant Morrison.
As repetidas e fracas ideias, reformulações
e equipes criativas dos anos 1990 não agradaram aos fãs e os três títulos da
Liga, “Extreme Justice“, “Justice League America” e “Task Force“, foram cancelados devido às baixas vendas. O vazio deixado
por elas logo foi magistralmente preenchido pela Liga da Justiça defintiva,
formada pelos Sete Magníficos da editora. A equipe formada em “Justice League: A Midsummer’s Nightmare” por Mark Waid e Fabian Nicieza, passou por uma fase dourada
sob a tutela de Grant Morrison em “JLA
Vol.1“. Durante Crise Interdimensional, saga que
colocou Sociedade da Justiça e Liga da Justiça juntas novamente desta vez para
impedir um ataque maligno da 5ª Dimensão, o destino de Triunfo foi mostrado.
Irado, amargo e desesperado, ele vendeu coisas roubadas da Torre de Vigilância
para supervilões para poder pagar o aluguel e suas contas. Ao fazer isso, ele
acabou se deparando com o gênio LKZ, uma espécie de contraparte maligna do Relâmpago,
companheiro de Johnny e Jakeem Trovoada. A influência de LKZ lhe corrompeu
ainda mais. Controlando mentalmente seus antigos companheiros Ray e Cigana,
Triunfo foi usado nas maquinações de LKZ, que queria simplesmente destruir o
mundo, causando uma guerra entra a Terra e a Quinta Dimensão, envolvendo até
mesmo Qwsp, um antigo duende que estressava Aquaman.
Ao longo de seu ataque, Triunfo expressou abertamente seu
descontentamento. Alegando o elitismo da Liga, acusou os Sete Magníficos de
ignorar sua equipe e outros antigos membros do grupo. Para total surpresa dele,
Superman lhe disse que ele foi um ótimo membro da Liga e que ele seria muito
bem-vindo de volta a qualquer momento, bastava simplesmente pedir para voltar.
Na resolução deste conflito, Triunfo foi transformada em gelo pelo Espectro,
que estava disposto a matá-lo, mas mudou de ideia por um pedido de compaixão
pelo anjo Zauriel. Congelado, foi armazenado na sede da Liga da Justiça, com
uma placa com os dizeres “Membro fundador da LJA” como um memorial. Por fim,
com as forças conjuntas da Liga, da Sociedade, Jakeem e a fusão de LKZ e
Relâmpago, a crise foi resolvida.
Anos mais
tarde o Superboy Primordial destruiria a sede da Liga durante
Crise Infinita. O que todos esqueceram, principalmente Grant Morrison, é que
Triunfo ainda estava lá. O herói, assim, acabou morrendo ao lado de todos os
artefatos históricos da equipe.
Vários anos após a morte de Triunfo, foi revelado que ele tinha, sem saber, um
filho chamado Jonathan. Durante um protesto universitário contra a construção
de um reator nuclear, o perturbado adolescente manifestou habilidades
sobre-humanas semelhantes às de seu pai. Depois de ir enlouquecer e matar
dezenove pessoas (incluindo sua namorada Christie), Jonathan foi confrontado
por Supergirl e Ravena. As duas, usando as habilidades de Ravena,
entraram na mente de Jonathan, onde descobriram que ele tinha sido levado à
loucura por visões fragmentadas da remoção de Triunfo da cronologia e posterior
regresso, bem como as mudanças na continuidade causadas pelos socos desferidos pelo Superboy Primordial contra a parede da
realidade. Por fim, Jonathan desapareceu em um flash de luz após Ravena
conjurar uma imagem da Triunfo, que convenceu seu filho a parar suas ações
assassinas.
Triunfo foi rapidamente mostrado durante a batalha final da Liga da
Justiça e Vingadores contra Krona, onde alterações na realidade causadas pelas
fusões dos dois Universos fizeram com que todos os membros que já passaram
pelas duas equipes surgissem do nada durante a batalha.
Durante “A
Noite Mais Densa”, Doutor Luz, durante sua batalha com Kimiyo Hoshi, a Doutora
Luz, provocava a heroína a comparando com heróis que foram rapidamente
esquecidos após a morte, mencionando Triunfo como um deles.
Entretanto, foi em Trindade que o destino final de Triunfo foi revelado.
McIntyre foi mostrado vivo em uma realidade distorcida criada pela extração
forçada de Trindade formada por Batman, Superman e Mulher-Maravilha. Lá, ele é
membro da Sociedade da Justiça Internacional e tinha como companheira a Mulher
do Amanhã, breve membro da Liga de Morrison. Ambos foram informados por Gavião
Negro que de acordo com a verdadeira linha do tempo, eles deveriam ser mortos,
mas Triunfo ainda lutava para restaurar a linha do tempo. No fim, ele acabou se
sacrificando como um verdadeiro herói ao salvar a Mulher do Amanhã. Tendo
assim, morrendo finalmente como o herói que sempre quis ser.
Curiosidade: Christopher Priest revelou que
Triunfo foi escrito como gay, embora que isso nunca tenha sido oficialmente
declarado em quadrinhos porque ele não tinha uma história apropriada para lidar
com essa questão sensível. “Triunfo era gay, algo que provavelmente só eu e
Brian Augustyn sabíamos e nunca tivemos uma chance de lidar bem com essa
situação nas revistas, mas minha ideia central para todo o desenvolvimento dele
era: o quão fora do lugar e do universo DC ele era.”
Por Morcelli
Fonte: Terra Zero
2 Comentários
eu tinha comprado a revista em que aparecia o Triunfo!mas até já me livrei dela!! Marcos Punch.
ResponderExcluirVocê foi mais um que esqueceu o Triunfo.
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