Planeta Resenha Marvel: Infinito - O Assalto

E a minissérie Infinito está chegando ao fim, cheia de consequências marcantes na vida de vários personagens. E aqui não se excluem os vilões. A prova disso está no tie-in em quatro partes focado nos principais inimigos do Homem de Ferro. Em Infinito: o Assalto, eles se unem para realizar um grande roubo, mas a coisa toma proporções... extraterrenas.

Se pudermos apontar quem são os protagonistas desta história, certamente serão Donald Gill e David Canon, os vilões classe D que você conhecem como Nevasca e Tufão. Amigos a algum tempo, eles não querem mais serem apenas os capangas, os buchas de canhão. E o momento ideal pra investirem num plano ousado é agora, com os Mais Poderosos Heróis da Terra longe do planeta. Todavia, o assalto da dupla não sai bem como desejado. Ao invés de encontrar diamantes no banco wakandano, lá esta o Espião-Mestre esperando os dois para uma proposta - um grande roubo.

O convite do Espião Mestre os leva para um bar subterrâneo onde a maioria dos marginais pesos-pesados se unem. É inevitável até não sair uma briga ali com as provocações do Constritor e o surgimento da Inferno, ex-namorada do Tufão. Mas o grande motivo de estarem ali logo seria revelado. Além da dupla, Inferno, o novo Chicote (que estreou na mini Homem de Ferro vs Chicote), Unicórnio e o Homem de Titânio eram a formação convidada pra invadir a Torre Stark e roubar as armaduras do Homem de Ferro.

Durante a reunião, no entanto, algo aconteceu. Donnie Gill passou mal e desmaio. Quando acordou descobriu que havia mudado como muitos ali na Terra. Ele era um Inumano agora. Com esse novo status quo, Nevasca estava agora refletindo sobre como seria a sua vida e pensou se não deveria mudar de ideia quanto ao roubo. O grande problema é que o Espião Mestre não estava disposto a alterações de ultima hora e praticamente forçou ele, Tufão e Inferno a continuar com o plano.

Então, chegou a noite do crime e os vilões não esperavam que o prédio estivesse sendo vigiado pelo Patriota de Ferro, Luke Cage e outros heróis. A coisa ainda iria piorar quando entre eles mesmos começou a briga, tudo motivado pela falta de desconfiança dentro do grupo. Pra fechar o dia, o Espião Mestre fez a traição final, levando as armaduras consigo e deixando os pobres vilões a mercê dos heróis.

A briga entre aquele restolho de vingadores e os buchas vilões não viria a ser tão fácil assim. Do nada, Nevasca mostrou um pouco dos seus novos poderes, desregulando armadura do Patriota de Ferro e o fazendo se chocar contra os outros heróis. Escaparam dessa e agora queriam vingança contra o Espião Mestre. O sempre calado Homem de Titânio se voluntariou a levá-los até o líder traído, mas ninguém esperava que ele mesmo estaria malcomunado com o Espião Mestre. Para surpresa de todos ali, ele tirou o capacete e se revelou como um kree, o Capitão Atlas, que estaria negociando as armaduras com o próprio Espião-Mestre.

No capítulo final desta minissérie, quando finalmente o conflito na Terra se extinguiu, Tony Stark voltou para casa e se deu conta do roubo. Não foi difícil para ele localizar as armaduras e com uma ajudinha final dos seus outroras inimigos, pode lutar contra o Capitão Atlas, o exército kree que tomou algumas armaduras pra si e o Espião-Mestre de posse da Caça-Hulk. Nesse ponto, o novo poder de sobrecarregar mecanismos de Donnie foi fundamental para derrotar os Krees e o Espião.

E como essa história merecia um final feliz, antes de todos serem capturados, Donnie se sacrificou se jogando da nave kree onde estavam só para ser resgatado pelo Homem de Ferro e depois o congelando (poder que ele também possui diretamente de seu corpo inumano agora). Suas ultimas lembranças seriam Tony Stark dando uma segunda chance a ele, ao invés de levá-lo a prisão, entregando sua custódia para os Inumanos em Attilan. Todavia, esse era só um sonho do Nevasca, que estava na verdade preso pela SHIELD e recebendo falsas boas lembranças a pedido do Homem de Ferro.

Seguindo a mesma linha dos Inimigos Superiores do Homem-Aranha, esta minissérie até tem boas ideias, mas falha em ser ousada demais e não desenvolver tão brilhantemente seus personagens como faz a mensal similar. Talvez, isso se dê por conta do roteiro de Frank Tieri, que não tem lá realmente a mesma desenvoltura do Nick Spencer. Já a arte de Al Barrionuevo (acompanhado às vezes de Pat Ollife) torna-se bastante agradável. A história foi também uma maneira de mostrar mais da repercussão causada pela explosão da bomba T e aproveitou a quase nula importância do Nevasca para ingressá-lo no mundo Inumano. Até me pergunto se isso seria aproveitando até mesmo no seriado de agentes da SHIELD.

Por Coveiro

Fonte: Universo Marvel 616